publicidade
Comentários por Rafael em vermelho e Gabrielle em azul.
Ai essa sensação de começar um livro tão aguardado, esse sentimento de borboletas na barriga e dor no peito com medo do que está por vir, com medo do que vai acontecer e como vamos sofrer com isso, e eu adoro isso, adoro toda essa expectativa acumulada de anos — mesmo eu preferindo e muito a trilogia As Peças Infernais do que a saga principal que originou tudo.
Finalmente, FINALMENTE!
Depois de dois anos e muitas especulações e angústia e snippets, temos o último tão aguardado livro de uma das séries mais famosas da atualidade, diga-se de passagem; é tão longo quanto foi sua espera, 752 deliciosas páginas na versão em inglês e doeu me despedir de Jace, Clary, Izzy, Alec, Simon, Magnus e outros…
Nesse livro, Jace finalmente foi separado da ligação infernal com Sebastian, mas agora carrega o Fogo Celestial em suas veias, não exatamente sob seu controle, deixando as coisas bem quentes (não resisti à piada). Além disso Sebastian está agindo, invadindo Institutos ao redor do mundo, raptando Caçadores e transformando-os com seu Cálice Infernal, e assim criando um exército sombrio.
Para variar, a Clave, como sempre, não sabe como agir e se reúnem em sua protegida Idris para bolar um plano contra Sebastian. É hora de se aliar, de saber que lado da guerra estar. Enquanto isso, tentando encontrar Sebastian e resgatar aliados, Clary e cia. vão parar em um reino demoníaco, de onde nenhum outro ser vivo voltou.
Digamos que… Cassandra Clare me deixou ABSURDAMENTE assustado com esse livro, tudo o que poderia acontecer nessa conclusão, quem morreria na eminente guerra, quais casais teriam um fim, e posso concluir que a estória se guiou sozinha, se amarrando durante a trama e levando a um final excelente, ao mesmo tempo que naturalmente introduzia sua nova trilogia, que se passa alguns anos depois com personagens inseridos nesse livro, Emma, Julian e outros. O que só me faz ficar orgulhoso da Cassie, ela sabe tecer um mundo novo, sempre renovando e fazendo todos se encaixar-se.
Realmente não acredito quando dizem terem cansado de ler os livros dela…
Eu já digo o contrário. Ao começar esse livro a autora atingiu minhas expectativas, acabou comigo, balançou meu coração e brincou com ele, foi espetacular e um pouco mais, Clare me transforma em uma bipolar e eu só pude curtir a sensação e me jogar na anda, mas alguns pontos me incomodaram bastante. Apesar desse livro ser imenso, ele é superficial em muitos trechos que deveriam ser destaque, partes que aguardamos há muito para acontecer, mas pouco emocionou. Outro grande problema foi, claro, Jace e Clary, essa mania de querer salvar o mundo e fazer tudo sozinho, algo que se repete com esse casal em todos os livros, e sempre dá merda, isso, entre outros pontos, desgastaram meu amor por ambos e, vamos ser realistas, a segunda parte dessa saga dividida em duas trilogias só vingou pelos personagens secundários que tomaram um grande espaço e conquistaram a todos — Magnus, Simon, Raphael, e recentemente Emma e Ty, são só alguns nomes que não podem passar em branco.
Não pode dizer que vai ficar tudo bem. Você não sabe.
Ganhando leitores, perdendo outros, quero deixar claro que estou satisfeito, o destino de alguns personagens (a maioria secundários, eu me apego a personagens secundários e muito) mexeram muito mais comigo que o destino de outros, como Raphael, Mark e Helen Blackthorn e a Rainha Seelie. Sebastian partiu meu coração no final, Cassie sempre mexendo com meus sentimentos, assim como também derramei algumas lágrimas com Izzy e Jocelyn (eu gosto muito da Jocelyn <3).
Mas teve algumas coisas que me chocaram profundamente, tipo, a conversa do Robert com Alec e o que ele disse sobre Michael Wayland… EU. AINDA. TO. CHOCADO! CASSAAAAANDRAAA, POR QUE ME FAZ ISSOOO?
Se existirem outros mundos, então talvez haja algum onde fui um bom irmão e um bom filho.
Pois é, a autora decepciona, mas é um sistema de morde e assopra, eu esperava muito mais desse livro sim, mas eu também amei, gritei, chorei, as possibilidades para os próximos livros, os acontecimentos finais, novos segredos revelados, o mundo dos Caçadores de Sombras prestes a ruir, entre outros pontos, foram o ponto chave desse livro, mas eu PRECISO destacar que isso só mostrou o potencial de spin-offs, de acontecimentos passados em outros livros já publicados e os que estão para acontecer em próximas publicações, fatos esses que poderiam ter ocorrido até mesmo no spin-off. O que eu quero dizer com isso? Bem, apesar de conhecer a Cassandra Clare por culpa de Os Instrumentos Mortais, de amar esses seis livros, ele não chegou aos pés de As Peças Infernais, e provavelmente vai ser soterrado pelos próximos livros também.
Aliás, o que dizer dos momentos que eram mencionados personagens de As Peças Infernais? Eu corria berrando pela casa em feelings ok ok *0*
Teve algumas coisas que me decepcionaram sim, em relação a mortes mas não vale a pena mencionar por ser spoiler e quase me fez baixar a nota do livro.
Eu recomendo essa segunda parte da série, pra quem parou no terceiro livro, porque acho muito bem feita e inteligente, VOCÊS ESTÃO PERDENDO MUITO! E que venham The Dark Artifices, The Wicked Powers, The Last Hours e The Secret Treasons por que sou fã da Cassandra incondicional e estou longe de me cansar dos livros dela, ponto.
Diferente de meu amor Rafa, eu decidi baixar minha nota para quatro (até as primeiras 200 páginas seria um cinco), Cidade do Fogo Celestial é ótimo mas possui grandes furos, furos em suas perdas mal desenvolvidas, furos na grande batalha épica, mas há também grandes acertos tais como Sebastian (sim, eu amo ele, me julguem) e a capacidade da autora de se aproveitar desse grande mundo de Caçadores de Sombras para criar mais personagens irresistíveis e, como sempre, nunca deixar de lado o humor impagável que me conquistou lá em 2008.
— Existem cem trilhões de células no corpo humano — falou. — e cada uma das minhas células te ama. Nossas células morrem, e novas células nascem, e minhas células novas te amam mais que as antigas, e por isso te amo cada dia mais. É ciência. E quando eu morrer e cremarem meu corpo, e eu virar cinzas que se misturam no ar, parte da terra, das cores e das estrelas, todos que respirarem esse ar ou enxergarem as flores que crescerem do chão ou olharem para as estrelas vão se lembrar de você e amar você porque isso é o quanto te amo.
Enfim, que venha mais, mais acertos, mais erros, porque não, eu ainda não cansei, não vou cansar, e o motivo é simples: é tão, tão difícil encontrar uma escritora capaz de se aproveitar tanto de seu próprio mundo, de conseguir causar tantas sensações, sejam elas boas ou não, que eu não estou disposta a deixar para lá e eu mal posso me segurar para ler o conto de Simon que vem ai, mal posso acreditar no caminho brilhante que a autora moldou para ele. Sinceramente? Essa mulher acaba comigo, às vezes eu a odeio, mas na maioria das vezes é amor puro mesmo.
Ave Atque Vale, The Mortal Instruments .
Autora: Judith Mcnaught
Editora: Charme
Páginas: 406
Classificação: 4/5 estrelas
Se você é fã de Judith McNaught já há algum tempo, então você sentiu em cento momento que a autora era um tanto desprezada pela editora Record no Brasil. Ainda que a autora seja um ícone mundial por seus romances, no Brasil ela era frequentemente jogada de escanteio, com exemplares e edições de bolso que não chegavam aos pés do que McNaught e seus leitores brasileiros realmente mereciam. Mas esses são tempos antigos e o Grupo Record finalmente resolveu dar uma repaginada nos livros da autora, com novas edições e capas.
Em Até você chegar, Judith McNaught revela os leitores a elegante Londres do início do século XIX, em um inacreditável romance. Professora de uma escola para damas da alta sociedade, Sheridan Bromleigh é contratada para acompanhar uma das estudantes, Charise Lancaster, até a Inglaterra, onde encontrará seu noivo. Quando a jovem sob sua responsabilidade foge com um estranho, Sheridan questiona-se como explicará isso ao pretendente, Lorde Burleton. Stephen Westmoreland, o Conde de Langford, presume que a jovem vindo em sua direção é Charise Lancaster, e a informa sobre sua participação no acidente fatal envolvendo Lorde Burleton na noite anterior. No momento em que iria explicar o mal-entendido, Sheridan também sofre um acidente e fica inconsciente. Ela acorda na mansão de Westmoreland, sem lembrar quem é. A única pista sobre seu passado é o estranho fato de todos a chamarem de miss Lancaster. Tudo o que ela realmente sabe é que está apaixonada por um belo conde inglês, e que sua vida está repleta de maravilhosas possibilidades.
Estou interessada em saber por que há momentos em que me olha e sorri como se só eu tivesse importância para você. Estou interessada em saber por que há momentos em que sinto que não quer me ver, mesmo quando estou na sua frente. Estou interessada em tudo o que se refere a você porque quero muito significar algo em sua vida. Estou interessada em história. Sua história. Minha história.
Autora: Kristen Proby
Editora: Charme
Páginas: 320
Classificação: 4/5 estrelas
Samantha não é gosta da fama, holofotes e tudo que vem no pacote da exposição ao público. Seu passado a traumatizou e diversas vezes foi colocada nas manchetes às sombras da fama do seu irmão, famoso ator de Hollywood, Luke. Ela está recém desempregada e está em busca de outro emprego, que dessa vez irá valorizá-la e não irá pressionar com relação a sua família e amigos.
Leo é vocalista da banda Nash, uma das bandas mais famosas e bem sucedidas no momento. Ele se mudou recentemente para Seattle, para morar mais perto de Meg, sua irmã de consideração. Ao conhecer Samantha, um interesse imediato o despertou e ele investirá e usará todas as armas que estiver à sua disposição para conquista-la.
Para quem leu Joga Comigo, soube perto do final que o próximo livro seria protagonizado por Sam e Leo, não é mesmo? A troca de farpas deu um gosto sobre o que viria.
Eu te chamo de Raio de Sol porque, quando sorri, você ilumina por dentro.
Samantha é uma mulher independente e sempre buscou ser bem sucedida, com seu esforço e talento. O que viveu no passado foi um aprendizagem para o seu amadurecimento e criou regras, uma delas: não se envolver com pessoas famosas. Pois a única experiência que teve a deixou arrasada. Ela detesta holofotes, sempre que surgia nas manchetes sempre era denominada como irmã de Luke, o que é verdade, mas detestava viver na sombra o irmão. Isso fez com que sua motivação em buscar a independência aumentasse.
O livro narrado pelos dois pontos de vistas nos dá uma visão panorâmica sobre os sentimentos e pensamentos dos protagonistas. A relação iniciada com troca de farpas e investidas incessantes de Leo, desperta algo em Samantha para dar uma chance. Isso é uma fissura sendo aberta para algo mais profundo.
A trama segue a linha que Sam não quer um relacionamento sério, se casar e se sentir dependente de alguém. Isso é decorrente a decepções que a personagem vivenciou e fez com que construísse muros envolta de seu coração. Leo também tem esse pensamento no começo, mas ao passar do tempo ele sabe que o que acontece entre ele Sam não é apenas uma relação casual. Tem algo a mais e ele fará de tudo para que ela também entenda.
A escrita de Kristen continua envolvente, fluida e viciante. No momento que a história é iniciada, o leitor vai mergulhar no mundo dos Montgomery e amigos e irá querer saber mais sobre os casais que já tiveram suaa histórias contadas e também os próximos personagens.
Autora: Katy Regnery
Editora: Charme
Páginas: 368
Classificação: 3/5 estrelas
Brynn acredita que nunca mais será capaz de amar novamente após ter perdido seu noivo brutalmente há dois anos. Mas quando Cassidy aparece em sua vida, o luto finalmente abre espaço para um sentimento completamente novo.
Pelos erros de seu pai, Cassidy pagou sua vida inteira. O pai era assassino e estuprador e por isso a sociedade julgava o pequeno Cassidy como se fosse tão ruim quanto ele. Então sua mãe decidiu que a melhor opção seria viver longe do mundo, longe dos olhares recriminadores, longe de onde seu filho poderia se tornar alguém como seu marido.
Este é o maior problema de se perder alguém que se ama tanto quanto eu amava Jem: nunca conseguimos ser a pessoa que éramos antes. Nunca. Ainda estou tentando descobrir quem me tornei.
Cassidy cresceu acreditando que nunca poderia se envolver com ninguém, que não merecia ser amado por culpa dos erros de seu pai. Mas quando Brynn cruza seu caminho, torna difícil manter todas as promessas que havia feito a sua mãe.
Não há como sentir falta de uma coisa que nunca se teve. Você não pode desejar algo que nunca possuiu. Mas eu conheço a glória de um toque humano. E sinto falta.
Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Katy Regnery e infelizmente não foi uma boa experiência. Achei a escrita um pouco repetitiva, os personagens muitas vezes trouxeram os mesmos pensamentos de antes, e isso tornou a leitura um pouco cansativa para mim.
A narrativa custou a me conquistar, principalmente porque as coisas demoraram a acontecer. E quando começa, achei que tudo evoluiu um pouco rápido demais. Não consegui sentir a paixão crescendo, e isso é minha parte preferida dos romances, então, fiquei um pouco desapontada com a rapidez.
Dizer adeus não significa esquecer. Seguir em frente não significa que você nunca o amou. Estou te dizendo para deixar isso para trás. Estou te dizendo que você pode ser feliz.
O que mais me chamou atenção para ler esse livro foi o fato de tratar sobre filhos de pessoas ruins. Achei que isso seria o ponto chave da mensagem do livro e por isso que estava sendo tão bem falado. Porém, ao invés de trazer uma linda mensagem, a autora a trocou por um plot forçado que não funcionou nenhum pouco comigo.
Se você quer um romance cheio de drama, pode ler sem medo que irá gostar, mas se assim como eu, gosta de livros que passem algo legal, talvez não seja a leitura certa para você.