Êxtase foi a sensação que predominou durante as quase duas horas de “Alice Através do Espelho”, a tao aguardada sequência de “Alice no País das Maravilhas”.
O filme mostra o retorno de Alice ao País das Maravilhas, onde ela precisa correr contra o tempo, literalmente, para salvar seu fiel amigo Chapeleiro Maluco.
Encontramos então uma história que ainda que tenha toques de aventura e ação, preza mais por levar mensagens de amizade, empoderamento e a importância da família; sim, há a lição de moral, porém a trama se entrelaçou de tal forma que tudo flui de forma leve e gostosa, ainda que não tão excitante para quem busca algo novo.
Sempre que assisto um filme escrevo sobre ele em um caderninho, é algo automático: ainda que eu não vá publicar minha opinião, eu preciso colocar para fora as ideias e sentimentos de alguma forma; pois bem, não dessa vez. Estava tão no embalo que não poderia me perder em outro lugar que não o filme, e ainda que sua trama não seja surpreendente, a ideia por trás dela, sem contar todo o humor e carisma dos personagens, mais do que valeram a ida ao cinema.
O ponto alto do longa é acabar com as pontas soltas e finalizar a história com aquele ar de dever cumprido. Alice entende finalmente que ela só deve ser Alice, mulher de si que sabe como ninguém que a linha entre o impossível e possível é delimitada pela nossa capacidade de acreditar.
Como bem destaca o marketing de “Alice Através do Espelho”, esse é um filme para a familia. Está longe de adaptar bem a história escrita por Lewis Carroll, mas os produtores garantiram um longa que encanta a todos, dos jovens aos mais velhos.
Alan Rickman, nosso eterno Snape, também não deixou de ser homenageado nos créditos finais do filme. O ator faleceu no início de 2016.
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