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Leia um trecho de “Oráculo Oculto”, novo livro do Rick Riordan!


OLHA ELEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A Intrínseca revelou em seu blog oficial um trecho do vindouro Oráculo Oculto, o primeiro livro da nova série intitulada As Provações de Apolo, escritas pelo  ̶D̶e̶u̶s̶/̶Z̶e̶u̶s̶/̶O̶d̶i̶n̶/̶R̶á Rick Riordan. O livro será lançado no dia 3 de maio!

Riordan disse: “Mesmo depois de tantos livros sobre mitologia grega, estou constantemente descobrindo histórias que eu não conhecia Enquanto escrevia Deuses Gregos de Percy Jackson, me deparei com dois mitos sobre Zeus punir Apolo e transformá-lo em mortal, a ideia me fascinou… Decidi submeter o pobre Apollo para uma terceira punição e escrever uma série do seu ponto de vista como um recém mortal de 16 anos de idade. Isso me deu um ângulo completamente novo no mundo de Percy Jackson. Foi incrivelmente divertido de escrever.

A história, como o nome já indica, acompanhará o deus Apolo, que foi punido por seu pai, Zeus, e transformado em um adolescente mortal, com direito a espinhas e gordura abdominal. Agora, ele tentará descobrir uma forma de reverter a punição, cair novamente nas graças de seu pai e obter seus poderes de volta. Nessa longa jornada, ele contará com a ajuda de ninguém menos que Percy Jackson, mostrando o que aconteceu com o semideus depois dos acontecimentos da série Os heróis do Olimpo.

Leia o maravilhoso trecho (Tô tremendo, Rosana!):

“Viramos na Rua 82, a leste.

Quando chegamos à Segunda Avenida, o lugar começou a me parecer familiar, com fileiras de prédios, lojas de material de construção, lojas de conveniência e restaurantes indianos. Eu sabia que Percy Jackson morava em algum lugar por ali, mas minhas viagens pelo céu na carruagem do Sol me deram um senso de localização pareado com o Google Earth. Eu não estava acostumado a me deslocar no nível da rua.

Além do mais, nessa forma mortal, minha memória perfeita tinha se tornado… imperfeita. Medos e necessidades mortais enevoavam meus pensamentos. Sentia fome. Queria ir ao banheiro. Meu corpo estava doendo. Minhas roupas estavam fedendo. Parecia que meu cérebro estava cheio de pedaços de algodão molhados. Sinceramente, como vocês, humanos, aguentam?

Depois de mais alguns quarteirões, uma mistura de granizo e chuva começou a cair. Meg tentou pegar as gotas na língua, o que achei uma forma muito ineficiente de beber alguma coisa, e logo água suja. Comecei a tremer por causa do frio e tentei me concentrar em pensamentos felizes: as Bahamas, as Nove Musas em perfeita harmonia, as muitas punições horríveis que eu daria a Cade e Mikey quando me tornasse deus de novo.

Eu ainda estava interessado em descobrir quem era o chefe deles e como ele soube em que lugar eu cairia na Terra. Nenhum mortal teria como saber isso. Na verdade, quanto mais eu pensava, mais improvável se tornava a ideia de que um deus (fora eu mesmo) pudesse ter previsto o futuro de forma tão certeira. Afinal, eu era o deus da profecia, o mestre do Oráculo de Delfos, distribuidor de amostras de alta qualidade do destino dos outros há milênios.

É claro que não me faltavam inimigos. Uma das consequências naturais de ser tão incrível é que eu atraía inveja por onde passava. Mas eu só conseguia pensar em um adversário capaz de prever o futuro. E se eleviesse atrás de mim em meu atual estado…

Afastei esse pensamento. Já tinha muito com que me preocupar. Não fazia sentido ficar aterrorizado por causa de situações hipotéticas.

Começamos a procurar nas ruas menores, verificando os nomes nas caixas de correspondência e nos painéis dos interfones. O Upper East Side tinha uma quantidade surpreendente de Jacksons. Achei isso irritante.

Depois de várias tentativas fracassadas, dobramos uma esquina, e ali, parado debaixo de um resedá, havia um velho Prius azul. O capô tinha o amassado inconfundível dos cascos de um pégaso. (Como eu tinha tanta certeza? Sou ótimo em identificar marcas de cascos. Além do mais, cavalos normais não sobem em carros. Pégasos, sim. O tempo todo.)

— Ahá — falei para Meg. — Estamos quase chegando.

Meio quarteirão depois, reconheci o prédio: um edifício de tijolos aparentes com cinco andares e aparelhos de ar-condicionado enferrujados pendurados nas janelas.

Voilà! — gritei.

Meg parou de repente, como se houvesse uma barreira invisível que a impedisse de avançar. Ela olhava desconcertada para a Segunda Avenida.

— O que aconteceu? — perguntei.

— Achei que tivesse visto de novo.

— O quê? — Segui o olhar dela, mas não vi nada de estranho. — Os delinquentes do beco?

— Não. Duas… — Ela balançou os dedos. — Bolhas brilhantes. Eu as vi na Avenida Park.

Meu coração disparou.

— Bolhas brilhantes? Por que você não disse nada?

Ela bateu nas hastes dos óculos.

— Eu já falei que vi muitas coisas esquisitas. Geralmente não ligo, mas…

— Mas, se eles estiverem nos seguindo, não vai ser nada bom — retruquei.

Olhei para a rua de novo. Nada de diferente, mas eu não estranharia se Meg realmente tivesse visto bolhas brilhantes. Muitos espíritos aparecem dessa forma. Meu próprio pai, Zeus, já se transformou em uma bolha brilhante para atrair uma mulher mortal. (Por que a mulher mortal achou isso atraente, eu não faço ideia.)

— A gente devia entrar — falei. — Percy Jackson vai nos ajudar.

Meg continuou hesitante. Ela não demonstrou medo quando enfrentou ladrões com lixo em um beco sem saída, mas agora parecia estar em dúvida se devia tocar a campainha. Então me dei conta de que talvez ela já tivesse encontrado semideuses, e que esses encontros podiam não ter saído como o esperado.

— Meg, sei que alguns semideuses não são bons — falei. — Eu poderia contar histórias de todos que precisei matar ou transformar em ervas…

— Ervas?

— Mas Percy Jackson sempre foi de confiança. Não precisa ter medo. Além do mais, ele gosta de mim. Eu ensinei tudo que ele sabe.

Ela franziu a testa.

— É?

Achei a inocência dela meio encantadora. Havia tantas coisas óbvias que ela não sabia.

— Claro. Vamos subir agora.

Eu toquei o interfone. Alguns segundos depois, a voz falhada de uma mulher atendeu.

— Alô.

— Oi — falei. — Aqui é Apolo.

Estática.

— O deus Apolo — reforcei, achando que talvez devesse ser mais específico. — Percy está?

Mais estática, seguida de duas vozes em uma conversa abafada. A porta da frente se abriu. Antes de entrar, vi um breve movimento com o canto do olho. Dei uma conferida na calçada, mas novamente não vi nada.

Talvez tivesse sido um reflexo. Ou granizo sendo carregado pelo vento. Ou talvez tivesse sido uma bolha brilhante. Meu couro cabeludo formigou de apreensão.

— O que foi? — perguntou Meg.

— Nada de mais. — Forcei um tom alegre. Não queria que Meg saísse correndo logo no momento em que estávamos tão perto de um lugar seguro. Estávamos unidos agora. Eu teria que segui-la se ela ordenasse, e não queria ter que viver naquele beco para sempre.

— Vamos subir. Não podemos deixar nossos anfitriões esperando.

 

Depois de tudo que fiz por Percy Jackson, eu esperava alegria com a minha chegada. Boas-vindas lacrimosas, a queima de algumas oferendas e um pequeno festival em minha homenagem não teriam sido inadequados.

Mas o jovem só abriu a porta do apartamento e perguntou:

— Por quê?

Como sempre, fiquei impressionado com a semelhança dele com o pai, Poseidon. Ele herdara os mesmos olhos verde-mar, o mesmo cabelo preto desgrenhado, as mesmas belas feições que podiam mudar de bom humor para raiva com facilidade. No entanto, Percy Jackson não seguia a preferência do pai por shorts de praia e camisas havaianas. Ele estava usando uma calça jeans surrada e um casaco de moletom azul com as palavras equipe de natação ahs bordadas na frente.

Meg recuou no corredor e se escondeu atrás de mim.

Decidi dar um sorriso.

— Percy Jackson, minhas bênçãos para você! Estou precisando de assistência.

O olhar de Percy voou de mim para Meg.

— Quem é a sua amiga?

— Esta é Meg McCaffrey — expliquei —, uma semideusa que precisa ser levada para o Acampamento Meio-Sangue. Ela me salvou de delinquentes.

— Salvou… — Percy olhou meu rosto ferido. — Você quer dizer que o visual “adolescente surrado” não é só disfarce? Cara, o que aconteceu com você?

— Eu acho que mencionei delinquentes.

— Mas você é um deus.

— Quanto a isso… eu era um deus.

Percy piscou.

Era?

— Além disso — falei —, tenho quase certeza de que estamos sendo seguidos por espíritos do mal.

Se eu não soubesse quanto Percy Jackson me idolatrava, teria jurado que ele estava prestes a me dar um soco no nariz já quebrado.

Ele suspirou.

— Acho que vocês dois deviam entrar.”


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Victoria

Psicóloga em formação, com a grande vontade de ser escritora, que leria até a lista de compras de Rick Riordan e é eternamente grata pela passagem de Stieg Larsson por este mundo.

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