Editora: Seguinte
Páginas: 440
Classificação: 5/5 estrelas
Maré Congelada começa exatamente a partir do ponto em que Primavera Rebelde termina, mas de uma forma ou de outra irei evitar spoilers para não estragar a surpresa de quem já leu. Devo dizer que estou muito contente com a autora, Morgan Rhodes. A saga se tornou mais uma das queridinhas de minha coleção. Fiquei com um pé atrás quando ela resolveu estender sua trilogia para quatro e, logo em seguida, seis livros, chegando a me preocupar de que cometesse os mesmos erros de Sarah J. Maas com Trono de Vidro, que embora eu não consiga largar por amar os personagens se perdeu muito em seu caminho de enrolações desnecessárias e reviravoltas amorosas forçadas. Felizmente Rhodes não perdeu a mão na sua escrita e entregou mais uma vez um livro maravilhoso que é mais do que uma simples fantasia para jovens adultos.
A continuidade qual a narrativa é construída no decorrer dos livros é algo maravilhoso, porque a cada volume publicado você percebe todo o enredo caminhando para um fim possivelmente já idealizado. Embora já tenham passado 4 volumes e acontecido muito do que foi indiciado lá no começo da história, as reviravoltas não caíram na mesmice e constantemente há personagens novos e importantes sendo agregados, além de manter a importância dos personagens principais e suas personalidades únicas.
Cléo, embora por cargas d’água não agrade muita gente, é uma personagem que pra mim evoluiu muito desde o início, ainda mais no fim do primeiro volume com os acontecimentos que comprometeram a sua vivência e tudo o que acreditava. De princesa paparicada para uma mulher constantemente planejando o seu retorno para o trono que é seu por direito. Parte importante da sua trama também está a descoberta do amor onde menos esperaria, podendo ser um caminho perigoso.
Jonas parece apagado nesse livro, mesmo com um aparente esforço da autora de encaixá-lo na história. Tanto que para dar um momento memorável para ele, acredito eu, Rhodes coloca no caminho de Jonas uma perda irremediável, mas que pela pressa que ocorreu ficou mais corrido do que surpreendentemente emocionante.
Lúcia é um saco. Que menina chata. Gostei dela no primeiro volume, muito mesmo, e de lá pra cá tem sido só decepção com a desconstrução da sua personalidade para alguém quantitativamente poderosa, mas com atitudes deploráveis e MUITO mimimi de a “vingadora inconformada amante da escuridão”. Meh.
Por fim, e não menos importante (não mesmo <3), Magnus continua a brilhar. Ô personagem que deixa o leitor com sentimentos contrastantes, viu? Num momento você o ama, no outro quase o odeia. Mas que seu coração tem amolecido é evidente, só não vê quem não quer. E uma certa princesa tem certa responsabilidade nessa evolução.... hm. Como mencionado, o livro mantém o ritmo acelerado dos outros, então te mantém preso do início ao fim, como uma boa fantasia deve ser. O final é insano de bom, então desde já me mantenho ansioso pelo próximo volume. Torço para que Rhodes continue a crescer no cenário literário e construa o seu próprio espaço no hall de escritores de fantasia épica.
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