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RESENHA | “A conquista” – Elle Kennedy


Autor: Elle Kennedy
Editora: Paralela
Páginas: 336
Classificação: 4/5 estrelas

Vocês já leram aqui as resenhas de O acordo, O erro, O jogo, e agora chegou a vez de A conquista, último livro da série Amores Improváveis da autora canadense Elle Kennedy. Como já foi falado anteriormente, a série conta a história dos amigos, universitários e jogadores de hóquei da Briar, Garret, Logan, Dean e Tucker. Os quatros são lindos, maravilhosos, populares e moram juntos. Vamos falar de A conquista e por sua vez do seu protagonista Tucker? Vamos!

John Tucker estuda administração de empresas na universidade Briar, joga hóquei como ninguém, mas não vê isso como carreira. Assim como seus melhores amigos, é lindo e popular, mas sua personalidade é completamente diferente, ele é mais zeloso, caprichoso, cozinheiro da casa, se esforça para manter tudo em ordem, e o principal, de todos eles, é o que mais curte compromisso. Planeja abrir um negócio e constituir uma família. E é em mais um dia com os amigos no bar Malone’s que conhece Sabrina e a partir daí vê seu mundo girar de ponta cabeça!

Sabrina estuda ciências sociais, tem fama de metida, antipática e durona, mas não está nem aí! Abandonada pelos pais quando criança, foi criada pela avó amarga e pelo padastro asqueroso, sempre foi esforçada para ter uma vida melhor e sair desse núcleo familiar desestruturado. Obstinada, trabalha em dois empregos, tudo isso para conseguir se manter quando entrar na tão sonhada e planejada faculdade de direito de Harvard, porém não imaginava que ao conhecer Tucker todos os seus sonhos poderiam estar ameaçados! Será que ela vai se render às qualidades do bonitão?

Tempo é um conceito que não existe na minha vida, e John Tucker é distração demais.

O livro, assim como os anteriores, é narrado em primeira pessoa, com capítulos intercalados entre Tucker e Sabrina, e essa particularidade dá um dinamismo maravilhoso, a leitura é muito rápida, fluída e viciante desde o primeiro capítulo. Elle Kennedy usa uma sutileza e leveza para tratar assuntos tão dramáticos e polêmicos. Assuntos esses tão presentes nessa fase da vida de um jovem. O principal tema abordado em toda a série foi o que fazer da vida depois de se formar na faculdade, cada livro com seu tema e drama particular, e nesse não foi diferente. Em A conquista, o que mais se aborda é o planejamento, que não adianta você planejar a sua vida de uma maneira obsessiva e compulsiva, que em um deslize tudo pode vir abaixo e você vai ter que se readaptar e se reestruturar! Mas o que eu mais gostei acima de tudo é a mensagem de positivismo que a trama passa, que tudo vai dar certo independente dos obstáculos que terá que ultrapassar.

Além dessa abordagem, os personagens te criam empatia, e logo você se vê envolvido com eles e seus dramas. É lindo ver o Tucker ser um personagem tão carinhoso e amável e acima de tudo seguro. Soube lidar com os problemas de uma forma que posso dizer, de tirar o chapéu, queria ter toda essa maturidade num momento que posso chamar de desesperador. Sabrina, apesar de toda a sua dureza, você a compreende e torce o tempo todo para ela sair daquela casa medíocre, e eu, no lugar dela, teria os mesmos medos, acredito que até piores. Os diálogos entre os personagens são incríveis, dá gosto de ler.

Não importa se a carteira da pessoa tá cheia ou vazia. Todo mundo se machuca. Todo mundo se apaixona. Somos iguais. E o seu passado, com quem você mora, de onde veio, isso não importa.

Enfim, tudo junto e misturado numa boa dose de drama, humor, picância, tudo na medida. O único ponto negativo que posso dizer, é que nesse livro, a autora focou mais na personagem feminina, o que destoou um pouco dos anteriores, que tiveram o equilíbrio igual entre o casal. Porém não foi uma coisa que me incomodou, apenas uma constatação. Fico nostálgica por dizer que esse é o último livro dessa série tão querida, mas a notícia boa, é que Elle já anunciou aos quatro ventos que terá um spinoff do personagem Fitz (bem presente nesse livro). Só nos resta a pedir aos Deuses literários que abençoem a Editora Paralela e não deixem de publicar esse conto. Amém!

Não foi isso que planejei para a minha vida, pelo menos não tão cedo, mas não abriria mão nem por todo o ouro do mundo.


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Fabiana Lagassa

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