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Autora: Vitor Martins
Editora: Globo Alt
Páginas: 352
Classificação: 5/5 estrelas
Jonas está prestes a completar vinte anos de idade e em sua vida atual não há nada de surpreendente e inspirador acontecendo. Ele trabalha em uma espécie de Starbucks, mas com a temática espacial e com o nome dos alimentos diferenciados.
Sem nenhuma pretensão de começar a faculdade tão cedo, ele mora com os pais na cidade de Santo André, em São Paulo. Seu pai é babaca e folgado. Sua mãe é religiosa e se esforça sempre para levar Jonas à igreja. Porém, ele perdeu a vontade de ir aos poucos, e o ápice para se afastar foi quando se assumiu gay.
A chama na vida do protagonista finalmente se acende quando um cliente ruivo entra no local de seu trabalho. Uma mania de Jonas é, quando uma ideia de um tema para escrever um livro desperta em sua mente, escrever em seu caderninho de ideias, e ao ver o ruivo não só nasce uma nova história em sua mente, mas um crush se forma.
Quando li Quinze Dias logo a escrita de Vitor Martins me conquistou. Com seu jeito simples, envolvente e tocante, sua narrativa se desenvolveu no ritmo certo e é impossível não ser conquistado por ela, a cada página o interesse pela seguinte aumentava.
Na verdade, sou muito ruim em concluir histórias antigas. Na verdade, sou muito ruim em concluir qualquer coisa.
Jonas é um garoto comum, que não tem nenhuma perspectiva de futuro. Apenas quer viver o agora, mas ainda carrega sonhos dentro de si. Ele é bem resolvido quanto a sua sexualidade, mas apenas não se abriu para sua família, por conta do seu pai ser mega machista e sua mãe religiosa. Ele não é de ter muitos relacionamentos, e quando se depara com o menino de barba ruiva aonde trabalha algo brota dentro dele e faz querer conhece-lo mais. Em encontros e desencontros, ele e o ruivo começam uma história que trará muita inspiração para Jonas.
A trama é narrada em primeira pessoa, pelo protagonista Jonas. Nela conhecemos mais sobre seus pensamentos como família, trabalho, futuro e sonhos. Apesar dele demonstrar que ele é resolvido em muitas coisas, ele possui um lado pensativo e no qual às vezes o deixa para baixo.
A trama apresenta diversos temas importantes além da sexualidade de Jonas. Podemos encontrar temas como a relação dele com sua família, amizade, como lidar com a pressão externa com seu futuro. Isso é bem apresentado e de forma equilibrada. Na verdade, toda a história é bem moderada com relação a tudo. Nada é forçado, muito pelo contrário, Vitor parece escrever tudo de forma bem natural e tocando pontos que afetou ou vai afetar muitos jovens.
E não foi só que a escrita do autor acertou em cheio. Além de ser cativante, seu livro é recheado de referências da cultura pop e isso facilita ainda mais para que o leitor crie um vínculo mais afetivo com o protagonista. Além do personagem principal ser bem trabalhado, também podemos encontrar um bom desenvolvimento com os personagens secundários, em que conhecemos mais sobre suas histórias e também seus conflitos. Além disso, o autor usou uma ferramenta ótima para agregar à história, pois podemos acompanhar o início de uma trama escrita pelo protagonista.
Para os fãs de um romance fofo, Um milhão de finais felizes é uma ótima recomendação. Você vai rir, chorar e querer abraçar Jonas a cada momento turbulento que ele vive. Com uma narrativa intimista sentimos que somos amigos próximos de Jonas e estamos ali ouvindo seu desabafo. Estou ansioso para ler os próximos livros do autor.
Eu te amo e tenho certeza de que, mesmo passando por tanta coisa ruim na vida, você ainda guarda um milhão de finais felizes aí dentro.
Autora: Judith Mcnaught
Editora: Charme
Páginas: 406
Classificação: 4/5 estrelas
Se você é fã de Judith McNaught já há algum tempo, então você sentiu em cento momento que a autora era um tanto desprezada pela editora Record no Brasil. Ainda que a autora seja um ícone mundial por seus romances, no Brasil ela era frequentemente jogada de escanteio, com exemplares e edições de bolso que não chegavam aos pés do que McNaught e seus leitores brasileiros realmente mereciam. Mas esses são tempos antigos e o Grupo Record finalmente resolveu dar uma repaginada nos livros da autora, com novas edições e capas.
Em Até você chegar, Judith McNaught revela os leitores a elegante Londres do início do século XIX, em um inacreditável romance. Professora de uma escola para damas da alta sociedade, Sheridan Bromleigh é contratada para acompanhar uma das estudantes, Charise Lancaster, até a Inglaterra, onde encontrará seu noivo. Quando a jovem sob sua responsabilidade foge com um estranho, Sheridan questiona-se como explicará isso ao pretendente, Lorde Burleton. Stephen Westmoreland, o Conde de Langford, presume que a jovem vindo em sua direção é Charise Lancaster, e a informa sobre sua participação no acidente fatal envolvendo Lorde Burleton na noite anterior. No momento em que iria explicar o mal-entendido, Sheridan também sofre um acidente e fica inconsciente. Ela acorda na mansão de Westmoreland, sem lembrar quem é. A única pista sobre seu passado é o estranho fato de todos a chamarem de miss Lancaster. Tudo o que ela realmente sabe é que está apaixonada por um belo conde inglês, e que sua vida está repleta de maravilhosas possibilidades.
Estou interessada em saber por que há momentos em que me olha e sorri como se só eu tivesse importância para você. Estou interessada em saber por que há momentos em que sinto que não quer me ver, mesmo quando estou na sua frente. Estou interessada em tudo o que se refere a você porque quero muito significar algo em sua vida. Estou interessada em história. Sua história. Minha história.
Autora: Kristen Proby
Editora: Charme
Páginas: 320
Classificação: 4/5 estrelas
Samantha não é gosta da fama, holofotes e tudo que vem no pacote da exposição ao público. Seu passado a traumatizou e diversas vezes foi colocada nas manchetes às sombras da fama do seu irmão, famoso ator de Hollywood, Luke. Ela está recém desempregada e está em busca de outro emprego, que dessa vez irá valorizá-la e não irá pressionar com relação a sua família e amigos.
Leo é vocalista da banda Nash, uma das bandas mais famosas e bem sucedidas no momento. Ele se mudou recentemente para Seattle, para morar mais perto de Meg, sua irmã de consideração. Ao conhecer Samantha, um interesse imediato o despertou e ele investirá e usará todas as armas que estiver à sua disposição para conquista-la.
Para quem leu Joga Comigo, soube perto do final que o próximo livro seria protagonizado por Sam e Leo, não é mesmo? A troca de farpas deu um gosto sobre o que viria.
Eu te chamo de Raio de Sol porque, quando sorri, você ilumina por dentro.
Samantha é uma mulher independente e sempre buscou ser bem sucedida, com seu esforço e talento. O que viveu no passado foi um aprendizagem para o seu amadurecimento e criou regras, uma delas: não se envolver com pessoas famosas. Pois a única experiência que teve a deixou arrasada. Ela detesta holofotes, sempre que surgia nas manchetes sempre era denominada como irmã de Luke, o que é verdade, mas detestava viver na sombra o irmão. Isso fez com que sua motivação em buscar a independência aumentasse.
O livro narrado pelos dois pontos de vistas nos dá uma visão panorâmica sobre os sentimentos e pensamentos dos protagonistas. A relação iniciada com troca de farpas e investidas incessantes de Leo, desperta algo em Samantha para dar uma chance. Isso é uma fissura sendo aberta para algo mais profundo.
A trama segue a linha que Sam não quer um relacionamento sério, se casar e se sentir dependente de alguém. Isso é decorrente a decepções que a personagem vivenciou e fez com que construísse muros envolta de seu coração. Leo também tem esse pensamento no começo, mas ao passar do tempo ele sabe que o que acontece entre ele Sam não é apenas uma relação casual. Tem algo a mais e ele fará de tudo para que ela também entenda.
A escrita de Kristen continua envolvente, fluida e viciante. No momento que a história é iniciada, o leitor vai mergulhar no mundo dos Montgomery e amigos e irá querer saber mais sobre os casais que já tiveram suaa histórias contadas e também os próximos personagens.
Autora: Katy Regnery
Editora: Charme
Páginas: 368
Classificação: 3/5 estrelas
Brynn acredita que nunca mais será capaz de amar novamente após ter perdido seu noivo brutalmente há dois anos. Mas quando Cassidy aparece em sua vida, o luto finalmente abre espaço para um sentimento completamente novo.
Pelos erros de seu pai, Cassidy pagou sua vida inteira. O pai era assassino e estuprador e por isso a sociedade julgava o pequeno Cassidy como se fosse tão ruim quanto ele. Então sua mãe decidiu que a melhor opção seria viver longe do mundo, longe dos olhares recriminadores, longe de onde seu filho poderia se tornar alguém como seu marido.
Este é o maior problema de se perder alguém que se ama tanto quanto eu amava Jem: nunca conseguimos ser a pessoa que éramos antes. Nunca. Ainda estou tentando descobrir quem me tornei.
Cassidy cresceu acreditando que nunca poderia se envolver com ninguém, que não merecia ser amado por culpa dos erros de seu pai. Mas quando Brynn cruza seu caminho, torna difícil manter todas as promessas que havia feito a sua mãe.
Não há como sentir falta de uma coisa que nunca se teve. Você não pode desejar algo que nunca possuiu. Mas eu conheço a glória de um toque humano. E sinto falta.
Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Katy Regnery e infelizmente não foi uma boa experiência. Achei a escrita um pouco repetitiva, os personagens muitas vezes trouxeram os mesmos pensamentos de antes, e isso tornou a leitura um pouco cansativa para mim.
A narrativa custou a me conquistar, principalmente porque as coisas demoraram a acontecer. E quando começa, achei que tudo evoluiu um pouco rápido demais. Não consegui sentir a paixão crescendo, e isso é minha parte preferida dos romances, então, fiquei um pouco desapontada com a rapidez.
Dizer adeus não significa esquecer. Seguir em frente não significa que você nunca o amou. Estou te dizendo para deixar isso para trás. Estou te dizendo que você pode ser feliz.
O que mais me chamou atenção para ler esse livro foi o fato de tratar sobre filhos de pessoas ruins. Achei que isso seria o ponto chave da mensagem do livro e por isso que estava sendo tão bem falado. Porém, ao invés de trazer uma linda mensagem, a autora a trocou por um plot forçado que não funcionou nenhum pouco comigo.
Se você quer um romance cheio de drama, pode ler sem medo que irá gostar, mas se assim como eu, gosta de livros que passem algo legal, talvez não seja a leitura certa para você.