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RESENHA INTRÍNSECA | “A Química” – Stephenie Meyer


Autora: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas:
496
Classificação:
4/5 estrelas

Chris, Casey, Terry, Drew, Alex, Ellis, ou como aqueles que a caçam a conhecem, A Química. Ela não pode se manter muito tempo com o mesmo nome, ou na mesma cidade, é perigoso demais, alguém a encontraria. Ela já esteve uma vez do outro lado da força, os intitulados como “bonzinhos” na equação, o departamento do governo que ela servia, mas as cartas mudaram de uma hora para outra e tudo que conhecia virou de cabeça para baixo quando se tornou a caça daqueles que deveriam protege-la, daqueles a quem ela jurou lealdade um dia. Porém não é à toa que as pessoas morriam de medo dela, nem que a menção de seu apelido acarretasse tanto medo para suas vítimas. Ela sabia muito bem o que fazer para se proteger com os devidos compostos químicos nas mãos. Podia não ser nenhuma grande agente no corpo a corpo, mas ela não precisava lutar para matar.

No contexto de sua vida atual, matar significava ganhar. (…) O coração de outra pessoa deixaria de bater e o dela continuaria pulsando. Alguém iria atrás dela e, em vez de uma vítima, encontraria um predador. Uma aranha-marrom, invisível por trás de sua teia traiçoeira.

Depois de anos fugindo, finalmente aparece uma saída para essa vida. Seu antigo Mentor lhe faz uma proposta para que ela deixe de ser a caça e retorne para o lado do caçador. Porém ela não sobreviveu todos esses anos por ter confiado em qualquer um que lhe oferecesse ajuda, ela sabia que nada poderia ser tão fácil como ele insinuava. Mas apesar de tudo, ela não podia deixar de se sentir aliviada ao ver uma ponta de esperança, será que ela realmente poderia parar de fugir? Ou essa seria só mais uma tentativa para assassina-la?

Esqueça servir ao seu país, esqueça salvar vidas inocentes, esqueça instalações top de linha, ciência revolucionária e orçamentos ilimitados. Esqueça salário de sete dígitos. Que tal não ser assassinada?

Eu como uma fã de Crepúsculo (Sim! Até hoje, não falem mal na minha frente), quando vi o novo livro da Stephenie Meyer, fiquei louca por ele, mesmo vendo os muitos avisos de que não teria nada a ver com os outros livros da autora. E realmente, se eu tivesse lido sem saber quem era a autora, nunca ligaria um ao outro. A escrita está muito mais séria e visivelmente não tem como público alvo adolescentes. A única característica que, pra mim, não mudou foi a maneira fácil com que ela conseguiu me envolver na história.

O que mais me encantou no livro foi a personagem principal, ela é totalmente Badass, ela pode matar antes mesmo da pessoa pensar que está correndo algum perigo. Porém, quem a olha não vê mais do que uma mulher miúda, que não pode fazer mal nem a uma flor, o que é ótimo, pois assim sempre é subestimada por seus oponentes. Mas como uma seguidora devota da ciência, ela não acredita em amor, pra ela tudo não passa de uma reação sensorial do corpo, no seu caso, devido a carência por passar tanto tempo fugindo e sozinha. E isso torna o romance uma experiência completamente diferente e divertida.

– Sou a única pessoa do sexo feminino em sua vida…não há mais opção. (…) Não se pode confiar em sentimentos originados em meio a grave angústia física e mental.
– Eu poderia considerar isso, menos por uma coisa. (…) Eu quis você antes de você ser o único ser humano do sexo feminino em minha vida. (…) Nunca me senti tão atraído por alguém como me sinto por você, e senti isso desde o instante em que nos conhecemos. É como a diferença entre… entre ler sobre gravidade e cair pela primeira vez.

Os demais personagens, que não posso citar, também são encantadores. E dão o toque levemente engraçado ao livro. A interação deles, briguinhas e intrigas foram ótimas para proporcionar algumas risadas em meio a tanta tensão.

O que me incomodou um pouco durante a leitura foi que em alguns momentos a leitura ficava bem morna e eu me sentia como se estivesse sendo enrolada, mas a ansiedade para saber o que aconteceria a seguir não deixou nem essas partes mais mornas ficassem chatas. Quanto as cenas mais “fortes”, onde a trama estava pegando fogo, a Meyer conseguiu escrever maravilhosamente bem (nunca duvidei da sua capacidade <3), me deixou aflita e roendo as unhas com medo do que poderia acontecer.

Apesar de ter deduzido o primeiro “mistério” do livro, os demais foram completamente inesperadas, eu não sabia o que estava por vir e adoro quando um livro consegue fazer isso comigo. Acho que depois de lermos muita coisa, acabamos aprendendo muito sobre algumas das tramas mais usadas, então não é tão fácil nos pegar desprevenidos, mas ela conseguiu.


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Stefania Cedro

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