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[REVIEW] “The Taking” – Kimberly Derting


Autora: Kimberly Derting
Editora: Harper Teen
Páginas: 
320
Classificação: 
5/5 estrelas

 

E ela fez de novo. Sério, como essa mulher consegue tirar meu fôlego em todos os livros dela, eu não tenho ideia, mas que a escrita dela é maravilhosa, com certeza. Primeiro foi com a saga The Body Finder, agora com a saga nova, The Taking, eu posso admitir com todas as palavras e com orgulho de que a Kimberly Derting é uma das minhas autoras de YA preferidas, se não for a preferida. Sua nova saga é um sci-fi com romance, suspense, mistério e tudo mais que se tem direito e que ela sabe fazer muito bem. É, ela fez de novo, e com muito estilo.

“Tudo que eu sabia era que em um momento eu estava em um trecho deserto da estrada, discutindo com meu pai sobre bolsas de estudo e garotos, e no minuto seguinte meus membros estavam formigando e eu me senti leve e tonta.”

É a história Kyra Agnew, mas não só dela, é do Tyler, Simon, Jett e do pai da Kyra. Por que? Porque a trama é tão bem construída que cada um deles tem uma ligação única com tudo que se passa. Mas tudo começa com o desaparecimento da Kyra e seu reaparecimento cinco isso mesmo, cinco anos depois no estacionamento do Gas’n’Sip ao lado de uma lixeira. O que não é em nada como o campo onde ela estava correndo, depois de fazer o pai dela para o carro, tentando provar um ponto, que foi onde ela desapareceu. O negócio, é que ela não lembra de nada, e para ela, sua última memória é do dia anterior. Não de cinco anos atrás.

“Definitivamente eu estava no lugar certo. Então, quem eram essas pessoas? Esses estranhos me encarando do outro lado da minha janela?”

Kyr tem a sensação de que algo está fora, ela não sabe o que, isso se completa quando ela chega em casa e dá de cara com um estranho e um bebê. Nada se encaixa, o cara expulsa ela, ela corre atravessando a rua indo para a casa do namorado, ou daquele que ela acredita ser o namorado. Mas, ela dá de cara com o irmão mais novo dele, que no dia anterior para ela, ele tinha somente doze anos. Ele a recebe de braços abertos, mas quando ela percebe que ele não é quem ela esperava que fosse, é quando o chão dela começa a desmontar sobre seus pés. Isso e o fato de que ele cresceu, ele amadureceu e ela não parece em nada com a idade que deveria ter, vinte e um anos.

“Eu me sentia mais e mais como uma estranha presa dentro do meu próprio corpo.”

Só que as coisas não param por ai, pois mais choques vem aí, como a separação dos pais, como o cara estranho que a expulsou da casa onde ela morou ser o novo marido da mãe dela e o bebê ser seu meio-irmão. Ou o fato de que seu pai não para de falar em alienígenas, abdução e morar em um trailer com um cachorro. Tudo está fora, nada faz sentindo. A única coisa que faz mais sentindo e a faz se sentir bem, se sentir como ela é o Tyler. Mas isso é até que um agente da NSA (National Secutiry Agency) aparece e o que já estava desmontando vira de cabeça para o ar.

“Por enquanto eu ainda estava tentando descobrir onde eu me encaixo neste estranho mundo novo no qual eu fui largada.”

O fato mais estranho nisso tudo, é alguém que ela ve em lugares comuns, mas que não faz sentido, que deixa um recado na sacola de compras dela e que a ajuda quando ela mais precisa. Esse estranho sabe e entende o que aconteceu com ela, e quanto mais ele explica, piores as coisas ficam. O problema é algo que ele esquece de falar, que é letal e tóxico, que faz com que Kyra tenha de tomar uma decisão que não só irá mudar tudo para ela, como para alguém com quem ela se preocupa. Tudo isso depois de chegar a conclusão de que o pai dela não estava errado.

“Mas acima de tudo, eu odiava a mim mesma por ser uma tóxica merda de bagunça.”

Dificil fazer essa resenha sem spoilerza, mas acredito que consegui, ainda mantive o mistério, que me fez ficar colada no livro, deixar de respirar, chorar, lamentar, querer arrancar meu cabelo e me enlouquecer. Aliens estão na moda literária, mas ainda assim, a Kim conseguiu passar algo diferente, que por mais louco que pareça, te faz parar para pensar ‘e se for mesmo assim?!’. Os personagens são apaixonantes, o ritmo da história é de tirar o fôlego, a criatividade é linda. E eu tenho um novo bookcrush, Tyler meu lindo. Derting, sou sua fã, realmente. Agora é sentar, controlar a ansiedade, e esperar até o ano que vem pelo segundo livro. Aiai.

“As vezes aqueles poucos segundos de esperança valiam o choque de realidade, e eu não queria perder esse sentimento – apenas, não ainda.”


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Pedro Henrique

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