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Autora: Kerri Maniscalco
Editora: Darkside
Páginas: 320
Classificação: 3.5/5 estrelas
Audrey Rose não tem nenhum interessante pelas coisas que uma dama do século XIX deveria ter, ao invés de usar linhas para fazer bordados elaborados, ela prefere usá-las para suturar corpos, após abri-los, desvendar seus segredos, e os motivos que o levaram a morte.
Minha mãe costumava dizer: “Rosas tem tanto pétalas quanto espinhos, minha flor escura. Você não precisa acreditar que alguma coisa seja fraca porque parece delicada. Mostre ao mundo sua valentia.
Sua paixão pela ciência forense é escandalosa, mulheres não deveriam se envolver em assuntos tão sombrios quanto esse. Porém, Rose, assim como seu tio, não consegue se ver fazendo outra coisa da vida.
Seu tio é o médico forense (legista, na época ainda não se usava esse termo) da polícia de londres, e quando assassinatos brutais começam a ocorrer pela cidade, Audrey se pega presa nessa rede de mistérios juntamente com o jovem aprendiz do tio, Thomas Creswell, e juntos irão atrás do serial killer que se auto intitula como Jack, o estripador.
A morte não tinha preconceitos com coisas mortais como posição social e gênero. Ela vinha da mesma forma para reis, rainhas e prostitutas.
Antes de tudo eu preciso falar sobre um personagem: Thomas Creswell. Sabe aquele personagem que a autora acertou em cada detalhe da construção? Então, este é o Thomas! Ele é uma mistura de Sherlock Holmes e Gregory House, tem um humor ácido, uma personalidade forte, e ao meu ver foi a real estrela do show. Adoraria ler esse livro descrito pelo ponto de vista dele. Acho que a autora quis criar um mocinho maravilhoso para que nos apaixonássemos e acabou deixando a mocinha em segundo plano, e foi aí que o livro começou a dar errado pra mim.
Audrey como promete na sinopse deveria ser uma mocinha “fora de seu tempo”, com ambições maiores do que a sociedade impunha na época, porém achei que a autora não soube trabalhar isso. Ao invés de encontrar uma personagem lutando contra os costumes, só consegui enxergar uma pessoa mimada que não sabia aceitar “não” como resposta, que queria que tudo fosse feito do seu jeito. Achei que as atitudes dela não condiziam com a criação que teve, faltou coesão com a época que o livro se passa, ainda mais por ela ser de uma família de prestígio. E além de tudo isso, ela é uma personagem inconstante, não tem muita certeza em suas ações, muda de opinião muito facilmente, e novamente isso não condiz com a proposta apresentada. Porém, esse é apenas o primeiro livro de uma trilogia, e espero ver esse crescimento dela nas sequências.
— Fingir que sou tão capaz quanto um homem? Por favor, senhor, não me tenha em tão baixa conta.
O início do livro é um pouco lento, a leitura custou a embalar pra mim, e mesmo depois disso não se tornou tão fluida e ainda tiveram partes bem mornas. Durante todo o livro tem devaneios desnecessários que não levam a história a lugar nenhum, e isso me deu sono em vários momentos. Os grandes acontecimentos do livro são descritos de uma maneira que não dão nenhuma emoção, eles não foram utilizados de maneira que nos surpreendesse. Ela descreve muitas coisas desnecessárias e esquece de descrever os sentimentos, o que se passa dentro da protagonista com tais revelações. Então, pra mim tudo ficou raso.
O desenvolvimento do romance, que eu queria amar mais que tudo, pois como já falei, realmente amei Thomas (crush) Creswell, acabou se perdendo no meio do caminho. Como são três livros, é óbvio que a autora não os juntaria logo de cara, porém eu queria que não tivesse ficado naquela coisa de “gato e rato”, que é o tipo de romance que eu mais odeio na vida. Então, tem várias briguinhas e alfinetadas que nos faz revirar os olhos, e isso me impediu de sentir a química entre os dois e torcer para que ficassem juntos. Mas esse é outro ponto que estou esperando que melhore nos próximos livros.
Todos os homens da minha vida sentiam necessidade de colocar correntes em mim, e eu odiava isso. Com a exceção de Thomas, me dei conta disso. Ele me provocava para que eu agisse e pensasse por mim mesma.
E sobre o final, eu estava com altas expectativas por ele, mas acabou se mostrando tão morno quanto o resto do livro. Não tive surpresa nenhuma com a revelação (apesar de ter tido com a motivação), suspeitei boa parte da leitura do personagem, mas isso não foi o pior. Não ligaria de ser previsível se tivesse sido desenvolvido com as emoções necessárias, porém não foi. Um momento que deveria ser de extrema tensão e drama, não me fez sentir nada. Fiquei em choque com a facilidade que protagonista tomou uma decisão que deveria rasgá-la por dentro, tudo ficou superficial. E por conta dessa falta de emoção, não consegui sentir o impacto de tudo, nem me importar com o que aconteceu, pois não consegui me conectar com os personagens.
Monstros deveriam ser assustadores e feios. Eles não deveriam esconder-se atrás de sorrisos amigáveis e cabelos bem cortados.
Não é um livro que eu diria que não indico, até porque estou curiosa com as sequências do Drácula e Houdini, porém minhas expectativas não serão tão altas quanto estavam para esse primeiro.
Autora: Judith Mcnaught
Editora: Charme
Páginas: 406
Classificação: 4/5 estrelas
Se você é fã de Judith McNaught já há algum tempo, então você sentiu em cento momento que a autora era um tanto desprezada pela editora Record no Brasil. Ainda que a autora seja um ícone mundial por seus romances, no Brasil ela era frequentemente jogada de escanteio, com exemplares e edições de bolso que não chegavam aos pés do que McNaught e seus leitores brasileiros realmente mereciam. Mas esses são tempos antigos e o Grupo Record finalmente resolveu dar uma repaginada nos livros da autora, com novas edições e capas.
Em Até você chegar, Judith McNaught revela os leitores a elegante Londres do início do século XIX, em um inacreditável romance. Professora de uma escola para damas da alta sociedade, Sheridan Bromleigh é contratada para acompanhar uma das estudantes, Charise Lancaster, até a Inglaterra, onde encontrará seu noivo. Quando a jovem sob sua responsabilidade foge com um estranho, Sheridan questiona-se como explicará isso ao pretendente, Lorde Burleton. Stephen Westmoreland, o Conde de Langford, presume que a jovem vindo em sua direção é Charise Lancaster, e a informa sobre sua participação no acidente fatal envolvendo Lorde Burleton na noite anterior. No momento em que iria explicar o mal-entendido, Sheridan também sofre um acidente e fica inconsciente. Ela acorda na mansão de Westmoreland, sem lembrar quem é. A única pista sobre seu passado é o estranho fato de todos a chamarem de miss Lancaster. Tudo o que ela realmente sabe é que está apaixonada por um belo conde inglês, e que sua vida está repleta de maravilhosas possibilidades.
Estou interessada em saber por que há momentos em que me olha e sorri como se só eu tivesse importância para você. Estou interessada em saber por que há momentos em que sinto que não quer me ver, mesmo quando estou na sua frente. Estou interessada em tudo o que se refere a você porque quero muito significar algo em sua vida. Estou interessada em história. Sua história. Minha história.
Autora: Kristen Proby
Editora: Charme
Páginas: 320
Classificação: 4/5 estrelas
Samantha não é gosta da fama, holofotes e tudo que vem no pacote da exposição ao público. Seu passado a traumatizou e diversas vezes foi colocada nas manchetes às sombras da fama do seu irmão, famoso ator de Hollywood, Luke. Ela está recém desempregada e está em busca de outro emprego, que dessa vez irá valorizá-la e não irá pressionar com relação a sua família e amigos.
Leo é vocalista da banda Nash, uma das bandas mais famosas e bem sucedidas no momento. Ele se mudou recentemente para Seattle, para morar mais perto de Meg, sua irmã de consideração. Ao conhecer Samantha, um interesse imediato o despertou e ele investirá e usará todas as armas que estiver à sua disposição para conquista-la.
Para quem leu Joga Comigo, soube perto do final que o próximo livro seria protagonizado por Sam e Leo, não é mesmo? A troca de farpas deu um gosto sobre o que viria.
Eu te chamo de Raio de Sol porque, quando sorri, você ilumina por dentro.
Samantha é uma mulher independente e sempre buscou ser bem sucedida, com seu esforço e talento. O que viveu no passado foi um aprendizagem para o seu amadurecimento e criou regras, uma delas: não se envolver com pessoas famosas. Pois a única experiência que teve a deixou arrasada. Ela detesta holofotes, sempre que surgia nas manchetes sempre era denominada como irmã de Luke, o que é verdade, mas detestava viver na sombra o irmão. Isso fez com que sua motivação em buscar a independência aumentasse.
O livro narrado pelos dois pontos de vistas nos dá uma visão panorâmica sobre os sentimentos e pensamentos dos protagonistas. A relação iniciada com troca de farpas e investidas incessantes de Leo, desperta algo em Samantha para dar uma chance. Isso é uma fissura sendo aberta para algo mais profundo.
A trama segue a linha que Sam não quer um relacionamento sério, se casar e se sentir dependente de alguém. Isso é decorrente a decepções que a personagem vivenciou e fez com que construísse muros envolta de seu coração. Leo também tem esse pensamento no começo, mas ao passar do tempo ele sabe que o que acontece entre ele Sam não é apenas uma relação casual. Tem algo a mais e ele fará de tudo para que ela também entenda.
A escrita de Kristen continua envolvente, fluida e viciante. No momento que a história é iniciada, o leitor vai mergulhar no mundo dos Montgomery e amigos e irá querer saber mais sobre os casais que já tiveram suaa histórias contadas e também os próximos personagens.
Autora: Katy Regnery
Editora: Charme
Páginas: 368
Classificação: 3/5 estrelas
Brynn acredita que nunca mais será capaz de amar novamente após ter perdido seu noivo brutalmente há dois anos. Mas quando Cassidy aparece em sua vida, o luto finalmente abre espaço para um sentimento completamente novo.
Pelos erros de seu pai, Cassidy pagou sua vida inteira. O pai era assassino e estuprador e por isso a sociedade julgava o pequeno Cassidy como se fosse tão ruim quanto ele. Então sua mãe decidiu que a melhor opção seria viver longe do mundo, longe dos olhares recriminadores, longe de onde seu filho poderia se tornar alguém como seu marido.
Este é o maior problema de se perder alguém que se ama tanto quanto eu amava Jem: nunca conseguimos ser a pessoa que éramos antes. Nunca. Ainda estou tentando descobrir quem me tornei.
Cassidy cresceu acreditando que nunca poderia se envolver com ninguém, que não merecia ser amado por culpa dos erros de seu pai. Mas quando Brynn cruza seu caminho, torna difícil manter todas as promessas que havia feito a sua mãe.
Não há como sentir falta de uma coisa que nunca se teve. Você não pode desejar algo que nunca possuiu. Mas eu conheço a glória de um toque humano. E sinto falta.
Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Katy Regnery e infelizmente não foi uma boa experiência. Achei a escrita um pouco repetitiva, os personagens muitas vezes trouxeram os mesmos pensamentos de antes, e isso tornou a leitura um pouco cansativa para mim.
A narrativa custou a me conquistar, principalmente porque as coisas demoraram a acontecer. E quando começa, achei que tudo evoluiu um pouco rápido demais. Não consegui sentir a paixão crescendo, e isso é minha parte preferida dos romances, então, fiquei um pouco desapontada com a rapidez.
Dizer adeus não significa esquecer. Seguir em frente não significa que você nunca o amou. Estou te dizendo para deixar isso para trás. Estou te dizendo que você pode ser feliz.
O que mais me chamou atenção para ler esse livro foi o fato de tratar sobre filhos de pessoas ruins. Achei que isso seria o ponto chave da mensagem do livro e por isso que estava sendo tão bem falado. Porém, ao invés de trazer uma linda mensagem, a autora a trocou por um plot forçado que não funcionou nenhum pouco comigo.
Se você quer um romance cheio de drama, pode ler sem medo que irá gostar, mas se assim como eu, gosta de livros que passem algo legal, talvez não seja a leitura certa para você.