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RESENHA ARQUEIRO | “A Voz do Arqueiro” – Mia Sheridan


Autora: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro  
Páginas:
 336 
Classificação:
 3.5/5 estrelas

Antes de mais nada, devo dizer que fui com grandes expectativas nesse livro. Há mais de um ano vejo pessoas comentarem, elogiarem e desejarem seu lançamento aqui no Brasil. E finalmente ele veio e posso dizer que o livro é bom, mas eu esperava mais. (mas a culpa é minha porque criei aquele demoniozinho chamado ‘expectativas’).

A voz do Arqueiro conta a história de Mogli, o menino lobo. Oi? Que? Brincadeira, aqui temos a história de Bree, uma mulher que sofreu um trauma pesado. Viu seu pai ser assassinado e quase foi violentada pelo mesmo criminoso. Ao sofrer com tudo isso, nossa mocinha decide ir embora da cidade e vai morar num interiorzinho bem bonitinho à la cidades do Nicholas Sparks. Na outra ponta da história, temos o Mogli, digo, Archer Hale, um rapaz mudo, que mora totalmente isolado e não tem contato nenhum com a sociedade. Ele também sofreu um trauma pesado quando criança, ao se deparar com sua mãe morta, seu pai e seu tio. Todos de uma vez.

Às vezes demorava várias horas para me livrar da tristeza, embora ela nunca me abandonasse por completo.

Dramalhões a parte, os dois são personagens legais, mas sabe aquele sentimento de ‘Eu já vi essa história em algum lugar’? Pois é, eu sinto que Bree é bem parecida com a mocinha de Um Lugar Seguro do Nicholas, mas deixando isso de lado, quem realmente importa nesse livro é o menino Mogli. Ele tem toda uma vibe hippie, usa barba, anda todo descuidado, só se locomove a pé e é totalmente anti social. Porém ele é o nosso Tarzan. Lindo, gostoso e autodidata. Cuida de sua casa (quase uma fazenda) sozinho com os poucos recursos que tem. E logo que os dois se esbarram a gente já percebe que vai rolar um trelelê.

Eles vão se aproximando, Bree vai conseguindo se estabelecer na cidade e Archer se abre um pouco mais a ela. Devagar, ela acaba fazendo parte da vida dele. Enquanto ela conta tudo que sofreu antes de chegar a pequena cidade, ele continua mudo (péssima brincadeira hein, Nanne). Bree vai descobrindo aos poucos a vida de Hale, que teve sua mãe e seu pai assassinados pelo seu tio, tudo por causa de ciúmes e mentiras. O nosso mudinho sofreu muito, foi educado por um outro tio maluco e teve que aprender a viver sem precisar dos outros.

Hale é bruto, mas tem um coração de ouro. Ele e Bree vão se curando de seus traumas. Ele nunca teve uma namorada, ela ainda tem medo de qualquer homem que tente avançar um pouco mais. Ele vai aprendendo tudo, como beijar, como dar prazer a uma mulher, ela vai aprendendo que existem lugares seguros que ela não imaginava.

Como nada é lindo e maravilhoso todo o tempo, temos a formação de um quase triângulo amoroso, mas fica no quase e então se forma outra vertente para mais uma boa dose de drama.

Para mim faz todo sentido. Acho que amor é um conceito, e cada pessoa tem uma palavra única para descrever em que o sentimento se RESUME para ela. A minha palavra para amor é Bree.

Com um final eletrizante e agoniante, sim, porque eu já estava desesperada achando que seria tudo muito amorzinho, Mia Sheridan transforma tudo em uma loucura, com tiros, coma e tudo mais.

Eu recomendo a leitura, mas não vão com tantas expectativas. O livro é bom, Mia (fazendo a íntima) escreve muito bem, mas por eu achar que já vi essa história em outro lugar, acabei achando que faltou um tanto de originalidade, mas de resto é tudo muito bom. Não me fez chorar, mas deu pra dar aqueles suspirinhos.


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Nanne Uchoa

Eu me chamo Leilane, mas só atendo por Nanne. Tenho 27 anos e vivo num mundo de faz conta. Sou bipolar pelo zodíaco, viciada em livros e reality show. Sou nordestina de coração, mas tenho o pezinho no Rio de Janeiro.

Primeiros comentários

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    1. Núbia, eu e a Nanne lemos e o sentimento foi igual, acho que a gente já leu taaaantos com essa temática que pra emocionar tá difícil agora ahahha