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RESENHA | “Um amor para Lady Johanna” – Julie Garwood


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Autor: Julie Garwood
Editora:  Universo dos Livros
Páginas: 400
Classificação: 3.5/5 estrelas

Uma jovem viúva. Um guerreiro escocês fascinante. Duas vidas transformadas pelo amor e por uma paixão avassaladora. Quando Lady Johanna descobriu-se viúva, muitas pensaram que seu silêncio foi pela tristeza de perder seu marido ainda tão jovem, mas por dentro ela vibrava por finalmente escapar de um relacionamento abusivo, e ela prometeu que jamais se casaria novamente.

Obediência não é submissão.

Com apenas dezesseis anos, ela já possuía uma força de vontade que impressionava a todos que enxergavam além de sua beleza avassaladora. Contudo, quando o Rei John ordenou que ela se casasse outra vez – e selecionou um noivo para ela – pareceu que a moça deveria se conformar com esse destino. Seu irmão, no entanto, sugere ao Rei um novo pretendente: o belo guerreiro escocês Gabriel MacBain. E ainda que ninguém acredite que esse casamento pode dar certo, Johanna pelo menos escaparia do rei e estaria segura nas Terras Altas, mas o que ela descobre lá é que ela finalmente vai encontrar um lugar onde será livre para viver e ser a garota que realmente é: bocuda e disposta a enfrentar quem for por aquilo que acredita e aqueles que ama.

Claro que nem tudo serão flores nessa jornada. Johanna é a chave que pode começar uma revolução, e ela está longe de ser querida em um novo lar que já está muito instável, com dois clãs precisando aprender a conviverem juntos para que algo próximo da paz aconteça. Pior, um dos clãs acredita que nossa protagonista é uma fraca, com medo da própria sombra, quando na verdade ela só quer se proteger após passar por consecutivos abusos e a grande cartada da trama é ver como Johanna pouco a pouco se ergue para tornar-se dona de si e ser livre para gritar e dar a louca sem ter medo de levar nas fuças enquanto aprende a mostrar quem ela realmente é. E não espere uma mocinha pobre de caráter, pelo contrário, nossa protagonista é corajosa, hábil no arco e flecha, e cheia de opiniões fortes.

Agora sou uma mulher diferente. Descobri minha coragem e minhas energias e ninguém, nem mesmo um demônio, me arrebatará isso.

Entretanto, como grande fã de Julie Garwood, eu já adianto que esse não é o melhor livro da autora. Se você já leu algum de seus livros, você já percebeu que ela muitas vezes segue um padrão, e mais uma vez encontramos um mocinho parrudão, que tem fama de sanguinário, mas que no fundo é uma manteiga derretida, e ele não espera amar — isso sequer é uma prioridade para. E esse casal não é o melhor da autora justamente por não sair tanto do padrão dela, mas quando comparamos com outros romances de época, eu ainda acredito que Garwood se destaca de outras tantas autoras, e agora eu preciso explicar como isso pode ser negativo para alguns leitores.

Talvez você já tenha lido Julia Quinn ou Lisa Kleypas, caso não, indico fortemente que o faça, e se o fez, você sabe que a leitura é leve, rápida, e é então que a escrita da Garwood pode te incomodar. Se você quer algo rápido, essa talvez não seja sua melhor opção. Mas se você deseja uma leitura gostosa, e um romance de época repleto de guerreiros das Terras Altas deliciosos, se joga, meu bem!

Johanna ficou atônita ao compreender que Gabriel estava aterrorizado.
– Não a perderei.
– Não, não me perderá.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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