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RESENHA INTRÍNSECA | “Para Todos os Garotos que Já Amei” – Jenny Han


Autor: Jenny Han
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Classificação: 5/5 estrelas

Para Todos os Garotos Que Já Amei conta a história de Lara Jean, uma garota de dezesseis anos com um hábito incomum: toda vez que se apaixona, ela escreve cartas para o garoto que amou, em uma espécie de despedida, no qual ela conta tudo o que sentiu para assim poder seguir em frente e deixar de amar eles. Até aquele momento, Lara nunca teve nenhum problema com isso, já que ela nunca mandou nenhuma das cartas.

No entanto, um dia as cartas são enviadas por alguém e Lara Jean agora deve lidar com todas as consequências que vem com o fato de cada um dos meninos que ela já amou descobrindo seus sentimento por eles.

Eu conheci esse livro na turnê da intrínseca que teve nesse último ano e me interessei pelo potencial da história e a ansiedade foi tanta que comecei a ler a história em inglês. Depois, surgiu a oportunidade de ter a edição brasileira em mãos e só posso dizer que depois da releitura o meu amor por esse livro só cresceu.

Não são cartas de amor no sentido mais estrito da palavra. Minhas cartas são de quando não quero mais estar apaixonada. São cartas de despedida. Porque, depois que escrevo, aquele amor ardente para de me consumir. Posso tomar café da manhã sem me preocupar se ele também gosta de banana com cereal; posso cantar músicas românticas sem estar cantando para ele. Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos deveriam.

A trama que Jenny Han criou não é muito original, vamos concordar, e não é nada difícil encontrar livros ou filmes onde uma garota que tenha seus sentimentos em relação a algum, ou neste caso vários, garoto revelados sem o seu consentimento e tenha que lidar com as consequências. Mas o grande diferencial deste livro é como a autora desenvolve a trama de tal forma que vai te conquistando aos pouquinhos e de repente você se encontra totalmente enamorado pela história e seus personagens.

E já que mencionei os personagens, preciso apontar Lara Jean como uma das minhas protagonistas favoritas; extremamente cativante e adorável, mesmo vivendo uma das situações mais embaraçosas que eu poderia pensar, Lara Jean seguiu adiante e aproveitou cada minuto e oportunidade que lhe foi dada. E não é somente ela que se sobressai, acho que todos os personagens desenvolvidos por Jenny deixaram sua marca, principalmente Kitty e Peter.

Somos irmãs, e não há nada que ela ou eu possamos dizer ou fazer que vá mudar isso.

Kitty é a irmã mais nova da Lara Jean e ela simplesmente roubou a cena em todos os momentos, me fazendo rir com suas atitudes e determinadas tiradas que fez durante o livro. Sem contar que eu adorei o fato da Jenny ter explorado a relação das irmãs Song, demonstrando a cumplicidade entre elas e como cada uma acrescenta um pouco na relação familiar; Margot com seu pragmatismo, Lara com seu romantismo e Kitty com suas opiniões certeiras.

O amor é assustador; ele se transforma; ele murcha. Faz parte do risco. Não quero mais ter medo. Quero ser corajosa como Margot. Afinal, um novo ano está quase começando.

E não foi só nas relações familiares que a autora acertou em cheio. O romance neste livro foi um dos mais doces e surpreendentes que eu já encontrei. Não só porque o mocinho era um tudo de bom, mas porque a autora focou primeiro em torná-los amigos e depois desenvolver o romance, assim a química entre eles fluiu de maneira natural e de forma tão gostosa que tornou-se um dos meus favoritos de conferir.

Abraço o pescoço dele. Gosto do cheiro do cloro em sua pele. Peter está com cheiro de piscina, verão e férias. Não é como nos filmes. É muito melhor, porque é real.

Peter foi uma das melhores surpresas desse livro, ele se apresenta na história com aquele ar de “garoto popular” que liga mais para o próprio umbigo do que para qualquer outra pessoa, mas com o desenrolar das páginas Jenny demonstra que as aparências realmente enganam e tenho certeza que no final do livro você vão perceber que é impossível não se apaixonar por ele.

Para completar toda essa maravilha e colocar uma cereja no bolo, a narrativa da autora se motrou extremamente envolvente e divertida, com uma fluidez maravilhosa que te deixa doido para terminar o livro o quanto antes — de preferência antes do sol raiar. Jenny provou que consegue trabalhar os clichês de tal forma que te deixa suspirando apaixonada pelo livro, algo para poucos, e me encontrei cada vez mais ansiosa para ler todos os seus livros.

Para todos os garotos que já amei foi como ver o seu filme romântico favorito da sessão da tarde, aquele tipo de filme que você não cansa de ver reprisar. Tudo bem, pode até estar repleto de clichês e situações embaraçosas, mas sem dúvidas há um lugar especial no seu coração para ele. Foi esse o meu sentimento com a história, há um lugar especial em meu coração e em minha estante para ela, e agora só me resta torcer para que você também se apaixone e queira reler essa história centenas de vezes. Eu com certeza quero!

PS: O que foi aquele final? Preciso de PS: Eu Te Amo urgentemente!!!

Nunca recebi uma carta de amor. Mas, ao reler esses bilhetes, um atrás do outro, sinto que recebi. […] Acho que agora consigo ver a diferença entre amar alguém de longe e amar de perto. Quando você convive com a pessoa, vê quem ela é de verdade, e ela também vê você.


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Pedro Henrique

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