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[RESENHA INTRÍNSECA] “Half Bad” – Sally Green


Autora: Sally Green
Editora: Intrínseca
Páginas:
304
Classificação:
3/5 estrelas

Nathan tem 16 anos e vive em uma jaula, mantido em cativeiro pelo sua própria espécie, os bruxos da Luz, pelo simples fato de ser uma aberração. Nathan é um meio código, sua mãe era uma bruxa da Luz e seu pai o mais temido bruxo das Sombras. Sendo o meio-sangue que é, o garoto sofre todo tipo de preconceito por parte da comunidade bruxa.

Desejado por nenhum. Caçado por todos.

Então Nathan, perto da idade em que deve receber três presentes de um parente de sangue para enfim se tornar um bruxo adulto e desenvolver sua magia, escapa e vai em busca de seu pai. Mas encontrar Markus o pai-bruxo-das-Sombras-temido-por-geral não será fácil, e pior, ele dará os três presentes ao filho que nunca manteve contato? Nathan se pergunta se o pai realmente se preocupa com ele, já que nunca o contatou desde que foi acusado de matar a mãe do garoto.

E essa é a premissa de Half Bad, uma exceção em originalidade hoje com tantos livros de fantasia juvenil, com seu plot surpreendentemente adulto envolto de mistério e pouco blá blá blá.

Sally Green nos apresenta Nathan, com toda a sua insegurança por ser um órfão e ainda sofrer esse preconceito por ser simplesmente quem é. Pode sangue definir personalidade? O que faz de você mau? Essas são algumas perguntas que me vieram a mente lendo Half Bad.

A sociedade criada pela autora não deixa a desejar quanto a ideia, mas decepciona quando ela não nos apresenta o suficiente nesse livro, vemos apenas a superfície desse novo mundo, onde bruxos convivem com humanos nos dias de hoje sem sua consciência. E o mesmo se diz sobre a parte “fantasiosa” do livro; apesar de se tratar sobre buxos, pouco magia é vista, mas devo dizer que o pouco que vemos é muito inteligente e… diferente.

Sobre os personagens, é muito curioso acompanhar Nathan, o livro é narrado em primeira pessoa, e a angústia e determinação transborda das páginas de Half Bad. Arran, um dos meio irmãos de Nathan, sem dúvida ganhou minha atenção por ser o contrapeso de Nathan e ao mesmo tempo da sociedade bruxa. Arran é puro companheirismo e… ah, não tem como não se apaixonar, mas a autora me decepciona mais uma vez ao não se aprofundar no garoto e seus irmãos. Tá certo que é uma série, e espero que isso seja explorado nos próximos volumes, mas um pouquinho a mais de informação não faria mal.

Temos também Gabriel, um bruxo das Sombras que cruza o caminho de Nathan, e é outro personagem que atiçou minha curiosidade (meu coração dividido entre Arran e Gabriel *suspira*).

A história é sempre contada pelos vencedores, dizem. E Nathan, infelizmente não é um deles.

No fim, Half Bad é uma fantasia moderna sobre bruxos, muito bem elaborada, mais focado em drama e questões interiores do que de fato magia. Pretendo sim ler a sequencia, Half Wild, apenas para saber se me satisfaz mais sobre a sociedade mágica e os personagens citados acima, previsto para 2015, e Deus sabe quando aqui no Brasil (é Intrinseca, quem não te conhece que te compre hmpf).

A série também acompanha uma novela chamada Half Lies, sobre o ponto de vista de Michele, uma bruxa das Sombras que se apaixona por um bruxo da Luz.


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Rafael

Estudante de gastronomia, divide o tempo entre cortar a chiffonade e ler fantasia. Viciado em YA, principalmente sobrenatural e urban fantasy. Gosta da cor verde e de cheirar livros. Fã incondicional de Cassandra Clare e Cornelia Funke. Falo palavrão não por má educação, mas por falta de expressões na língua portuguesa. Consigo ler ouvindo música, deal with it...

Um comentário

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  1. No início de resenha você se refere ao Nathan como meio-sangue, quando na verdade ele é um meio-código (sendo meio-sangue o filho de um bruxo com um félix). 😉