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Blade Runner 2049, excesso de elenco e perda de tempo


Na última semana estreou aqui nos Estados Unidos Blade Runner 2049, um filme que decepcionou já na sua primeira bilheteria, que não foi tão maravilhosa como esperado para a sequência do clássico de 1982 dirigido por Ridley Scott.

A história se passa trinta anos após os eventos do primeiro filme com um novo blade runner, K, interpretado por Ryan Gosling, que se depara com uma descoberta que tem o potencial de jogar a sociedade em meio ao caos. Para descobrir o que realmente aconteceu anos atrás ele parte em uma busca por um antigo blade runner, um que já conhecemos bem: Rick Deckard, interpretado por Harrison Ford, que está desaparecido a 30 anos.


Esse filme possui quatro características que tornaram-no tão querido por muitos: o debate que ele pode trazer sobre o futuro e a humanidade como conhecemos, elenco de peso, efeitos especiais de dar água na boca e as referências ao primeiro filme. Tudo isso por si só faz o ato de ficar quase três horas sentado em uma cadeira de cinema algo não tão cansativo — mas se o filme fosse assim tão bom não seria cansativo de qualquer forma, certo?

A verdade é que durante essas horas eu senti que o elenco foi contratado pelo seu apelo, além do excesso de merchandising e perda de tempo. Aliás, o próprio filme foi algo desnecessário para mim e se comparado ao primeiro Blade Runner 2049 é nada mais do que uma decepção. Imagino meu pai, na idade dele, ansioso para ver a sequência de um bom filme que ele assistiu e precisando assistir um filme de quase três horas repleto de voltas e um ritmo morno. A chance de ele dormir antes da primeira hora é quase uma certeza. Eu quis dormir durante o filme então não dá para culpar meu velho ou sua idade, para ser sincera.

Esse grande problema se deve ao fato de que quem estava por trás desse novo filme achar que o seu público ou é muito burro ou não tem a mínima habilidade de ler nas entrelinhas. Tudo é explicado e repetido diversas vezes. Se esse filme fosse adaptado para um livro, seriam 2 mil páginas com eventos óbvios e bem clichês. Não me entenda mal, eu adoro o clichê, mas espero pouco disso em um sci-fi e mais ousadia no roteiro. Se há potencial? Muito, mas foi deixado de lado em grande parte do filme para dar espaço a um ritmo lento, com excesso de diálogos e que pouco explorou o mundo atual de K.

Já quanto aos atores, preciso destacar três: Harrison Ford, que pouco apareceu mas brilhou quando os holofotes se voltaram para ele; Ryan Gosling, que deveria mexer com as emoções do telespectador com sua busca pela verdade, mas minha empatia para com o personagem foi praticamente nula; por fim, Jared Leto, um ator e cantor que adoro, mas sinto que está completamente perdido em sua carreira cinematográfica desde sua brilhante atuação em Clube de Compras Dallas.

Talvez minha opinião seja minoria, diversos críticos estão aplaudindo esse novo filme e eu sou somente uma pessoa normal querendo curtir um bom filme, mas vamos combinar que quem paga toda essa produção somos nós, as pessoas normais que vão ao cinema para se divertir. Se eu me diverti com esse filme? Sim, soltei algumas risadas e curti o momento, mas sempre que isso ocorreu era por conta do absurdo de algumas situações, nunca por qualquer brilhantismo que tanto dizem existir no longa.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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