Editora: Rocco
Páginas: 560
Classificação: 5/5 estrelas
Eu quero começar essa resenha parafraseando Marcel Proust quando ele diz: “Gostamos de sair um pouco de nós mesmos, de viajar, quando lemos”. Ah, Deborah! Muito obrigado por me fazer sair de mim mesma em todas as vezes que estive imersa em cada um dos três livros dessa sua trilogia. Obrigado pelos personagens maravilhosos e os cenários incríveis aonde você me levou, do passado ao presente, do moderno ao clássico, da alegria ao choro, da raiva ao amor. Essa série é para mim a que tem o melhor nível de pesquisa que já encontrei, uma precisão dos detalhes assombrosa, de forma que você se sente verdadeiramente vivenciando a cena e os diálogos. Eu estou tão emocionada com o fim dessa série que nem sei se terei condições psicológicas de fazer essa resenha, mas vamos lá!
Depois dos acontecimentos de Sombra da Noite, Diana Bishop e Matthew de Clairmont retornam ao presente para enfrentar as consequências de sua volta ao passado e velhos inimigos. Só que esse retorno traz mais surpresas do que Diana poderia imaginar e a verdadeira ameaça ao seu futuro ainda está para ser revelada e a busca pelo Ashmole 782 e suas páginas assume ainda mais urgência quando ela aparece.
Em seu volume final, Harkness traz o poder e a paixão, o sentido da palavra família e suas inquietações, ações passadas e suas consequências no presente. Através de casas ancestrais e laboratórios universitários, cruzando conhecimento antigo e ciência moderna, desde as montanhas do Auvergne aos palácios de Veneza, o casal finalmente aprende o que as bruxas descobriram tantos séculos atrás.
Logo de inicio eu tenho que avisar que em O Livro da Vida várias perguntas são respondidas e algumas não, mas não se aflijam pessoas! Talvez isso se deva ao fato de que autora deixou uma abertura para escritas futuras sobre esse universo, o que achei plausível, veja bem: existem livros que não merecem ou não tem conteúdo suficiente para expansão do seu universo, o que não se aplica aqui, Diana, Matthew e seus descendentes ainda têm muito por contar, as possibilidades são infinitas. *risos de felicidade*
Se você realmente ama alguém, você vai apreciar o que eles desprezam mais sobre si mesmos.
Novos e velhos (e apaixonantes eu diria) personagens surgem nesse livro, alguns estão definitivamente no meu coração para sempre, como Fernando, Gallowglass, Cris, Ysabeau, eu gostaria muito de ter/ler algo sobre Gallowglass, não apenas um livro, mas uma série completa! E os diálogos estão cada vez melhores! Eu amo cada vez mais os De Clairmont e sua “interessante” constituição familiar. *risos histéricos*
Diana tem que lidar com perdas, ganhos, e algumas batalhas internas. Eu particularmente fiquei muito feliz com o vinculo que ela tem com Philippe Clairmont, era algo que eu já suspeitava e veio a se concretizar de uma forma muito bonita e sagrada, Deborah nos mostrou o quanto esse personagem foi importante e decisivo para o futuro de sua família e da série, e os momentos em que ele apareceu foram emocionantes. *chora*
E por fim, quero que vocês me perdoem por não me aprofundar demais nos comentários, talvez porque eu mesma não consiga expressar o quanto estou tocada por esse livro e essa série, ao final eu senti uma enorme sensação de contentamento que a muito eu não sentia em minhas leituras. Nem preciso dizer que Deborah foi perfeita em sua escrita e narrativa e mais uma vez eu me curvo ao seu enorme talento. Espero ansiosamente no futuro ter um deslumbre dos Bishop-Clairmont e do fantástico mundo e personagens da trilogia All Souls novamente!
Eu vejo você, mesmo quando você se esconder do resto do mundo. Eu ouço você, mesmo quando você está em silêncio.
Estou lendo este livro a um mês e não consigo acabar.
A história é boa, mas a autora se alongou muito na trama e achei que acabou ficando cansativo. Acho que não precisava ter tantas páginas, as coisas poderiam se resolver com mais rapidez.