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Autora: Elizabeth Scott
Editora: Harlequin Teen
Páginas: 240
Classificação: 5/5 estrelas
Existem alguns autores que tem um lugar especial tanto em nós, leitores, como nas estantes. Um desses autores para mim é Elizabeth Scott, e sendo bem sincera, ela sempre me faz sonhar e chorar. Sempre essa desgraçada. A escrita dela é simples e ainda assim emocionante, intensa e real, enfim, linda. Isso sem contar que os livros dela, normalmente, são carregados de drama AMO, e claro que este não é exceção à regra e o título é bem, bem, beeeeeeeeem, propicio. Heartbeat, batida do coração.
Quando alguém que você ama… morre, você quer isso desfeito. Você faria qualquer coisa para tê-los de volta, e é fácil de acreditar que se isso ou aquilo acontecesse, que tudo ficaria bem. E é isso que te deixa bravo. O que faz você odiar. Você não quer acreditar que as vezes coisas ruins acontecem simplesmente porque acontecem.
A vida da Emma mudou da noite para o dia, em uma simples e literal batida de coração. De noite a mãe da Emma estava ali, ela tinha boas notas, um futuro planejado, na manhã seguinte nada disso mais importava, ela sentia como se não tivesse mais família. Afinal, a mãe da Emma morreu, teve um aneurisma e morreu, só que ela ainda está aqui, no mundo dos vivos digamos. Emma a vê todos os dias no hospital, onde aparelhos a mantém viva por seu irmão que ainda não nasceu.
Batida do coração. É somente uma expressão. Uma expressão. E ainda é mais que isso.
Nada mais era como antes, nada fazia sentido e mesmo sempre tendo o apoio da sua melhor amiga, Olivia, Emma se sentia sozinha. Primeiro seu padrasto, Dan, muda e tudo que ele consegue pensar é sobre o bebê, depois Olivia, que não entende realmente o que acontece. E por incrível que pareça, Emma a aluna nota 10, dedicada, que iria ficar entre os 20 melhores alunos e entraria em uma das 10 melhores faculdade, encontra no Caleb (ex-drogado, ladrão de carros, problema, por aí vai…) alguém que realmente a entende. Alguém que é tão sozinho quanto ela. Assim, juntos, eles não estão mais sozinhos.
Somente um momento e então… se foi.
Emma e Caleb, ambos lidam com o luto de pessoas próximas, cada um da sua maneira. Mas, que no final um acaba transformando a vida do outro. Possibilitando o enfrentamento do luto, da confusão, do ódio, da solidão, até que de alguma forma… sigam em frente.
Isto é só uma parte da minha vida e não deveria ser tudo.
Como não ficar chocada, emocionada e morta. Dar nota para esse livro foi além de dificil, porque a trama é única, forte, linda e cruel (de uma certa forma), mas tiveram momentos em que eu quis dar uns tapas na Emma, na boa… cansou. Mas, como sempre Scott conseguiu tirar a visão que eu tinha da Emma, ela mostrou o que a levou a agir da forma como estava agindo. A Scott sempre me toca, mas esse livro em especial é extremamente impactante como todos dela, mas mesmo assim.
Sim, é um ótimo livro, nem todos vão gostar, já que o ponto principal é um tanto polêmico. Entretanto leia, pense e sinta. Por que tudo pode mudar em uma batida de coração.
Vida somente é, e aqui estou nela. Eu estou esperando pelo que virá em seguida.
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Classificação: 2/5 estrelas
Não sei porque fui insistir nessa leitura, definitivamente Jojo deveria ter parado no primeiro livro.
Louisa Clark está agora em New York correndo atrás de seus sonhos e do tempo perdido que passou afundada em depressão. Tem certeza que tudo sairá como planejado, conseguirá manter seu emprego e seu relacionamento a distância fluindo harmoniosamente, mas se tudo acontecesse como planejado, não teríamos uma história, não é mesmo?
O que me empolgou a ler esse último livro da trilogia foi o título Ainda sou eu e a proposta de nos trazer de volta aquela Lou doidinha com seu estilo próprio que tínhamos no primeiro livro. Fui com altas expectativas para encontrar uma protagonista forte buscando seus sonhos e se aventurando um pouco, como Will havia sugerido que ela fizesse. Mas o que encontrei foi algo bem diferente disso.
Ser diferente de todo mundo não é um problema.
Autora: Becky Albertalli
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Classificação: 5/5 estrelas
Foi preciso um período de apenas 4 meses desde que soube que Simon Vs A Agenda Homo Sapiens seria publicado no Brasil para minha ansiedade ficar nas alturas. Não é para menos, se levarmos em consideração que o livro de estreia de Becky Albertalli é sucesso entre leitores e críticos lá de fora, tanto que os direitos para adaptação foram adquiridos por um grande estúdio. Mas o que faz dessa história tão especial?
Para começar, temos que nos atentar para uma questão importante que já não devia mais ser tão importante assim: Simon é gaaay. Sim, isso mesmo. E a importância em rotular pessoas que se sentem atraídas pelo mesmo sexo é o plano de fundo para essa história. Simon é um garoto como qualquer outro, e homossexual, que não vê necessidade de se assumir como tal como se isso obrigatoriamente fizesse dele outra pessoa da qual todos ao seu redor conhecem. Como ele mesmo gosta de dizer, heterossexuais não têm que sair do armário, não é mesmo?
É isso que as pessoas não entendem. Essa coisa de sair do armário. Não é nem por eu ser gay, porque lá no fundo sei que minha família levaria numa boa. Meu pai gosta de fazer piadas, e seria constrangedor, sem dúvida, mas acho que tenho sorte. Mas estou cansado de sair do armário. Tudo o que eu faço é sair do armário. Tento não mudar, mas estou sempre vivendo essas pequenas mudanças. Arrumo uma namorada. Tomo uma cerveja. E, todas as vezes, preciso me reapresentar para o universo.
A chance de você conhecer ou ter ouvido falar de Lisa Kleypas por conta de seus romances de época, afinal ela é considerada uma das rainhas do gênero, é muito alta, mas eu preciso te avisar desde já: ela é muito mais rainha da porra toda com seus romances contemporâneos!
A Redenção é o segundo livro de sua série envolvendo a família Travis (você pode ler fora de ordem) e ler esse livro foi enfrentar preconceitos, eu simplesmente detesto histórias envolvendo algum tipo de vingança, se puder passo reto, mas Lisa Kleypas é, como eu já mencionei, muito rainha então dizer não estava longe de ser uma alternativa. E que bom que dessa vez eu decidi me jogar em algo que normalmente eu não curto, A Redenção é um romance delicioso, cada pagina te instiga mais a ir adiante, e nossa protagonista prova desde o inicio que é muito mais do que uma dondoca rica.