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RESENHA | “Serafina e a Capa Preta” – Robert Beatty


Autor: Robert Beatty
Editora: Valentina
Páginas: 240
Classificação: 4.9/5 estrelas

Serafina tem doze anos e em toda sua vida ela nunca conversou com ninguém além de seu pai e os ratos do porão. Seu pai a deixa fazer o que quiser, contando que ela obedeça duas regras: nunca cruzar o limite da floresta, que esconde perigos inimagináveis, e jamais deixar que alguém a veja.

Eles vivem no porão da imensa Mansão Biltmore e, nesses doze anos, ninguém nunca soube da existência de Serafina, ela aprendeu a viver nas sombras, e nunca nem pensou desobedecer o pai, pelo menos não até isso virar uma necessidade.

Crianças estão desaparecendo misteriosamente em Biltmore e Serafina foi a única que testemunhou como isso tem acontecido, e a única pessoa que ela está permitida a conversar não acredita nela, então, ela não vê outra opção a não ser procurar outra pessoa que possa ajudá-la a caçar o estranho da capa preta.

Nosso caráter não é definido pelas batalhas que vencemos ou perdemos, mas sim pelas batalhas que ousamos lutar.

Esse livro é um infanto juvenil de fantasia que eu tenho certeza que vai conquistar o coração de quem der a oportunidade. Se tornou um dos meus preferidos no gênero, e entrou pra minha lista de favoritos. Ele é o primeiro de uma trilogia, as sequências são Serafina and the Twisted Staff e Serafina and the Splintered Heart. E as capas continuam tão lindas quanto a do primeiro livro.

Confesso que não estava com nenhuma expectativa por esse livro, o que me chamou mais atenção para ler foi a capa, que é maravilhosa, e eu esperava que fosse ser um livro bom, mas mediano, já que não é um gênero que amo. Como eu estava enganada!

Peguei o livro pra dar uma “olhada” e quando dei por mim, já tinha lido quase 100 páginas sem nem perceber. Me prendeu de tal maneira que eu não queria soltar enquanto não terminasse. A escrita do autor é leve e simples, o que faz a leitura ser bem rápida e fluída. O enredo e o mistério, conseguiram me deixar muito curiosa, e confesso que nem desconfiei até o autor “jogar no meu colo” as pistas.

A morte é um débito devido à natureza. Eu paguei. Você também pagará.

O livro tem uma vibe bem parecida com Harry Potter, desde o fato da protagonista viver em um porão, até o título por ser “Nome do protagonista + Acontecimento do livro”. Porém, apesar disso, em nenhum momento me senti como se tivesse algo copiado, achei a história bem original, aliás. Então, acho que será um livro que vai agradar ao público de Harry Potter.

Os personagens são apaixonantes, tem aquela amizade gostosinha (que tenho certeza que vai se transformar em algo mais nas sequências, ou assim espero). Tem umas sub tramas bem interessantes, uns dramas de partir o coração, e momentos de apreensão pra nos fazer roer as unhas.

Já estou apaixonada pela Serafina e mal posso esperar pelos próximos livros. Muita coisa me deixou curiosa sobre o que vem a seguir. E o que me deixou mais empolgada ainda é que as notas das sequências são bem mais altas do que esse primeiro. Então, se já amei esse, sem dúvidas os outros serão maravilhosos.

Será que criaturas más pensam em si mesmas como sendo más? Ou será que pensam estar fazendo o que é certo? A maldade era algo que estava dentro do coração ou era como as pessoas viam as outras? Ela se sentia como se fosse boa, mas será que, na verdade, era má e só não sabia?

Se você está a procura de um livro pra dar de presente pro filho, irmão, sobrinho… que está começando a vida de leitor, ou se você gosta de livros infanto juvenis, pare de procurar, aqui está o livro perfeito pra você! Sério, leia! Preciso espalhar esse livro por aí!

Eu não dei 5 só por uma pequena coincidência do final que me incomodou, porém isso não tornou o livro nenhum pouco pior, mas eu não estaria sendo verdadeira comigo mesma se desse 5, por mais que o coração queira a razão não deixa. Então, tirei um décimo pra desencargo de consciência.

Todo mundo de alguma forma, se achava herói, lutando pelo que acreditava ser certo, ou simplesmente lutando para sobreviver mais um dia, mas ninguém se julgava mau.


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Stefania Cedro

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