Editora: Novo Conceito
Páginas: 416
Classificação: 4/5 estrelas
A Menina Que Semeava é uma história onde vemos o real significado do amor: quando se abre mão da própria felicidade em troca da felicidade de quem ama, uma história de compaixão e do grande amor de um pai pela filha.
Chris Astor é um homem de quarenta anos que tem toda a sua existência baseada em apenas uma pessoa: Becky, sua filha de 14 anos. Depois do divórcio com Polly, sua relação com a filha ficou complicada e ele não consegue deixar de sentir saudades do tempo que todos eles moravam juntos e de como ele e sua filha eram achegados. Becky é uma garota de 14 anos, mas já sofreu para uma vida inteira… Quando tinha 5 anos ela teve leucemia e foi uma época muito difícil para todos.
Chris percebia o quanto sua pequena filha sofria e decidiu criar um mundo de ilusão com ela para que ela se distraísse dos seus problemas e pelo menos em uma parte do dia fosse feliz. Então, eles criaram o reino de Tamarisk com vários personagens e fantasias incríveis que eles não passavam um dia sem visitar. E isso continuou por muitos anos, até a separação de Chris e Polly. Porém, depois de se encontrar com Miea, a princesa de Tamarisk, Becky descobre que o mundo de fantasias que criou com seu pai na verdade é real.
Becky aprende como ir para lá e o faz sempre que possível. No entanto, descobre que seu tão amado reino está sendo destruído por uma praga que nenhum cientista consegue descobrir o antídoto. Como Becky poderá ajudar os habitantes de Tamarisk a não ficarem sem um lar? Como ela falará ao seu pai que tudo é real? E o que é essa dor de cabeça tão forte que ela vem sentindo ultimamente?
Ela encarou o teto e visualizou a expressão triste da rainha. Ela precisava fazer alguma coisa para ajudar Miea e Tamarisk. Eles eram importantes demais para que ela não fizesse tudo o que estava a seu alcance. Ela não poderia perder aquele lugar justamente agora que o havia encontrado.
A Menina que Semeava relaciona a realidade com a fantasia de uma forma esplêndida. O mundo criado por pai e filha é descrito com tantos detalhes que é impossível não se apaixonar por ele, conseguimos entender o porquê de Becky nunca ter conseguido ficar uma noite sem Tamarisk. A realidade narrada por Lou Aronica é, sem dúvidas, emocionante. Às vezes, eu me encontrava refletindo sobre o que acabara de ler sobre o que era pior ler sobre uma doença trágica pelo ponto de vista do pai ou da filha que está com a doença?
O começo da narrativa é um pouco confusa, visto que, ainda não fomos introduzidos ao enredo o que acaba complicando o entendimento. Mas depois de alguns capítulos isso acaba e é possível ser completamente sugado pela obra. Se o que Lou Aronica queria era proporcionar emoção e reflexão para seus leitores, posso afirmar que ele foi mais do que bem-sucedido em seu trabalho.
Tamarisk nunca foi meu, Lisa. Tamarisk sempre foi o lugar de Becky. Talvez seja o nosso lugar. Eu nunca quis que fosse só meu.
Esse livro parece ser perfeito *-*
Quero ler com certeza 😀
Beijo
Esse livro é um dos meus favoritos, realmente! A história é muito bonita e eu amei a resenha que você fez, pois apresenta muito bem essa história fascinante 🙂