Editora: Suma de Letras
Páginas: 232
Classificação: 4/5 estrelas
J.A. Redmerski mostra mais uma mais que pode ser brilhante e matreira em seus livros. O Retorno de Izabel foi um misto de sensações, nem sempre boas, e o final foi de arrepiar (por favor, não me pergunte se foi de uma forma boa ou ruim, ainda não sei responder).
A história segue um pouco adiante dos acontecimentos do último livro, com Sarai desistindo de levar uma vida “normal” e indo, acompanhada de seu namorado e sua melhor amiga, em busca de vingança, mas tudo sai longe do esperado e mais uma vez ela precisa de Victor para salvá-la.
Já ao lado de Victor, que dessa vez está mais do que disposto a compartilhar sua vida e seus fluidos corporais com Sarai, eles precisam lidar com os resultados de suas atitudes inconsequentes e repensar algumas decisões. Agora na pele de Izabel, Sarai precisará passar por um último teste se quiser fazer parte do grupo de Assassinos comandado por Victor. Mas a maior provação será perdoar o imperdoável.
Sarai, você nunca sabe quem vai trair você até ser tarde demais.
É difícil colocar no papel tudo o que senti com esse livro. É confuso separar tudo em começo, meio e fim porque a trama foi mais do que isso. O que está claro é que na primeira parte do livro tudo foi aquém das minhas expectativas, eu realmente amei o livro anterior e fica difícil apresentar algo tão bom ou melhor do que A Morte de Sarai, mas isso não desmerece a sequência; é só outra pegada, outro clima, e eu não estava preparada.
Antes de mais nada, há o romance, e foi divertido acompanhar duas pessoas que detestam sentimentos e apegos ao ponto de vez ou outro clicarem na mesma tecla de não estou apaixonado, e como eles se transformam quando começam a depender um do outro ao ponto da obsessão.
Sarai… isso vai me matar! Será que você não entende? Você vai me matar se decidir ir embora!
Até ai tudo bem, o romance mais do que agrada, mas no geral senti que tudo foi desenvolvido de uma forma leviana, boba demais e fora da realidade para uma história que acompanha assassinos, como se a autora escrevesse um romance café com leite sobre mafia. Foi só ao terminar o livro que mordi a lingua e tudo o que eu acreditava caiu por terra. Que me perdoem o palavreado, mas foi do caralho tudo que aconteceu e eu ainda sinto o impacto.
Após o choque percebi que a verdade é que ou você ama Na Companhia de Assassinos ou odeia, e nem preciso dizer qual lado escolhi. Não é bonito ou limpo, mas o que você esperava de uma série que fala sobre assassinos?
— Talvez você devesse se livrar de mim — sussurro nos lábios dele.
— Nunca — diz Victor, me beijando de leve uma vez. — Você é minha enquanto respirar.
Eu amei A Morte de Sarai e por criar muita expectativa acabei ficando um pouco desapontada com O Retorno de Izabel, o final foi de arrancar os cabelos, mas o resto do livro achei bem morno e concordo que o romance poderia ter sido mais bem trabalhado.
Ah eu definitivamente amei essa série mas não sei dizer quais dos dois eu prefiro se o livro 1 ou o 2. No final do segundo eu me peguei dizendo ” não acredito nisso!!!”. Fiquei com uma vontade enorme de dá umas sacudidas no Faust.
Eu comprei O retorno de Izabel assim que saiu, mas quando li A morte de Sarai não tinha ideia de que era uma série, o problema é que o primeiro parecia um filme de ação dos bons, bem feito, bem fechado como um Ultimado Bourne da vida, e então descubro sobre a série, até agora não li o segundo por simples medo de estragar a experiência que eu tive com o primeiro. Tomando coragem…