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[RESENHA ROCCO] “Fogo” – Kristin Cashore


Autor: Kristin Cashore
Editora: Rocco
Páginas:
 512
Classificação:
 4/5 estrelas

É difícil colocar em palavras o quanto amei esse livro e mesmo assim equilibrar isso com todas suas características, boas e ruins. Por um lado, Fogo é maravilhoso, por outro, não é Graceling. E, claro, não li esse livro esperando algo parecido com seu antecessor, só que melhor, surpreendente, cataclísmico, e o que encontrei não era nada disso, mas ótimo de um jeito totalmente seu.

O amor é estúpido. Não tem nada a ver com a razão.

O livro segue a história da jovem Fogo, uma garota monstro, a única entre todo o reino, filha de um monstro que semeou discórdia e assassinato em todo o reino. Apesar de viver uma vida pacata, Fogo é temida e odiada enquanto sobrevive dia a dia dos ataques dos animais-monstros, bestas como ela que desejam seu sangue.

Mas sua relativa paz vem sendo ameaçada por estranhos que adentram as terras de lorde Archer, seu amigo e amante. E quando um traidor é encontrado no coração do reino, Fogo deve ir até a cidade do rei e ajudar tanto ele quanto os príncipes na guerra iminente.

Lá, a beleza e poderes de Fogo deslumbram por onde passam, e com sua guarda a sua cola e mais inimigos surgindo, ela precisa aprender a viver nesse novo cenário e mostrar que ela não é seu pai, e nunca será, principalmente a um belo e forte príncipe que sofreu como ninguém nas mãos do homem que a criou por anos.

É gratificante fazê-la sorrir. A dor em seu rosto desaparece.

Já adianto que Fogo é um livro bem diferente de Graceling. Além de se passar em um mundo paralelo, que provavelmente se chocarão no terceiro e último livro, Kristin Cashore teve a ideia brilhante de escrever personagens não tão similares com a obra anterior e como leitora posso dizer que esse livro suga de tal forma que não dá para parar e refletir sobre o anterior, o ritmo também não se pode tachar de lento, aconteceu tudo o que deveria acontecer e Cashore não se incomodou de apimentar certos trechos para alegrar mais os leitores e é essa característica o que tanto me seduz em sua escrita: ela é autêntica e, logo, brilhante.

Como não poderia deixar de ser, encontramos um forte e muito gostoso protagonista para deixar Fogo acesa, literalmente (não resisti ao trocadilho, desculpas!), além da garota ser super poderosa e destinada a salvar todo o reino. Fantasia que é fantasia sempre tem desses elementos e quem não gosta? Particularmente, eu adoro, entretanto o grande problema nesse livro é que ele não atingiu seu máximo em momento algum. As grandes batalhas não foram descritas, Fogo em seus momentos épicos também deixaram de ser relatados e por aí vai. E isso são pontos que fui perceber só muito depois de finalizar a leitura, porque eu estava tão engolfada por tudo o que acontecia, vivendo cada trecho, que agora posso dizer que mesmo a autora pecando, sua escrita é assim e o essencial, proporcionar uma ótima leitura, ela fez.

Se você não leu Graceling, eu indico seriamente que corra atrás do livro, entretanto sua leitura não é imprescindível para Fogo. Aliás, eu mesma irei relê-lo logo porque após esse livro é bem provável que eu veja tudo com outros olhos. De qualquer forma, não importa qual livro você escolhe ler primeiro, uma coisa é certa: você vai se deparar com uma história envolvendo sacrifícios, amor e fantasia que beiram ao épico.

Viver é difícil demais agora […] Morrer é fácil. Deixe-me morrer.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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