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[REVIEW] “3:59” – Gretchen McNeil


Autora: Gretchen McNeil
Editora: Balzer + Bray
Páginas:
 368
Classificação:
 5/5 estrelas

 

Seriously, nem sei por onde começar… esse livro me deixou de ressaca literária que faz uma semana que não consigo ler mais nada correira de final de ano e finalmente consegui sentar pra montar essa review.. Antes de qualquer coisa, pirei pirei pirei com toda a trama que McNeil criou, e fiquei de queixo caído por tão bem escrita, embasada e mesmo que ela tenha dito que esse livro não foi tão simples de escrever, eu digo que foi um dos melhores que já li. Não pelo romance, porque… wow, muito bom. Mas, por tudo. TUDO! Esse livro me tirou da minha zona de conforto, me deu uns tapas na cara, e me surpreendeu do inicio ao fim. Levar uma semana pra conseguir pensar em como começar uma resenha, é totalmente fora do comum pra mim. Ah, eu comentei que foi embasado né… sim, sim, em física quântica claro que não estamos falando de livro técnico, e sim de literatura de ficção.

Então conhecem as realidades paralelas em diferentes mundos de 3:59 da Gretchen McNeil.

Ela se sentiu desorientada e confusa, sua cabeça ainda doía por causa do flash de luz cegante que pareceu vir de lugar nenhum. Ela ficou sentada no carro, seu coração martelando, e tentando descobrir o que faria em seguida.

Josie adora física, matemática. É filha de uma cientista, e seus pais estão se separando, o pai já saiu de casa, mas ela tem um namorado que ama, uma boa melhor amiga e uma ótima companheira de laboratório. A mãe da Josie tem agido de uma forma estranha nos últimos tempos, que foi o que causou a separação dos pais. Tirando isso ainda tem o projeto Josie e Penelope para a feira de ciências, onde elas estão lidando com a teoria do Penrose, a qual é dita que não pode ser provada. No meio disso tudo, o mundo de Josie cai, mais um pouco, antes de cair tudo. Josie descobre que o seu namorado Nick, está traindo ela, e é uma traição dupla, pois é com sua dita melhor amiga.

Calma, não termina por aí, a mãe de Josie faz ela ir buscar um espelho na casa do pai e no caminho algo muito estranho acontece e ela perde o trabalho. Bom, essa coisa estranha que acontece de alguma forma afeta o espelho, pois em dois horários do dia ele não reflete o quarto dela, mas o quarto de alguém muito parecida com ela, com um cabelo e roupas melhores.

Antes que o cérebro de Josie conseguisse registrar o que ela havia visto, a imagem tinha sumido e o espelho, era só um espelho, refletindo a bagunça caótica do quarto de Josie.

Com tantas perdas, obviamente  Josie se foca na equação do espelho e quando ela descobre o que é e quem está do outro lado, ela vê uma possibilidade de ter um dia para fazer as coisas certas do outro lado. Bom, o espelho é um portal para uma realidade paralela, um mundo muito parecido com o dela, onde os pais dela que não são dela ainda estão juntos, e Nick ainda a ama. Esse outro mundo paralelo é o mundo da Jo. Sua gêmea paralela. Assim, todo dia às 3:59 am e pm o portal se abre, e se Josie estivesse dormindo, ela sonhava com o que estava acontecendo com a Jo. Enfim… elas decidem trocar de lugar por um dia. Só que o que Josie não sabia é que a Jo é a gêmea má e egoísta.

A mesma garota, o mesmo quarto, o mesmo horário. Universo paralelo? Aqui está ela de volta ao tópico preferido dos seus pais. A tese que ambos passaram suas carreiras pesquisando: a teoria de múltiplos mundos.

Enquanto Josie chega no outro lado, nada sai como ela imagina. Os mundos são muito, muito, diferentes. Este Nick, não gosta da Jo, automaticamente… dela. A Penelope não é sua amiga, por mais que seja companheira de laboratório. Tudo é o contrário. E sem contar que de noite, as pessoas são proibidas de sair de casa, em razão de criaturas aberrações que se alimentam de carne humana. As coisas começam difíceis e depois pioram, pra depois… ela se sentir culpada por muitas coisas.

Entre planos para voltar, suspeitas, traições, descobertas e que descobertas, lutas, desilusões, culpa, desespero, amor e esperança, o leitor é jogado de um lado para o outro, tem seu chão arrancado de seus pés, e uma avalanche de emoções.

Ela veio para cá esperançosa por um dia em uma vida perfeita, um dia para reparações. Uma família feliz, um namorado apaixonado e uma escola cheia de amigos. Ela sabia que seria uma ilusão e uma mentira, só que ela não se importava. Por um dia tudo seria perfeito.

PALMAS! Esse livro foi tão bem escrito que… não consigo pensar em nada que mudaria. Não mudaria, daria uma única continuação e ponto. Mas, ele é maravilhosamente bem delineado, nada, NADAA, fica solto. Tem física quântica que eu piro, tem romance, ação, suspense, fantasia. Minha singela opinião é que ele não merece cinco estrelas, e sim dez, vinte, trinta. Ufa! Os personagens são bem elaborados, a trama é mais complexa que um fio de DNA, ou um cálculo quântico, ou uma teoria improvável. A Gretchen merece o oscar do livro por ele.

WHOA! WHOA WHOA WHOA! Usando um jargão bem clichê e até brega  “são tantas emoções”. Não tenho palavras para descrever esse livro, seu final e a sensação de vazio que fiquei depois de terminar. Simplesmente soberbo. Sim, eu chorei, porque doeu. Muito. Definitivamente entrou na minha lista de preferidos. Sendo um pouco repetitiva, amei os personagens, a escrita, a trama. Agora, dá licença que eu vou ali sofrer mais um pouco. Só antes, se você lê em inglês, não fica parado não… vai ler.

Ela nunca acreditou em destino, embora isto é algo que as mentes mais fracas usam para procurar conforto. Mas neste momento, ela sabia que o destino existia.


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Pedro Henrique

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