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RESENHA | “Warcross” – Marie Lu


Autora: Katharine Mcgee
Editora: Rocco
Páginas:
416
Classificação:
5/5 estrelas

Eu jurei que não cairia nas artimanhas da Marie Lu mais uma vez, fiquei atenta em tudo pra não deixar passar nada, desconfiei de todo mundo, tinha certeza que dessa vez ela não magoaria meu pobre coração, porque eu não iria me apegar a ninguém. Como me enganei de pensar que eu seria mais esperta do que ela.

Tudo é ficção científica até alguém tornar um fato científico.

Já imaginou poder entrar dentro de um jogo? Uma tecnologia que permitisse uma ligação direta do seu cérebro com o jogo, fazendo você se sentir na pele do personagem? Foi exatamente essa tecnologia, o Neurolink, que proporcionou o jovem Hideo Tanaka a oportunidade de criar o jogo que conquistou o mundo, Warcross.

Emika é uma hacker que ganha a vida como caçadora de recompensas, está afundada em dívidas, mas em um golpe de sorte ela acaba conseguindo um contrato milionário com sua paixão platônica, o grande criador do jogo.

Warcross está sendo ameaçado por um hacker da darkweb, e será o trabalho de Emika impedir que seus planos se concretizem no encerramento do campeonato mundial.

Toda porta trancada tem uma chave. Todo problema tem uma solução.

Eu amo a escrita da Marie Lu, seus livros são sempre leituras bem fluídas e rápidas e esse não foi diferente. Desde o início o livro me prendeu e depois que chegou na trama principal eu não consegui mais parar de ler enquanto não soubesse o desfecho de tudo.

O romance, apesar de ter um pouquinho daquele “amor instantâneo”, foi um dos pontos mais fortes do livro pra mim. Não pareceu forçado, até porque temos a narrativa em primeira pessoa pela mocinha que já sustentava uma paixão platônica desde a primeira fez que viu o mocinho pela televisão. Então, desde a primeira cena romântica eu já senti o calorzinho aquecendo meu coração. É bem sutil e na medida certa para a proposta do livro.

— Você nunca é a coisa certa na hora certa.

Como na maioria de seus livros, Marie Lu sempre tem como objetivo alguma discussão importante pra sociedades. Neste, encontramos o debate sobre como somos dependentes da tecnologia, a ponto de abrirmos mão de certas coisas muito mais importantes para tê-la. No primeiro livro isso é mostrado bem sutilmente, mas acredito que será o foco principal da sequência. E estou muito curiosa sobre como ela irá desenvolver isso.

Nós não estamos todos conectados há anos, completamente viciados nesse mundo que vai além da realidade? Estamos tão dispostos a abrir mão dele?

Confesso que um dos plots eu saquei desde a primeira pista, que acho que pode ter sido proposital para nos distrair para não percebermos o outro que estava vindo, e funcionou perfeitamente. Eu estava tão certa que o que eu imaginava era o grande plot do final, que me senti mais esperta que a Marie Lu pela primeira vez. Então ela jogou todas as cartas na mesa e me deixou no chão deitada em posição fetal me perguntando como ela pôde fazer isso com seus queridos leitores. Não estava esperando a rasteira que ela me deu.

Esse é o primeiro livro de uma duologia, o segundo, Wildcard, já tem data de lançamento para setembro no exterior. Eu vou ficar aqui com os dedos cruzados para que chegue logo no Brasil, pois eu preciso desesperadamente saber como isso vai terminar, vou precisar de um curativo pro meu coração aguentar até lá.


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Stefania Cedro

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