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RESENHA ROCCO FÁBRICA231 | “Cicatrizes” – K.A. Robinson


Autora: K.A. Robinson
Editora: Intrínseca
Páginas:
288
Classificação:
2.5/5 estrelas

Linda capa, um plot desejável, e uma autora de peso. Cicatrizes tinha tudo para vingar, mas não foi longe. Na verdade, nem chegou perto das minhas expectativas, que nem eram assim tão grandes. E, meu amigo, se você detesta triângulos já te aviso para fugir para as masmorras.

A trama gira em torno de Chloe, que foge para a universidade de West Virginia ao lado de seus melhores amigos em busca de um recomeço, mas é lá que sua vida dá uma louca guinada quando ela entra no caminho de Drake, vocalista de uma banda que tem todo aquele ar de badboy, e que está bem longe da zona de conforto de Chloe. E quando seu melhor amigo declara seu amor por ela, Chloe decide que o seguro é o caminho mais fácil a seguir, mas deixar Drake para trás está longe de ser uma tarefa fácil.

Quem já viu uma trama como essa põe o dedo AQUI, que já vai fechar não adianta cho-cho- cho-cho-chorar!” Pois é, eu já vi, você já viu, mas nem por isso deixamos de ler livros como esse porque há sim chance de algo bom sair disso, não é de hoje que encontramos autores brincando com o clichê para trazer algo novo, só que não é o caso de K.A. Robinson. De alguma forma sua escrita é boa o suficiente para me levar até a última página, mas ao fechar o livro eu só conseguia me perguntar se valeria a pena bater com o Kindle em minha cabeça para ver se criava algum juízo (eu detesto triângulos amorosos como principal elemento de uma trama, não adianta insistir porque não desce).

Sim, eu leio livros com triângulos amorosos, mas normalmente há um equilibro, uma certa construção da história que torna tudo mais fácil de degustar, o que não ocorreu nesse livro. A autora insistiu no tal garoto bad boy, na garota que se acha feia mas é maravilhosa, ainda que bem tapada para nunca perceber que seu melhor amigo é apaixonado por ela, o que tornou tudo bem repetitivo e, por quê não dizer, tão chato como um jogo de ping pong, com nossa protagonista indo de um garoto para o outro.

Claro, ainda há o drama, algo que eu realmente queria levar a sério, mas como eu já citei, a autora não fugiu muito da linha do triângulo, logo deixou de se aprofundar no passado da protagonista a tal ponto que foi impossível formar uma ligação e empatia. Nas primeiras páginas do livro uma personagem interessante e forte nos é prometida, mas a realidade é outra.

Mas, calma, nem tudo está perdido. Ainda que a mocinha não seja uma de minhas favoritas, e o romance esteja bem longe de mexer comigo, o final atiça para que o leitor termine o livro desejando mais. Como eu disse, é interessante o suficiente para me levar até as últimas páginas, mas me pergunto se foi bom o suficiente para me fazer ir em frente com a série, afinal um livro é mais do que suas primeiras e últimas páginas, e como um todo Cicatrizes foi algo amargo de colocar para dentro.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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