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[RESENHA NOVO SÉCULO] “A Amante Infiel” – Jessica Brody


Autora: Jessica Brody
Editora: Novo Século
Páginas: 496
Classificação: 3/5 estrelas

Há anos sou uma leitora-perseguidora de Jessica Brody. Após a Novo Século publicar Karma Club, e lá fora sair livros como Unremembered e 52 Reasons to Hate My Father, aparentemente a mulher se encaixava perfeitamente em uma literatura que estou sempre disposta a ler, algo bem humorado e diferente.

Nesse livro, o primeiro que finalmente parei para ler e com grandes expectativas, realmente encontrei algo diferente, mesmo que um tanto Hollywoodiano, mas infelizmente deixou a desejar no bom humor, entre outros pontos.

O livro, que aliás é uma duologia, gira em torno de Jennifer Hunter, uma mulher que há alguns anos decidiu criar sua própria carreira, uma em que se encaixa perfeitamente: inspetora de fidelidade. Com sua conta no banco cada vez mais poupuda e mais casos aparecendo conforme sua fama se alastra, aparentemente tudo está bem na vida de Jennifer, entretanto apesar de trabalhar com a vida amorosa de outras mulheres, a sua está um caos. Não só isso, como também sua família está desestabilizada e até mesmo as amizades não se encaminham bem.

E então surge o sexy, bem de vida, gostosérrrrimo (deu para perceber minha paixão?) Jamie Richards, um homem que vai colocar em xeque tudo o que Jennifer acreditava sobre o amor e fidelidade. Mas antes de aposentar sua vida secreta em razão do verdadeiro amor, ela possui uma missão especial, um pedido de sua melhor amiga, além de um antigo caso que parece disposto a tudo para acabar com sua imagem.

Em partes, A Amante Infiel atingiu o nível esperado. O livro realmente é bom, mas algumas particularidades simplesmente acabaram com ele e fez sua nota 4 diminuir para 3. Antes de mais nada, o tamanho. Aaaah, o tamanho, sim, isso ora é bom, ora é ruim. Nesse caso, foi bem ruim. Imagine quinhentas páginas, e disso você conclui que terá muito romance, muita ação, suspense, algo para alavancar a leitura e fazer o leitor ávido por cada uma das páginas. Pois é, nem tanto, porque há tantas descrições e pensamentos da protagonista e tão pouca ação que chega a dar tristeza um plot tão bom ser tão mal conduzido.

Mas, teve algo que gostei bastante e acredito ter sido essencial a autora dissecar tanto, o drama que Jennifer viveu em seu passado. Diferente de muitos new adults com temas similares, é possível entender todo o trauma pelo qual a personagem passou, quão duro foi, e nesse ponto eu vi a ousadia da autora, porque apesar de livros que dissecam tanto não serem tão bem aceitos, ela soube abusar disso para transformar em algo digno de nota. Como nem tudo é perfeito, e só me resta rir muito sobre isso, todo o trauma que a personagem viveu foi resolvido em poucas páginas. Aliás, nem sabemos como isso foi resolvido porque algo que esperamos o livro todo não foi abordado pela autora, fica subentendido, e aí eu me perguntei o que Jessica tinha na cabeça para fazer isso, é simplesmente controverso.

Voltando aos pontos positivos, vamos ao Jamie. Aaaaah, Jamie, Jamie, Jamie. Eu adorei esse personagem, o cara tem um humor maravilhoso, é gostoso, e em minha próxima viagem vou de primeira classe para ver se encontro um igual. Novamente, acredito que faltou espaço para ele e outros personagens terem a chance de ganhar mais o leitor, é muito potencial e pouco proveito disso. E então nossa querida autora decide brincar com o leitor novamente ao dar espaço para uma personagem que não me caiu tão bem: Sophie, a melhor amiga da protagonista. Ela é irritante, suas atitudes são exageradas e ela não tem o mesmo senso de amor verdadeiro que eu tenho. Em que mundo uma mulher que está prestes a se casar não confia no cara por quem se diz apaixonada e decide provar o quão fiel ele é? Isso, entre outros acontecimentos, me fizeram pensar que alguns relacionamentos não deveriam existir, talvez porque o amor acabou, ou talvez porque o parceiro está tão confortável onde está que decide não lutar pela pessoa que ama e simplesmente deixá-la ir. Isso foi o que mais me marcou nesse livro, o traço de realidade que me fez pensar até que ponto uma pessoa se casa por amor, ou porque simplesmente chegou a hora e o relógio biológico não pode esperar mais.

Enfim, A Amante Infiel é um livro que vai causar dissabor em muitos leitores, já outros vão se apaixonar. Confesso que estou bem ansiosa para a sequência, mesmo que um tanto preocupada, mas o resultado final desse primeiro livro foi algo diferente de se conferir, o que explica eu ainda classificá-lo como uma leitura válida.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

Primeiros comentários

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  1. Oi Gabi…
    Estou com esse livro como minha próxima leitura de parceria e como poucas pessoas que conheço havia lido estava com um pouco de receio, porém bastante curiosa. Bom já entendi um pouco do que se trata e vou ler sem medo.

    Adoro suas resenhas, sempre que leio entendo o que esperar da leitura 😉