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FORA DOS LIVROS | De volta a selva com Tarzan


O filme estreia no Brasil em 21 de julho.

Acabo de voltar de uma sessão de cinema com “A Lenda de Tarzan” e a felicidade é tanta que mal cabe no peito. São poucas as vezes em que vou ao cinema e o filme não só cobre minhas expectativas como também as supera, e esse é o caso da nova adaptação envolvendo o menino da selva. Sim, dá gosto de assistir.

A trama, como já sabemos, gira em torno do personagem Tarzan, criado por Edgar Rice Burroughs, mas agora John “Tarzan” Clayton já está a sete anos em Londres e encontramos então um homem diferente, mais “educado” e menos selvagem. Até que John é chamado para retornar  à selva onde passou a maior parte da sua vida e lá descobrirá que você pode tirar Tarzan da selva, mas não pode tirar a selva de dentro de Tarzan.

Um homem normal vai fazer o impossível para salvar a mulher que ama. Meu marido não é um homem normal.

Encontramos então o equilibrio certo entre passado e presente, há uma harmonia tão grande no enredo que foi possível entender como o menino tornou-se Tarzan, e como Tarzan tornou-se o engomado  John. Mas engana-se quem acredita que essa é só uma história para contar o romance entre Tarzan & Jane, ou os dramas da vida dos protagonistas. Não, dessa vez ainda há espaço para o Congo, a África, e seu principal parasita, a exploração europeia — parte dos europeus não querem os refugiados em suas “terras”, mas algumas centenas de diamantes africanos são sempre bem-vindos, seja no passado ou no futuro, não é mesmo?!

E ainda que anos tenham se passado desde que fui ao cinema pela primeira vez para conhecer Tarzan (foi meu primeiro filme!),  eu continuo encantada. O Tarzan da animação continua presente nesse novo longa, mas sua história é mais crível e sua realidade mais cruel.  E Jane? Ah!, que mulher, que poder!

“A Lenda de Tarzan” provou-se um filme perfeito para toda a família, divertido e repleto de aventura. Mas também termina com uma mensagem clara: temos celulares, notebooks, mas Tarzan nos lembra um pouco do que perdemos com tudo isso. Estamos conectados, mas a real conexão nós perdemos.

A selva consome tudo. Ela ataca os velhos, doentes e feridos. Ela ataca os fracos, mas nunca os fortes.

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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

Primeiros comentários

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    1. Taaaalvez eu seja suspeita para escrever sobre o filme porque Tarzan me traz sentimentos bem agridoces, eu adoro! Mas o filme é realmente bom, adorei sair do cinema tão feliz com o que encontrei.

  1. Finalmente alguém com os mesmos sentimentos que os meus ao assistir Tarzan. Como você, a animação da Disney foi o meu primeiro filme no cinema e continua sendo minha animação favorita mesmo 17 anos depois.
    O filme conseguiu me trazer aquela emoção de volta! As paisagens, a trama, o jeito como tratam a escravidão e a exploração de todo um país me pegaram logo nos primeiros minutos em que me foram apresentados. E o romance não deixou nada a desejar.
    Depois de ir três vezes ao cinema para assistir ao longa e de ler inúmeras críticas posso afirmar que minha opinião é praticamente imutável: eu me apaixonei pelo filme e quem dera eu pudesse engarrafar as sensações que senti ao assisti-lo pela primeira vez.