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[NOTÍCIA DE LIVROS] Sequência de “Perdida” tem título alterado e ganha capa


Carina Rissi finalmente divulgou a capa da sequência de Perdida, seu romance de estréia, mas com uma surpresa para os leitores: faltando poucos meses para a publicação, o título foi alterado para Encontrada — À espera do felizes para sempre (eu adorei esse novo título e já podemos ver a nova marca do selo Verus). O lançamento fica para a  23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontecerá em agosto.

Para quem ainda não conhece essa série incrível, leia a resenha do primeiro livro, Perdidaaqui.

Confira capa, sinopse e trecho:

Sofia está de volta ao século dezenove e mais que ansiosa para começar a viver o seu final feliz ao lado de Ian Clarke. No entanto, em meio a loucura com os preparativos para o casamento, percebe que se tornar a sra. Clarke não será assim tão simples quanto ela supunha. As confusões encontram a garota antes mesmo de ela chegar ao altar, e uma tia intrometida que não quer que o casamento se realize é apenas uma delas. Coisas estranhas estão acontecendo na vila. Ian parece estar enfrentando alguns problemas, que prefere não dividir com a noiva. Decidida, Sofia fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar ao homem que ama. Ela não está disposta a permitir que nada nem ninguém atrapalhe seu futuro. Porém, suas ações podem colocar tudo a perder, e Sofia descobre que a única pessoa capaz de destruir seu felizes para sempre é ela própria.

 

CUIDADO! ALERTA DE SPOILER

“…E então, bem atrás da mesa dele, pendurado como se fosse uma obra de arte, me deparei com a tela suja e borrada por meus dedos.
Segurei os ombros de Ian e me ergui o suficiente para olhar em seus olhos.
− Por que aquela coisa horrorosa tá pendurada na sua parede como se fosse um quadro de verdade?
− É um quadro de verdade! – ele afirmou, enrolando uma de minhas ondas no indicador.
− Não, é uma porcaria que qualquer criança de dois anos faria melhor.
Ian observou a tela, espalmando a mão grande na curva de minhas costas para que eu não caísse. Um sorriso orgulhoso brotou em sua boca perfeita.
− Eu gosto – comentou. − Observe a assimetria, a imprecisão nos traços, nenhum domínio das técnicas sobre a tela. Numa primeira interpretação de caráter geral este quadro apresenta uma total falta de cosmovisão, não há uma reflexão sobre os valores fundamentais em torno dos quais gira a vida humana. É difícil encontrar uma linguagem pictórica ou simbólica, até mesmo discursiva ou conceitual. Se dermos mais importância ao fator “Onde está o mata-borrão?”, chegamos à conclusão de que a negligente artista sente dificuldade em se adequar ao padrões e a expressa em cada pincelada.
− Tá legal – falei devagar, olhando-o com a testa encrespada. − Não entendi mais da metade do que você disse, mas tenho a impressão que você acabou de dizer que sou uma droga como artista.
Ele deu risada.
− Ainda não terminei. – Então se obrigou a voltar a fachada de crítico de artes. – Porém, se deixarmos tudo isso de lado e nos concentrarmos na relação estabelecida entre a figura oculta e as marcas de dedos, vemos que a qualidade do trabalho é significativa, e a mensagem rica e engenhosa.
− Ah, é, é? – Apertei os lábios para não rir.
Ele fez que sim, mantendo a expressão séria.
− Perceba com que riqueza o amarelo e o vermelho se entrelaçam, criando a ilusão de luz e profundidade. Como aquela torção ali no canto nos remete a um vórtice em constante movimento. Nesta perspectiva, percebemos que a negligência é proposital, ouso dizer sofisticada, para que os traços representem a liberdade da alma da artista. Observe aquela mistura de marrom e verde bem ao centro.
− Que lembra uma batata podre?
− Precisamente! – Ele lutou contra um sorriso. − A batata é o símbolo máximo do livre-arbítrio e a independência triunfando sobre as adversidades causadas pelo mata-borrão!
Eu gargalhei tanto que teria caído do sofá se Ian não estivesse me segurado com tanta firmeza. Ele ria também.
− Sério, Ian, é feio demais. Acabou com a decoração do seu escritório. Devia colocar no lixo.
− Meu amor, eu jamais poderia. Quando olho para esta tela me lembro da forma como foi criada. A razão daquela confusão de cores e marcas de dedos. Não há outra que seja mais preciosa ou mais bela para mim. Recentemente também adquiri muito apreço por aquela magnifica mesa de carvalho. E agora desejo acrescentar este confortável sofá a lista. − E esticou o pescoço para alcançar meu lábios. “


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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