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RESENHA | “Uma proposta e nada mais” – Mary Balogh


Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas:
272
Classificação:
4/5 estrelas

Depois da série Os Bedwins, a editora Arqueiro presenteia os fãs de Mary Balogh com mais uma nova série, dessa vez uma trilogia com o nome O clube dos sobreviventes, o primeiro livro se chama Uma proposta e nada mais, o segundo Um acordo e nada mais, e o terceiro Uma loucura e nada mais.

Nessa resenha vamos falar sobre o primeiro livro, Uma proposta e nada mais, que já está nas livrarias. Eu adoro fazer uma batalha das capas brasileiras e das capas gringas, e preciso falar, Arqueiro, eu te amo!, a nossa capa é infinitamente a mais bonita de todas, simples, elegante, tudo o que o primeiro livro já mostra.

Antes de tudo, sempre tive curiosidade de ler algo da autora, afinal, os Bedwins são muito bem recomendados, porém não havia tido oportunidade! Portando, quando comecei a ler foi bem às cegas, com expectativas, porém com os pés nos chão.

Sete amigos! Seis homens e uma mulher! Um encontro anual numa casa de campo na Cornualha, precisamente em Penderris Hall. O que eles tinham em comum? Todos marcados pelas Guerras Napoleônicas. 5 eram ex-oficiais militares feridos em combate, o outro perdera o filho na península Ibérica, e a última, uma viúva de um oficial que morrera sob tortura. A amizade? Foi construída e estabelecida fortemente durante o longo período de tratamento e recuperação, tanto que combinaram de se reencontrar anualmente para sempre renovarem os laços. George Crabbe, Flavian Artnott, Ralph Stockwood, Benedict Harper, Vicent Hunt, Imogen Hayes e, por fim, Hugo Hemes, apresento-lhes os membros do Clube dos Sobreviventes.

Nessa história em questão, vamos conhecer sobre a vida de Hugo Hemes, Lorde Trentham, cujo título possui por honra aos seus feitos heróicos na guerra. Solteiro, rico, herdou do pai já falecido uma fortuna, porém gosta de uma vida simples, sem luxo, vive numa casa de campo cercado de hortas, jardins e galinhas, porém preocupado pra quem deixará sua fortuna, pensa em ter um filho, mas para isso ele tem que se casar, será essa a vontade do Lorde?

É a parte que diz respeito ao filho que abate meu ânimo agora… Teria que ser legítimo, não é? Eu precisaria de uma esposa… Não tenho nada contra as mulheres. Só não quero ter uma todos os dias na minha vida. Ou na minha casa.

Certo dia, ao caminhar pela praia, Lorde Trentham, precisa ajudar uma mulher que se encontra em apuros, com o tornozelo torcido, sem conseguir andar. Essa é Gwendoline, Lady Muir, viúva do Visconde de Muir. Sem opção, Hugo a leva para Penderris Hall para realizar os primeiros socorros e chamar um médico. A partir daí toda a trama começa a se desenvolver. Será que Gwen é a mulher que Hugo está procurando? Será que ela também está disposta a começar um novo relacionamento após anos de viuvez?

Com uma trama sensível, romântica e madura, Mari Balogh aborda vários temas importantes nesse livro. O primeiro deles, a amizade fiel e sincera entre esses 7 amigos, um se apoia no outro, um aconselha o outro, ler sobre amizades assim faz reforçar meu pensamento de que podemos ficar meses, anos sem encontrar um amigo, mas se for uma amizade verdadeira, parecerá que o tempo nem passou. Segundo, a diferença entre classes sociais, a aristocracia inglesa da personagem feminina contra a classe média do personagem masculino. Gostei que a autora, mesmo se tratando de um velho clichê de romance de época, inverteu os papéis, dado que, geralmente o homem é que pertence à classe nobre. Outro ponto que gostei muito é que os personagens principais tem em média 32/33 anos, já possuem uma experiência de vida, e vão no decorrer revelando essas vivências, trocando experiências, se conhecendo e se entrosando de uma forma muito gradativa e madura. As superações de cada um, até dos personagens secundários, são muito bonitas de se ver. Os diálogos são inspiradores, tudo de uma forma leve, sem dramalhões e com pitadas de humor.

…por mais que tentemos planejar e organizar tudo com cuidado. Tudo muda de forma mais inesperada e tudo é assustadoramente imenso. Somos pequenos demais.

Para o meu primeiro contato com a autora, meu sentimento atual é de arrependimento por não ter lido nada dela antes. Não foi uma leitura perfeita, para o meu gosto, é claro, achei o início um pouco confuso, ela já “joga” muitos personagens e muitos detalhes, e precisei voltar ao prólogo e ao primeiro capítulo algumas vezes para clarear minhas idéias, mas depois que foca nos personagens principais, a leitura se torna ótima, fluída e viciante. Fiquei realmente muito conectada com o Hugo e Gwen, inclusive com os personagens secundários, e só passava pela minha cabeça que 3 livros vai me deixar com água na boca, porque gostaria de um livro para cada um. O equilíbrio das cenas, de dramas, humor, festas, inclusive as hots, que não são muitas, vale ressaltar, são essenciais para se tornar um livro muito gostoso de se ler! Os amantes de romance de época não podem perder!

Todos nós precisamos ser amados… de uma forma plena e incondicional. Mesmo quando carregamos o fardo da culpa e acreditamos não merecer amor.


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Fabiana Lagassa

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