Editora: Benvirá
Páginas: 408
Classificação: 5/5 estrelas
Às vezes reclamamos tanto da nossa vida que quando lemos um livro como Vidas Trocadas percebemos o quão ridículos somos por isso. É tão difícil explicar em palavras o que se sente ao ler essa obra… E depois de pensar muito cheguei à conclusão de que apesar de uma coisa ou outra, a nota 5 nunca será o suficiente para classifica-lo.
A vida de Rosie nunca foi normal. Ir pra festas, ter namorados, viajar e ir pra faculdade? Bem que ela queria. No entanto, sua mãe, Trudie, tinha a Doença de Huntington (que para quem não conhece é uma doença degenerativa progressiva do sistema nervoso). Por isso, Rosie trocou sua vida pela de sua mãe, assim ela poderia cuidar dela nos seus últimos meses de vida. Rosie assistiu a degeneração e a morte de sua mãe. Todos consideravam Trudie louca ou bêbada e quem sofria com tudo isso era Rosie.
Depois Trudie falecer, Rosie sofre muito e não sabe mais o que fazer da sua vida. Talvez começar fazendo um teste para ver se também tem a doença, visto que, a Doença de Huntington é hereditária. Ela não imaginava que a partir desse dia sua vida mudaria para sempre. A sua “tia” Sarah resolve finalmente revelar para Rosie a verdade: ela não é a filha biológica de Trudie (não estou contando spoiler pessoal, já estava na sinopse). Rosie decide procurar por seus pais verdadeiros. E durante essa jornada, ela bagunça a vida de várias pessoas – pessoas inclusive que ela nem mesmo imagina estarem vivas.
Já fiz minha parte. Como aqueles globos com pedacinhos de neve: sem dúvida já chacoalhei a bola de vidro. E ninguém sabe onde cairão os flocos de neve dessa vez… e se cairão de fato algum dia.
Vidas Trocadas, diferente de muitos livros, não é um que você possa simplesmente ler e ler e acabar em poucas horas. Por quê? Não é por não te prender à leitura (ele prende e muito!), mas por ser uma trama tão, tão complicada, e intensa que você lê e precisa de algum tempo para digerir aquilo, para conseguir ter a coragem necessária para prosseguir a leitura e descobrir o que acontecerá com os personagens. Várias vezes eu me peguei triste e pensativa e foi esse livro que fez isso comigo.
Durante a leitura, eu também conheci os dois personagens mais chatos e irritantes de todos os livros já publicados! Um deles é Holly. Meu Deus, eu não aguentava mais ler tantas reclamações e dramas dela. Parecia que eu estava lendo a narração de uma criança, não de uma mulher de 18 anos! Foi completamente irritante e um sacrifício ler os capítulos narrados por ela. O outro é Andy – o interesse romântico de Rosie – ele é oficialmente o pior “namorado” do mundo literário. Alguém que não entende, não ama e não fica do seu lado. Persiste em cometer o mesmo erro várias e várias vezes. Não consigo acreditar que ele é o par romântico dela até agora.
O amor verdadeiro é uma coisa maravilhosa. Mas o amor entre um pai e um filho… Essa é a coisa mais mágica do mundo.
Mas pode ter certeza que esses dois personagens não afetaram em nada o meu amor pela obra Katie Dale. Além de Katie fazer um plot super intenso, ela consegue te surpreender a cada página. E eu fiquei de boca aberta para sua capacidade de provocar tais emoções, não só em mim, mas em todos que ousaram ler Vidas Trocadas. O livro é dividido em duas partes e os capítulos são alternados entre as protagonistas Rosie e Holly. Algo que gostei bastante foi que a Editora Benvirá até mesmo diferenciou as letras de tais capítulos para não nos confundirmos com que personagem está narrando.
Se você está preparado para sofrer, se emocionar, amar e odiar, leia Vidas Trocadas.
Já tinha visto o livro algumas vezes, mas nunca dei muita atenção para Vidas Trocadas e você conseguiu mudar completamente minha cabeça. Apesar dos pequenos defeitos que você apontou, me senti completamente impelida a ler o livro. Espero fazer isso em breve e gostar tanto quanto você.
Beijos, http://rehabliteraria.blogspot.com.br/