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[RESENHA GUTENBERG] “Ruína e Ascensão” – Leigh Bardugo


Sombra e Ossos

Autora:  Leigh Bardugo
Editora:  Gutenberg
Páginas:
 344
Classificação:
 4/5 estrelas

No grande desfecho da trilogia Sombra e Osso, Leigh Bardugo se supera e nos surpreende com um livro muito bem amarrado, personagens sólidos e uma batalha épica entre a Luz e as Trevas… Literalmente.

Alina Starkov passou de órfã a cartógrafa de Ravka, a Grisha e agora Santa. Depois dos acontecimentos ocorridos em  Sol e Tormenta, Alina poderia ter morrido ao enfrentar o Darkling, e foi sua sobrevivência e o fato de ter ultrapassado os poderes básicos dos Grishas que tornaram-na uma entidade espiritual.

“Você poderia me tornar um homem melhor.”
“E você poderia me tornar um monstro.”

Alina está sendo mantida em cavernas abaixo da terra junto com os sobreviventes do Pequeno Palácio, os poucos Grishas que não morreram e não se juntarão ao Darkling, junto com Maly e vários fiéis alimentados pela liderança duvidosa do Apparat. E com dificuldades para se recuperar…

Ela não tem fonte de luz para fazer sua magia, mas logo eles percebem que devem enfrentar o Darkling na superfície onde agora ele reina Ravka e destruir de vez a Dobra das Sombras. E a busca pelo ultimo amplificador de Morozova se complica: o Pássaro de fogo pode nem sequer existir, não hásinais dele, Mal está dando seu melhor como rastreador pra encontra-lo e o que pode acontecer com Alina se usar o terceiro amplificador? Nenhum outro Grisha teve tanto poder… Sem mencionar que não se tem sinais de Nikolai. Será que ele sobreviveu ao ataque?

Vestiremos nossas melhores roupas e morreremos como heróis.

Ruína e Ascensão é de tirar o folego, a evolução da Alina como líder e como Grisha é surpreendente, a protagonista tem um espirito justo e torna a leitura muito interessante. A relação dela com Mal/Darkling/Nikolai não é tao irritante e a atração do Darkling pela Conjuradora do Sol é totalmente platônica. Mas há questões bem óbvias envolvendo a trama, principalmente entre Nikolai e Mal e com quem Alina termina no final, não há dúvidas e só ocupou espaço meescolheNik. Creio que se fosse apontar de cara um ponto negativo em toda a história seria exatamente o romance, a autora soube conduzir tudo de forma espetacular, sem deixar o leitor perder a atenção em nenhum aspecto de sua fantasia, mas o romance ficou tão a esmo entre tantas emoções, é difícil não esperar algo a mais também desse aspecto em The Grishas.

E tudo eclipsou de forma digna, os confrontos foram bem elaborados e inteligentes, com a forma criativa como a autora explorou o poder dos Grishas fechando tudo para algo épico. Bardugo brincou com nossos corações com esse plot, a forma como torceu e retorceu a trama para apresentar algo totalmente singular, ainda que doloroso, fechou a trilogia de forma satisfatória e com chave de ouro.

Ruína e Ascensão é um ótimo livro e o team Darkling já pode se preparar para fortes emoções. Quanto a mim, só posso me preparar para o spin-off, que venha Six of Crows.

“Eu sou a ruína.”


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Rafael

Estudante de gastronomia, divide o tempo entre cortar a chiffonade e ler fantasia. Viciado em YA, principalmente sobrenatural e urban fantasy. Gosta da cor verde e de cheirar livros. Fã incondicional de Cassandra Clare e Cornelia Funke. Falo palavrão não por má educação, mas por falta de expressões na língua portuguesa. Consigo ler ouvindo música, deal with it...

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