Autora: Teri Terry
Editora: Farol Literário
Páginas: 424
Classificação: 4/5 estrelas
Nessa segunda parte da trilogia Slated — se você não leu o livro anterior, pare aqui-, Kyla está atormentada por seus pesadelos e lembranças do passado. Dividida em vários pedaços, como ela pode escolher um lado quando não sabe nem mesmo quem é? Mas quando ela finalmente faz uma escolha e decide ir até o fim com ela, talvez Kyla perceba tarde demais que nem tudo é preto no branco e, no final, ela pode machucar até mesmo aqueles que ama.
Esse livro me fez tão bipolar, com tanta raiva e desgosto, mas ao mesmo tempo tão deslumbrada com o que acontece, que é difícil me posicionar até mesmo para classificá-lo. Fragmentada mostra um lado mais violento da história, e aquele mito sobre o segundo livro não chegar aos pés do anterior não cola quando o assunto é a saga Slated. Ele é melhor, mas isso não quer dizer que vai te agradar sempre. Pelo contrário, ele foi bem frustante.
Aquele que está no poder muda a história para que sirva aos seus interesses.
Kyla, ou seja lá qual for o nome dessa garota, deve decidir quais de suas personalidades ela quer ser, ou se finalmente chegou a hora de ser algo novo, mas enquanto decide isso ela tem atitudes tão drásticas e por vezes idiotas que me senti iludida e frustada, não só com ela mas com grande parte dos personagens, é como se eles estivessem atuando em grande parte do livro, o que só me deixava cada vez mais irritada e com vontade de jogar o livro longe.
Novos personagens aparecem, antigos se mostram mais importantes — e interessantes — do que se acreditava inicialmente, e Kyla continua sua busca por Ben. Aliás, Ben era um personagem que não me agradou de início. O romance foi tão repentino, sem sal, que não convenceu, mas, como eu disse, o segundo livro se mostra ainda melhor que o anterior e até mesmo Ben revela-se alguém mais agradável, mesmo que de forma diferente. Não sei, mas sinto que ele será peça chave no último livro e que o garoto que parecia simples inicialmente de simples não tem é nada.
Já Kyla, mesmo sendo mais uma boneca idiota em meio a centenas de outros, na verdade saiu do encaixe de protagonista perfeita. Não dá para ser sempre a super heroína, acertar tudo e salvar a todos. Slated não é um conto de fadas, não é perfeito, e essa é a característica mais divertida da história.
E, com o final — oh meu Deus, que final fantástico –,compensando toda minha raiva e negação, Teri Terry comprovou que é uma mestre em provocar o leitor, e mesmo horas após terminar Fragmentada ainda estou com um sorrisinho no rosto imaginando o que a autora vai aprontar na terceira e última parte da trilogia.
E eu choro por mim, por quem sou agora. Onde está o meu lugar neste mundo?
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