Autora: Lucy Vargas
Editora: Charme
Páginas: 310
Classificação: 5/5 estrelas
Tem coisa mais gostosa do que começar um livro sem saber muito o que esperar e se surpreender a cada página? Logo no primeiro capítulo de O Refúgio do Marquês eu estava tomada pela história. A escrita, personagens, o cenário, tudo me cativou.
A história começa com a viúva Caroline Mooren, Baronesa de Clarington, que recebe a missão de reformar o lar do Marquês de Bridington, um homem selvagem (leia-se gostoso, bronzeado e protagonista dos meus sonhos calientes) e repleto de segredos sombrios.
E assim que o marquês encontra Caroline, ele sabe que sua vida não será mais a mesma. Ela não está disposta a ser condescendente com birras e negativas, e agora livre de seu casamento, Caroline sente-se livre para ser ela mesmo e dessa vez não aceitar desaforos.
Quando essas duas pessoas com personalidades tão fortes são obrigadas a conviver e lidar um com o outro diariamente, o resultado só poderia catastrófico — e delicioso!
Antes de falar mais sobre o livro, deixo claro que não, essa não é uma história de amor intensa, mas a história de duas vidas diferentes, e de certa forma iguais, e como elas se complementaram para formar algo gostoso de se conferir e torcer a favor.
“Partindo agora ou depois, que diferença faria?”
“Dor. Doeria menos.”
E não se engane, essa é uma história complexa. Nosso marquês sofreu com seu casamento conturbado, sabe o que é amar e perder e não deseja nada disso novamente, enquanto Caroline sabe o que é ser forçada pelos ditames da sociedade; ela é mais uma mulher onde muito foi imposto e pouco lhe foi dado alegremente. E agora como viúva ela só quer decidir por si mesma e não ir com a corrente novamente.
Superficialmente, a trama pode parecer clichê, mas não é parecido com nada que já li. Não há amor a primeira vista, cupidos e pássaros cantando. Tudo é construído no tempo certo e tão bem ao ponto de eu acreditar e viver a história. Vibrei, chorei e sofri. Sim, Lucy Vargas me fez suspirar, tremer e ate querer dar uns safanões em um ou outro personagem. E, claro, tornei-me fã e qualquer outro livro assinado por essa autora será mais do que bem vindo no meu coração e estante. Só posso torcer que essa resenha também passe um pouco do que senti e mais pessoas tenham curiosidade de conhecer O Refúgio do Marquês. Gosta da romance de época? Então vai com tudo, aqui jaz um pote de ouro.
“Não sei como pode me aceitar depois de tudo que aconteceu.”
“Chama-se amor, Milorde. Aprendi com você.”
Parece um pouco com O príncipe dos canalhas pelo visto, se for é muito muito bom!
Eu realmente amo O Príncipe dos Canalhas e realmente, quem gostou pode gostar desse também.
Me fisgou no “gostoso, bronzeado e caliente”. E se tem uma coisa que eu não gosto, é de amor a primeira vista, cupido e pássaros cantando, gosto mesmo quando o romance é construído pouco a pouco, é mais crível e eu me sinto apaixonar um pouquinho também, rsrsrs. Assim que possível, lerei. Obrigada pela dica!