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[LIVROS] Confira capa e trecho traduzido de “City of Lost Souls”, quinto livro da saga “Os Instrumentos Mortais”


Tradução feita pela equipe Up! Brasil, não reproduza sem os devidos créditos.

Foi revelada a capa de City of Lost Souls, quinto livro da saga Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare, que tem sua previsão de lançamento para 08 de maio de 2012. No Brasil, a editora Galera Record já lançou os três primeiros livros da saga. Ainda não há uma sinopse oficial porém foi disponibilizado o prólogo do livro. Confira a capa e o trecho traduzido:

Simon se levantou e encarou entorpecido a porta de sua casa.

Ele nunca conheceu outra casa. Esse foi o lugar que seus pais foram morar logo após seu nascimento. Ele cresceu dentro dessas paredes no Brooklyn. Ele tinha brincando na rua sob as frondosas árvores no verão, e tinha feito trenós improvisados nas tampas de lixo no inverno. Nesta casa toda sua família sentou-se durante o shivá do falecimento de seu pai. Era onde beijou Clary pela primeira vez.

Ele nunca imaginou o dia que a porta de sua casa estaria fechada para ele. A última vez que viu sua mãe, ela chamou-o de monstro e rezou para que ele fosse embora.Ele a fez esquecer que ele era um vampiro, usando glamour, mas ele não sabia até quando isso duraria. Enquanto sentia o frio ar de outono, olhando para a porta, ele sabia que não tinha durado tempo o suficiente.

A porta estava coberta com sinais—Estrelas de Davi , a forma do Chai, vida. Tefillin estavam sujeitos na porta e batente. Uma Hamesh, a Mão de Deus, estava no olho mágico.

Entorpecido, ele colocou sua mão no metal mezuzah que estava sobre o lado direito da porta. Ele viu a fumaça subir do lugar onde sua mão tocou o objeto sagrado, mas ele não sentiu nada. Nenhuma dor. Apenas um terrível vazio, subindo lentamente para uma raiva fria.

Ele chutou a parte de baixo da porta e ouviu o eco pela casa. “Mãe!” ele gritou. “Mãe, sou eu!”

Não houve resposta—apenas o som dos parafusos ligados a porta. Sua audição sensibilizada reconheceu os passos de sua mãe, sua respiração, mas ela não disse nada. Ele podia sentir o cheiro acre de medo e pânico através da madeira. “Mãe!” Sua voz quebrou. “Mãe, isso é ridículo! Deixe-me entrar! Sou eu, Simon!”

A porta vibrou, como se chutando ele. “Vá embora!” Sua voz era áspera, irreconhecível com o terror. “Assassino!”

“Eu não mato pessoas.”Simon apoiou a cabeça contra a porta. Ele sabia que provavelmente poderia chutá-la para longe, mas qual seria o ponto? “Eu disse a você. Eu bebo sangue animal.”

Ele a ouviu sussurrar, suavemente, várias palavras em hebraico. “Você matou meu filho,” disse ela. “Você o matou e colocou esse monstro em seu lugar.”

“Eu sou seu filho—”

“Você usa seu rosto e fala como ele, mas você não é ele! Você não é Simon!” A voz dela subiu para quase tornar-se um grito. “Afaste-se de minha casa antes que te mate, monstro!”

“Becky,” ele disse. Suas faces estavam molhadas; ele levantou sua mão até tocá-la, e elas ficaram manchadas: suas lágrimas sangravam. “O que você disse para Becky?”

“Fique longe de sua irmã.” Simon ouviu um barulho dentro de casa, como se algo tivesse sido derrubado.

“Mãe,” ele disse novamente, mas dessa vez sua voz mal saiu. Saiu como um sussurro rouco. Sua mão começou a latejar. “Eu preciso saber—Becky está ai? Mãe, abra a porta. Por favor—”

“Fique longe de Becky!” Ela estava afastando-se da porta, ele pode ouvir. Depois, veio o barulho inconfundível da porta da cozinha se abrindo, o ranger do linóleo enquanto ela caminhava sobre ele. O som de uma gaveta sendo aberta. De repente, ele imaginou sua mãe agarrando uma das facas.

Antes que eu te mate, monstro.

O pensamento abalou-o sobre seus pés. Se ela o empala, a Marca viria à tona. Isso a destruiria assim como destruiu Lilith.

Ele abaixou a mão e apoiou-se lentamente, tropeçando pelos degraus e em toda calçada, ficando contra um tronco de uma das grandes árvores que sombreavam o quarteirão. Ele ficou onde estava, olhando para a porta de sua casa, marcada e desfigurada pelos símbolos que mostravam o ódio de sua mãe para ele..

Não, ele lembrou a si mesmo. Ela não o odeia. Ela acreditava que ele estava morto. O que ela odiava era algo que não existia. Eu não sou o que ela diz que sou.

Ele não sabe quanto tempo teria ficado lá, olhando, se seu telefone não tivesse começado a tocar, vibrando no bolso de seu casaco.

Estendeu a mão para ele inconscientemente, notando o padrão a partir da frente da mezuzah— intertravada com a Estrela de David—que foi queimada na palma de sua mão. Ele trocou de mão e colocou o telefone no ouvido. “Alô?”

“Simon?” Era Clary. Ela parecia sem fôlego. “Onde você está?”

“Casa,” ele disse, e parou. “Na casa de minha mãe,” ele emendou. Sua voz soou oca e distante para seus próprios ouvidos. “Por que você não volta para o Instituto? Estão todos bem?”

“”É justamente isso,” disse ela. “Logo depois que você nos deixou, Maryse voltou para baixo do telhado, onde era para supostamente Jace estar à espera. Não havia ninguém lá.”

Simon se moveu. Sem dar-se conta que estava fazendo isso, como um boneco mecânico, ele começou a caminhar até a rua, em direção à estação de trem. “O que você quer dizer, não havia ninguém lá?”

“Jace se foi,” ela disse, e ele podia ouvir a tensão em sua voz. “E então houve Sebastian.”

Simon parou à sombra de uma árvore. “Mas ele estava morto. Ele está morto, Clary—”

“Então você me diz porque ele não está lá, porque ele não está,” ela diz, sua voz finalmente se quebrando. “Não há nada lá em cima, apenas um monte de sangue e vidros quebrados. Ambos se foram, Simon. Jace se foi. . . .”


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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