fbpx

RESENHA | “A Redenção” – Lisa Kleypas


Autor: Lisa Kleypas
Editora: Gutenberg
Páginas: 255
Classificação: 4/5 estrelas

A chance de você conhecer ou ter ouvido falar de Lisa Kleypas por conta de seus romances de época, afinal ela é considerada uma das rainhas do gênero, é muito alta, mas eu preciso te avisar desde já: ela é muito mais rainha da porra toda com seus romances contemporâneos!

Você adoraria comer uma Travis, não é?

A Redenção é o segundo livro de sua série envolvendo a família Travis (você pode ler fora de ordem) e ler esse livro foi enfrentar preconceitos, eu simplesmente detesto histórias envolvendo algum tipo de vingança, se puder passo reto, mas Lisa Kleypas é, como eu já mencionei, muito rainha então dizer não estava longe de ser uma alternativa. E que bom que dessa vez eu decidi me jogar em algo que normalmente eu não curto, A Redenção é um romance delicioso, cada pagina te instiga mais a ir adiante, e nossa protagonista prova desde o inicio que é muito mais do que uma dondoca rica.

Haven é a típica protagonista clichê: herdeira rica, com as melhores escolas e tudo de melhor que o dinheiro tem a oferecer, mas emocionalmente sempre recebeu pouco e ela cresceu acreditando que nunca foi valiosa o suficiente, importante o suficiente, e amada o suficiente. Adulta, ela prepara para se casar, mesmo sem o consentimento da família, e então ela encontra Hardy.

Hardy acha que sabe tudo, a vida ensinou a ele o suficiente sobre as mulheres, o dinheiro, e como ele abre portas. Cheio de preconceitos e ideias, desejar uma mulher como Haven e conseguir ela parece algo fácil, mas mesmo ele, com toda sua experiência, vai precisar aprender uma coisa ou duas sobre a dura realidade da vida com Haven.

E eu sei que você já conhece Hardy do livro anterior, talvez você o odeie, talvez você o ame, mas por um momento deixe ele de lado e foca no que realmente importa: essa garota, Haven. Sou o tipo de leitora que curte uma protagonista que surgiu do nada e trabalha duro para conseguir realizar seus sonhos, e Haven teoricamente não é o tipo de protagonista por quem eu me apaixono, mas a cada página, a cada tristeza, decepção, alegria e vitória dela, eu fui me apegando mais e mais, torcendo e vibrando a cada evolução da personagem. Creio que essa foi a grande cartada da autora: antes mesmo de focar em desenvolver um romance delicioso, ela usou grande parte do livro para construir uma mocinha que estava preparada para se amar primeiro antes de amar qualquer outro homem.

Ser forte também significa ser capaz de admitir que precisa de ajuda às vezes.

Não digo que não há romance no livro (Hardy, me abana, seu gostoso!!!). Na verdade cada página envolvendo o casal era repleta de tensão, e a paixão entre eles é deliciosa, a trama fluiu bem e sem grandes dramas. Aliás, uma parte que me incomodou sim foi a forma de ser do pai de Haven, algo que influenciou a personalidade dela, então eu esperava um espaço maior e um melhor desenvolvimento do desfecho desse relacionamento (Eu queria mais drama? Com certeza, me julgue!).

Você não precisa me amar. Eu te amo de qualquer jeito.

No geral esse é um livro que segue a linha do óbvio, mas a escrita é tão boa que até o óbvio adquire um gosto peculiar e não dá para dar só uma beliscadinha nesse livro: se você ler um capítulo, você logo vai querer ler todo o resto, de uma só vez. Pelo menos foi o que aconteceu comigo.

P.S: Morei no Texas por quase um ano e fico me perguntando como Lisa Kleypas se inspira e onde ela encontra seus mocinhos. No Texas não foi!


Gostou? Compartilhe com os seus amigos!

0
Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

Primeiros comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.