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[RESENHA] “A Verdadeira Bela” – Li Mendi


Autora: Li Mendi
Editora: Highlands
Páginas:
 159 
Classificação:
 3/5 estrelas

A Verdadeira Bela é mais um lançamento de uma de minhas autoras nacionais favoritas no quesito romance. Dessa vez em formato físico, o livro gira em torno de Nicole, uma garota que está em busca de seu sonho de trabalhar em uma grande agência de publicidade, e Fernando, o homem com quem tromba e despeja seu almoço sobre justamente em seu grande dia, quando a tão sonhada entrevista na agência True-B acontecerá.

E apesar de esse ser o dia em que ela espera começar sua ascensão ao topo em relação a sua vida profissional, é o encontro com Fernando que vai mudar toda sua vida. Cheio de dinheiro e poder, Fernando é muito mais do que essa imagem, com seus medos e anseios, e é em Nicole que ele vai encontrar a resposta para alguns de seus problemas e, finalmente, o amor.

De todos os livros que li dessa autora, A Verdadeira Bela seria aquele que estaria entre os não-favoritos, a história é tão aquém de seus outros livros, onde eu cheguei muitas vezes a me emocionar e vez ou outra releio, que a leitura acabou se estendendo até mais do que esperado.

Se é um livro ruim? Não, pelo contrário, coloca no chinelo muito romance que vem sendo publicado por grandes editoras e novamente me fez perguntar porque Li Mendi não fecha contrato com uma Novo Conceito e afins. Aliás, no caso de um leitor sem uma experiência anterior com a escrita dessa autora desse uma chance A Verdadeira Bela, provavelmente encontraria nele um romance bom e divertido ao ponto de pensar em ler mais obras dessa autora, mesmo com os percalços.

Os homens normais que me perdoem, mas os bonitos arrancam de mim o que querem com mais facilidade. E ele ainda tinha sobre mim um estranho poder de entrosamento, como se nos conhecêssemos há anos, não horas

Mas como uma grande fã não posso ignorar o desenvolvimento fraco que encontrei nesse romance. Como se houvesse uma receita de bolo a ser seguida, Li Mendi se preocupou mais em escrever bonito do que escrever algo que me sugasse para sua história, e então veio o lado clichê, um romance entre a mocinha com um cara que conheceu inesperadamente, uma bruxa má na história para impedir que tudo corresse as mil maravilhas, e algum drama que segurasse por algumas páginas o felizes para sempre, tornando necessário que os protagonistas lutassem por isso — mas a tal luta nem sequer foi muito além já que tudo se resolveu em duas ou três páginas. Como já disse em outras resenhas, não há nada de mal no clichê, clichê é bom, clichê vende, mas o que destaca um autor do outro é a habilidade de pegar algo que já encontramos em vários outros livros e fazer disso algo melhor com seu próprio toque, algo único, e não foi o caso desse livro.

Talvez eu esteja sendo um pouco dura, mas por ser algo assinado por um de meus autores nacionais favoritos eu só esperava muito mais. Se eu ainda indico a leitura? Claro! Foi ideal para um domingo que eu só queria ler algo doce e rápido, e pelo menos nesses critérios A Verdadeira Bela se encaixou bem.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

Um comentário

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  1. Obrigada pelas críticas. Sempre é importante ouvi-las com humildade, ouvidos abertos, coração limpo para poder crescer. Faremos uma segunda edição com a Tribo das Letras ganhando uma diagramação bem bonita e também vou reeditar a história. Tenho certeza que evolui nos meus outros livros. Melhoramos a cada linha. E quando olho para trás, não tenho vergonha do que produzi, pois, fui muito corajosa em lutar por fazer algo que beira o impossível nesse país: publicar um livro. Nesse ponto, acho que posso continuar de cabeça erguida, seguindo em frente e cheia de energia para me dar ao direito todo dia de errar, tentar, levantar, aprender e seguir em frente. E que Deus sempre me ilumine e conserve no meu coração a alegria. Porque o que importa é se divertir. Beijos.