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Não importa a idade sempre existem coisas que consideramos impossíveis, mas algumas delas conseguimos realizar, outras não. Só que as vezes as situações ditam essas coisas, e uma crise financeira e familiar pode mudar tudo, a forma de viver e até ver a vida. Por vezes, tudo o que se quer é só deixar de ser um loser nerd, e ser alguém normal. Ou quase isso, quando você coloca como uma das suas prioridades fazer sua mãe sorrir e beijar uma garota. Essa não é a história de um típico garoto de quase 15 anos, essa é a história de um garoto que está passando por um período um tanto difícil de sua vida. É esta história que Fiona Wood nos apresenta em As seis coisas impossíveis, publicado no Brasil pela Novo Conceito.
Gente, por favor, um choque de virar a vida de ponta-cabeça por vez, tive vontade de dizer.
A vida de Dan Cereill mudou, não uma mudança simples e básica, mas sim uma de virar a vida dele de cabeça para baixo. Primeira bomba: a falência da família dele, ou seja, o pai dele perdeu todo o dinheiro deles. Segunda bomba e também a mais impactante: o pai assumir que é gay. Terceira bomba: perder tudo, casa, móveis e sair da dinheirolândia e ir morar em uma casa antiga que cheira a xixi de cachorro e tem tanta tralha que faz com que a casa mais pareça um museu. Quarta bomba: ser vizinho de Estelle, uma garota por quem Dan se apaixona sem nem mesmo conhece-la.
Fomos arrancados pelas raízes. Liquidados. Acabados. Isso para não dizer desertados.
O livro nos apresenta a transformação na vida de Dan, as coisas boas, as ruins, as crises, as mentiras, as lutas e o crescimento. Porque Dan cresce, e muito. A transformação dele, da forma como ele vê a família que ele sempre esteve adaptado, o impacto dos atos de outros na vida dele, as mudanças nos relacionamentos dele. É tocante como coisas simples, como fazer a barba, tem um significado absurdamente imenso na vida das pessoas. Outras são como um soco na cara, como não ter dinheiro para pagar as contas, para cirurgia do cachorro. Mas o livro tem muitas partes engraçadas, como a empresa que a mãe do Dan cria, que vende bolos de casamentos e o que ela faz na verdade é quase convencer as clientes a não casarem. A vida deles vai de mal a pior e Dan sabe coisas de que não devia sobre a Estelle, e tudo piora ainda mais quando ele descobre que eles estudam juntos. Enfim, uma aventura real, possível e sincera.
A lista:
[…]
6) O item existencial. Descobrir como ser bom. Não quero acabar sendo um cara que larga a família sem mais nem menos.
A escrita da Fiona é fluida e leve, com uma narrativa em primeira pessoa, de forma que tem uma boa dose de ironia e sarcasmo, o que combina muito bem com Dan. Os personagens não são chatos e monótonos, em sua maioria são divertidos e bem elaborados. A trama em si é bem elaborada e delicada. Não vou dizer que o livro me agradou desde a primeira página, pois não foi assim, para mim pelo menos levou algum tempo para que a leitura engatasse, mas depois que foi… aí realmente foi quase impossível largar o livro.
Outro ponto que me intrigou foi o protagonista ser masculino, um garoto de quase 15 anos, não leio muitos livros com protagonistas masculinos e não sei o motivo disso. Mas enfim, me diverti lendo esse livro, só que não foi só isso, ri, suspirei e sofri com Dan.
Impossível.
Impossível.
Impossível.
Impossível.
Impossível.
Autora: Judith Mcnaught
Editora: Charme
Páginas: 406
Classificação: 4/5 estrelas
Se você é fã de Judith McNaught já há algum tempo, então você sentiu em cento momento que a autora era um tanto desprezada pela editora Record no Brasil. Ainda que a autora seja um ícone mundial por seus romances, no Brasil ela era frequentemente jogada de escanteio, com exemplares e edições de bolso que não chegavam aos pés do que McNaught e seus leitores brasileiros realmente mereciam. Mas esses são tempos antigos e o Grupo Record finalmente resolveu dar uma repaginada nos livros da autora, com novas edições e capas.
Em Até você chegar, Judith McNaught revela os leitores a elegante Londres do início do século XIX, em um inacreditável romance. Professora de uma escola para damas da alta sociedade, Sheridan Bromleigh é contratada para acompanhar uma das estudantes, Charise Lancaster, até a Inglaterra, onde encontrará seu noivo. Quando a jovem sob sua responsabilidade foge com um estranho, Sheridan questiona-se como explicará isso ao pretendente, Lorde Burleton. Stephen Westmoreland, o Conde de Langford, presume que a jovem vindo em sua direção é Charise Lancaster, e a informa sobre sua participação no acidente fatal envolvendo Lorde Burleton na noite anterior. No momento em que iria explicar o mal-entendido, Sheridan também sofre um acidente e fica inconsciente. Ela acorda na mansão de Westmoreland, sem lembrar quem é. A única pista sobre seu passado é o estranho fato de todos a chamarem de miss Lancaster. Tudo o que ela realmente sabe é que está apaixonada por um belo conde inglês, e que sua vida está repleta de maravilhosas possibilidades.
Estou interessada em saber por que há momentos em que me olha e sorri como se só eu tivesse importância para você. Estou interessada em saber por que há momentos em que sinto que não quer me ver, mesmo quando estou na sua frente. Estou interessada em tudo o que se refere a você porque quero muito significar algo em sua vida. Estou interessada em história. Sua história. Minha história.
Autora: Kristen Proby
Editora: Charme
Páginas: 320
Classificação: 4/5 estrelas
Samantha não é gosta da fama, holofotes e tudo que vem no pacote da exposição ao público. Seu passado a traumatizou e diversas vezes foi colocada nas manchetes às sombras da fama do seu irmão, famoso ator de Hollywood, Luke. Ela está recém desempregada e está em busca de outro emprego, que dessa vez irá valorizá-la e não irá pressionar com relação a sua família e amigos.
Leo é vocalista da banda Nash, uma das bandas mais famosas e bem sucedidas no momento. Ele se mudou recentemente para Seattle, para morar mais perto de Meg, sua irmã de consideração. Ao conhecer Samantha, um interesse imediato o despertou e ele investirá e usará todas as armas que estiver à sua disposição para conquista-la.
Para quem leu Joga Comigo, soube perto do final que o próximo livro seria protagonizado por Sam e Leo, não é mesmo? A troca de farpas deu um gosto sobre o que viria.
Eu te chamo de Raio de Sol porque, quando sorri, você ilumina por dentro.
Samantha é uma mulher independente e sempre buscou ser bem sucedida, com seu esforço e talento. O que viveu no passado foi um aprendizagem para o seu amadurecimento e criou regras, uma delas: não se envolver com pessoas famosas. Pois a única experiência que teve a deixou arrasada. Ela detesta holofotes, sempre que surgia nas manchetes sempre era denominada como irmã de Luke, o que é verdade, mas detestava viver na sombra o irmão. Isso fez com que sua motivação em buscar a independência aumentasse.
O livro narrado pelos dois pontos de vistas nos dá uma visão panorâmica sobre os sentimentos e pensamentos dos protagonistas. A relação iniciada com troca de farpas e investidas incessantes de Leo, desperta algo em Samantha para dar uma chance. Isso é uma fissura sendo aberta para algo mais profundo.
A trama segue a linha que Sam não quer um relacionamento sério, se casar e se sentir dependente de alguém. Isso é decorrente a decepções que a personagem vivenciou e fez com que construísse muros envolta de seu coração. Leo também tem esse pensamento no começo, mas ao passar do tempo ele sabe que o que acontece entre ele Sam não é apenas uma relação casual. Tem algo a mais e ele fará de tudo para que ela também entenda.
A escrita de Kristen continua envolvente, fluida e viciante. No momento que a história é iniciada, o leitor vai mergulhar no mundo dos Montgomery e amigos e irá querer saber mais sobre os casais que já tiveram suaa histórias contadas e também os próximos personagens.
Autora: Katy Regnery
Editora: Charme
Páginas: 368
Classificação: 3/5 estrelas
Brynn acredita que nunca mais será capaz de amar novamente após ter perdido seu noivo brutalmente há dois anos. Mas quando Cassidy aparece em sua vida, o luto finalmente abre espaço para um sentimento completamente novo.
Pelos erros de seu pai, Cassidy pagou sua vida inteira. O pai era assassino e estuprador e por isso a sociedade julgava o pequeno Cassidy como se fosse tão ruim quanto ele. Então sua mãe decidiu que a melhor opção seria viver longe do mundo, longe dos olhares recriminadores, longe de onde seu filho poderia se tornar alguém como seu marido.
Este é o maior problema de se perder alguém que se ama tanto quanto eu amava Jem: nunca conseguimos ser a pessoa que éramos antes. Nunca. Ainda estou tentando descobrir quem me tornei.
Cassidy cresceu acreditando que nunca poderia se envolver com ninguém, que não merecia ser amado por culpa dos erros de seu pai. Mas quando Brynn cruza seu caminho, torna difícil manter todas as promessas que havia feito a sua mãe.
Não há como sentir falta de uma coisa que nunca se teve. Você não pode desejar algo que nunca possuiu. Mas eu conheço a glória de um toque humano. E sinto falta.
Esse foi meu primeiro contato com a escrita de Katy Regnery e infelizmente não foi uma boa experiência. Achei a escrita um pouco repetitiva, os personagens muitas vezes trouxeram os mesmos pensamentos de antes, e isso tornou a leitura um pouco cansativa para mim.
A narrativa custou a me conquistar, principalmente porque as coisas demoraram a acontecer. E quando começa, achei que tudo evoluiu um pouco rápido demais. Não consegui sentir a paixão crescendo, e isso é minha parte preferida dos romances, então, fiquei um pouco desapontada com a rapidez.
Dizer adeus não significa esquecer. Seguir em frente não significa que você nunca o amou. Estou te dizendo para deixar isso para trás. Estou te dizendo que você pode ser feliz.
O que mais me chamou atenção para ler esse livro foi o fato de tratar sobre filhos de pessoas ruins. Achei que isso seria o ponto chave da mensagem do livro e por isso que estava sendo tão bem falado. Porém, ao invés de trazer uma linda mensagem, a autora a trocou por um plot forçado que não funcionou nenhum pouco comigo.
Se você quer um romance cheio de drama, pode ler sem medo que irá gostar, mas se assim como eu, gosta de livros que passem algo legal, talvez não seja a leitura certa para você.