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[REVIEW] “Unbreakable” – Kami Garcia


Autora: Kami Garcia
Editora: Brown Books for Young Readers
Páginas:
 313
Classificação:
 5/5 estrelas

Algumas coisas simplesmente não precisam de explicação, elas somente são e existem. Outras, são tão surpreendentes por si, que é quase uma roleta russa com um tiro certeiro. Na minha humilde opinião e por pior que possa ser a comparação, esses momentos de roleta russa certeiros são tão devastadores, de tirar o ar, o chão, te colocar em uma espiral, diminuir seus batimentos cardíacos, até nos deixar entorpecidos. Só que a volta desses momentos, são de suspiros tão profundos e uma hiperatividade sensorial. Sinceramente, assim que me sinto agora. Acreditava que já havia sido surpreendida o suficiente com os livros que li esse ano, mas esse foi uma bala certeira a queima roupa.

Nada me assustava mais que a escuridão. Eu gostava de ver o que estava vindo, e a escuridão é um lugar onde coisas podem se esconder.

Em Unbreakable da Kami Garcia, a qual também é conhecida por ser autora do Beautiful Creatures (Dezesseis Luas e cia… publicado no BR pela Galera Record) com a Margareth Stohl, nos apresenta Kennedy Waters uma garota comum com um detalhe para sua super memória. Ou isso é o que Kennedy acreditava até que sua mãe morreu, e ela foi deixada sozinha, obrigada a viver com a irmã da mãe e se mudar para um internato. Só que a verdade por trás da morte de sua mãe é tão estranha, sinistra e absurda, que só quando Kennedy sente em sua própria pele parte do que matou sua mãe que acredita que por mais bizarro, aquilo é real. Um fantasma matou sua mãe.

Eu queria que a dor me preenchesse e me forrasse internamente com a armadura que preciso para passar por isto.

De repente Kennedy se vê sendo salva pelos gêmeos Lockhart, fugindo com eles e mais dois adolescentes. Dando nome aos bois, os gêmeos são Jared, o taciturno, seco e misterioso; Lukas, o simpático, seguro e confiável; os outros dois são: Priest, o gênio, nerd e observador; Alara, linda, badass que lida com voodoo. Assim, Kennedy se vê nesse grupo sem saber onde se encaixa, o motivo pelo qual eles dizem que ela se encaixa e descobrindo coisas que nunca imaginou que eram reais. Eles fazem coisas loucas, absurdas e letais, com uma missão definida, uma missão paranormal, diabólica e ainda assim sagrada.

Eu não conseguia pensar direito. Alguma coisa que parecia com uma garota morta tinha acabado de explodir no meu quarto, e agora eu estou sozinha com dois garotos que eu não conheço. Eles com certeza salvaram a minha vida […]

A escrita da Kami Garcia é ritmada, em uma comparação estranha diria até que ela determina os batimentos do seu coração enquanto você lê, assim como o ritmo da respiração. Não é uma escrita exagerada, ao contrário, as palavras são usadas na medida certa, prendendo o leitor cada vez mais a esta enorme e super intrincada trama. Quando necessário é apresentado descrições detalhadas, quando não, a autora é objetiva sem ser grossa. Diria que assume um equilibro, tanto de drama, como romance, suspense, terror, comédia e suspiros.

Eu havia feito minha escolha quando me tornei mais que uma garota com a mãe morta – em algum lugar entre a garota com a camisola branca, as facas voadoras, e o ciclone no corredor. Eu era a garota que teve a mãe arrancada dela por algo sobrenatural.

Ainda não sei se amei o livro, afinal ele é o primeiro da saga nomeada The Legion (A Legião), o qual é o nome do grupo apresentado no livro. Sei que personagens como a Kennedy, Jared, Priest e Alara me cativaram, encantaram e até mesmo orgulharam. Tenho sentimentos ambíguos em relação ao Lukas. A trama por si, me puxou como um urban-fantasy deve fazer principalmente por ser o meu estilo literário preferido. Assumo que de inicio fiquei com um pé atras, isso por Beautiful Creatures não ter me pego, então fui bem cautelosa em relação a escolha dele, mas a sinopse me puxou tanto, que tudo que conseguia pensar era merece uma chance. Não me arrependo. Agora espero o lançamento de Unbound, o segundo desta saga diabólica, o qual está previsto para 2014.

Sempre que eu me importava com alguém, imaginava essas pessoas me deixando – as palavras que eles diriam, a forma que me sentiria quando eles me deixassem. Eu imaginava que me preparando, seria mais fácil quando isso finalmente acontecesse.


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Pedro Henrique

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