[RESENHA NOVO CONCEITO] “Até Eu Te Encontrar” – Graciela Mayrink

Até Eu Te Encontrar é o relançamento do romance de estreia de Graciela Mayrink pela Novo Conceito. A própria capa já revela um pouco mais do que o necessário da história, mas nem por isso ela perde sua pegada e, por que não dizer, a trama chega até mesmo a surpreender.

O livro inicia com um trecho bem peculiar e eletrizante, e logo depois somos lançados para a vida de Flávia, uma mineira que decide frequentar a Federal de Viçosa para dar uma espairada em sua antiga vida e começar novamente. É nessa nova cidade que ela conhece pessoas que mudarão sua vida e que vão lhe mostrar um novo mundo envolvendo magia, alma gêmea e amizade verdadeira.

Flávia acaba se intrometendo em uma antiga amizade que sempre esteve próxima a ela, apesar de ela nunca ter encontrado nem Felipe, Luigi ou seu irmão, que faleceu recentemente. Atualmente, somente Felipe continua na cidade e é por ele que Flávia acaba se apaixonando, mas logo ela vai descobrir que sua alma gêmea sempre esteve a um passo de encontrá-la, entretanto a namorada de Luigi não vai deixá-lo ir fácil. E Flávia também nem sabe se quer isso.

Uau, sério que esse é o primeiro romance da autora? A escrita de Graciela foi seduzindo pouco a pouco e depois, puff!, viciei. Apesar de o enredo em si não possuir elementos suficientes para uma nota cinco, me surpreendi com a forma leve que a autora decidiu seguir com seu livro e é isso que fez as páginas passarem rapidamente.

Mas se eu gostei tanto, o que me desagradou? Bem, eu não cheguei a suspirar pelo mocinho, e nada no livro tornou-o inesquecível para mim. Prazeroso sim, com certeza, mas, por exemplo, uma briga pela alma gêmea mostrou-se um motivo bem pobre para durar tanto, e até agora não entendi qual o trauma tão intenso Flávia sofreu para querer deixar sua antiga vida para trás.

De qualquer forma, os pontos negativos ficam para segundo plano conforme Graciela conquista com sua escrita e mal vejo a hora de ler um novo livro da autora, com uma linha mais madura, espero, e tão viciante quanto.