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Ainda me pergunto o que me levou a ler mais esse livro de Belle Aurora, pois por mais livros que eu tenha lido dessa autora, nenhum realmente me ganhou a ponto de eu me tornar uma. Até Lev, e esse livro é a prova que quem persiste alcança.
O livro é o primeiro de uma série que girará em torno de um bar de stripe — e na família que o gerencia. Cada qual com suas particularidades, começamos com Lev, um homem taciturno, poderoso e disposto a tudo para proteger aqueles que ama. E então ele vê uma garota tentando roubar a carteira de seu irmão e é afetado completamente por ela. Sendo alguém que toda sua vida ouviu que não pode entender ou processar emoções, garotas magrelas não é algo que deveria interessá-lo, até chegar Mina.
Quando Mina Harris é pega em flagrante com uma carteira que não é dela, ela desmorona. Ela está cansada, solitária e não come nada há dias. Lev lhe dá um ultimato… uma cama quentinha, uma refeição quente e um emprego, ou os policiais. Mina aceita suas chances com Lev. Afinal de contas, uma pessoa que não tem nada, também não tem nada a perder.
“Eu não sei o que é amor,” eu comecei devagar. “Mas se eu pudesse amar alguém…” Eu dei um beijo suave atrás de sua orelha, puxando-a para perto. “Eu amaria você. Muito.”
Nem preciso destacar que um cara autista e uma mendiga já é algo ímpar, certo? E tinha tudo para dar errado, a autora poderia exagerar no drama, poderia ficar doce demais, bobo demais, enfim, poderia ser demais, mas não foi. O relacionamento cresce de forma leve, gostosa, e até soltei algumas lágrimas pela história de ambos. Para adicionar mais tempero ainda há o suspense.
E com a narração acontecendo de diferentes pontos de vista, só isso já torna possível entender bem o que está se desenrolando entre Lev e Mina, porque ainda que a ligação seja instantânea, a união entre eles cresce aos poucos, Lev não é uma pessoa fácil para se lidar, mas isso vem de forma natural para Mina, e ela, de forma inesperada, mostra-se forte o suficiente para ultrapassar cada barreira que encontra até chegar ao seu coração.
— Ela é um desastre. Os problemas perseguem-na. Ela me pressiona quando não quero falar. Sorri e ri de coisas que não são engraçadas. Rouba comida que estou prestes a colocar na boca. — Sacudi minha cabeça — E tudo isso a torna perfeita.
O livro atingiu picos inesperados, eu já li, reli, e dei uma olhada novamente só para não esquecer. E a forma como me envolvi com cada personagem é a carta na manga da autora, nem bem terminei o livro e já estava ansiosa para saber mais sobre Nas e Sasha, o grande filha da puta.
Eu diria que esse livro é a linha que separa os outros da autora, que ainda que sejam bons, não destoa de muito do que a gente encontra na livraria hoje. E Lev surpreende porque mesmo que cheio de uma trama que podemos já ter lido antes, a escrita da autora não é a mesma, ela está melhor. Não é só o romance, é tudo, cada página, cada situação entre o casal, cada palavra ou abraço entre essa louca família. No final, minha única escolha era me esbaldar. E sim, eu me joguei.
Dizem que os pinguins se amam para toda vida e eu quero ser seu pinguim.
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Classificação: 2/5 estrelas
Não sei porque fui insistir nessa leitura, definitivamente Jojo deveria ter parado no primeiro livro.
Louisa Clark está agora em New York correndo atrás de seus sonhos e do tempo perdido que passou afundada em depressão. Tem certeza que tudo sairá como planejado, conseguirá manter seu emprego e seu relacionamento a distância fluindo harmoniosamente, mas se tudo acontecesse como planejado, não teríamos uma história, não é mesmo?
O que me empolgou a ler esse último livro da trilogia foi o título Ainda sou eu e a proposta de nos trazer de volta aquela Lou doidinha com seu estilo próprio que tínhamos no primeiro livro. Fui com altas expectativas para encontrar uma protagonista forte buscando seus sonhos e se aventurando um pouco, como Will havia sugerido que ela fizesse. Mas o que encontrei foi algo bem diferente disso.
Ser diferente de todo mundo não é um problema.
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Classificação: 4/5 estrelas
Depois da série Os Bedwins, a editora Arqueiro presenteia os fãs de Mary Balogh com mais uma nova série, dessa vez uma trilogia com o nome O clube dos sobreviventes, o primeiro livro se chama Uma proposta e nada mais, o segundo Um acordo e nada mais, e o terceiro Uma loucura e nada mais.
Nessa resenha vamos falar sobre o primeiro livro, Uma proposta e nada mais, que já está nas livrarias. Eu adoro fazer uma batalha das capas brasileiras e das capas gringas, e preciso falar, Arqueiro, eu te amo!, a nossa capa é infinitamente a mais bonita de todas, simples, elegante, tudo o que o primeiro livro já mostra.
Love, Simon ou Com amor, Simon é mais uma adaptação juvenil literária que ganha vida, mas o que difere essa adaptação das outras? Bem, Com Amor, Simon não é uma simples história de amor, mas é uma história que precisava ser contada.
Surfando na onda de sucesso de Me chame pelo seu nome, uma adaptação literária da mesma temática, o que muda é que vemos no primeiro um drama sobre o primeiro amor, e em Com Amor, Simon há também pitadas de comédia romântica com doses de drama.
Inspirado no livro Simon vs. a agenda Homo Sapiens, da autora Becky Albertalli, o filme nos mostra a vida do adolescente Simon Spier, interpretado pelo carismático ator Nick Robinson (Jurasic Word, Tudo e Todas as Coisas), que tenta viver sua vida normalmente enquanto carrega um grande segredo — sua homossexualidade. Simon é gay e vive com medo pois não sabe como seria a reação dos outros com ele.
Foto Antes das Cinco
Esse filme foi um mar de acertos. Desde a direção até o elenco, trilha sonora e roteiro. Com Amor, Simon foi muito além do romance, essa é uma história sobre o direito de poder ser, sem rótulos, que nada mais são que rédeas que controlam nossas vidas, porque em um mundo perfeito não deveria importar se você gosta de homens ou mulheres, se é negro, branco, asiático, ou do oriente médio, isso só deveria ser um detalhe, como a vida também é, não há nada especial nisso, mas como você a vive é que a torna especial.
E o equilíbrio foi perfeito em diversos pontos, desde a comédia ao drama e romance. O diretor se mostrou competente para mostrar uma visão do ensino médio e, mesmo tomando liberdade para criar, o longa ainda foi bem fiel ao livro. Já os atores, desde o protagonista aos coadjuvantes, dão um show de carisma.
Creio que a maior vitória do longa foi provar que há espaço para todos no cinema, principalmente quando é dirigido com o intuito de conscientizar. Com amor, Simon foi uma convenção da humanidade, é um filme lindo, nostálgico, singelo, romântico, engraçado e o mais importante, NECESSÁRIO!!!!