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[REVIEW] “The Eternity Cure” – Julie Kagawa


Autora: Julie Kagawa
Editora: Harlequin Teen
Páginas: 384
Classificação: 4/5 estrelas

Julie Kagawa é uma das minhas escritoras preferidas pela facilidade em que ela tem em trabalhar com vários estilos e se manter na “zona da criatividade”. Depois de ler Os Encantados de Ferro e seu spin off,  sem nem piscar li o primeiro livro da saga Blood of Eden, Immortal Rules.

Blood of Eden é uma distopia. Na época em que o livro foi anunciado, o tratei com descaso. Afinal, o que uma autora de uma série de fadas poderia fazer em uma distopia? TUDO. Inclusive tirar os vampiros lá do final da minha lista de temática sobrenatural preferida.

Adorei a forma como a Julie Kagawa inovou, e estava com as expectativas lá em cima para ler Eternity Cure. Só que elas não foram plenamente atendidas, embora eu não me sinta exatamente decepcionado com o que li.

O que mais me chamou atenção no primeiro livro, além da parte distópica – que é excepcional – foi a protagonista, Allison Sekemoto. Ela é uma personagem divertida, verdadeira e irônica. Ela me lembrou muito a Rose, de Academia de Vampiros, por todo o seu estilo e jeito de ser. Em resumo, ela é uma das melhores heroínas que conheço. Só que ela decaiu em Eternity Cure, como se ela tivesse perdido algo da própria personalidade no espaço de um mês entre o primeiro e segundo livro.

Para não dar spoilers do primeiro livro, me contenho em dizer que ela tinha uma boa consciência do que ela era e o que não era/não devia ser, mas por ter se envolvido em um romance, as suas emoções ficaram confusas em Eternity Cure e ela meio que se perde e age de maneira totalmente contraditória. Não é só ela quem fica confusa, é o leitor também.

Não gostei do Zeke nesse livro, tanto quanto gostei dele no primeiro. De alguma forma, ele me lembra alguns aspectos do Puck: Só causa confusão para onde vai.

Zeke é um grande exemplo de contradição nessa série. Não vou dizer o que ele faz, mas digamos que ele adquire um pouco da atitude irracional e nojenta que certos personagens desprezíveis como Christian Grey possui, e todas as mulheres parecem adorar.

Eternity Cure teria sido um livro muito melhor do que foi se a autora não tivesse desperdiçado tanto tempo com esse drama.

O que mais me chateou foi a ausência de uma interação melhor entre os personagens. No primeiro, alguns personagens secundários foram bem trabalhados e isso criava uma sensação de ‘amizade’ entre o leitor e o escritor, pois a autora oferecia uma boa variedade de personalidades para a gente gostar ou odiar. Eternity Cure se foca em um pequeno grupo de personagens por quase todas as páginas do livro. Isso deu um ar pesado na história, e até meio repetitivo.

Mas tirando esses detalhes, algumas coisas muito interessantes vão acontecer no enredo e elas me deixaram muito empolgado. A autora trabalhou bem as cenas de ação e em algumas novidades de deixar os olhos arregalados. Essas novidades são referidas ao título do livro.

Nas últimas páginas, comecei a ficar assustado por que estava prevendo que ia acontecer alguma merda. E sim, aconteceu. Não diria que a maldição do segundo livro tenha recaído sobre Blood of Eden, mas o final é muito ruim! Deu um gancho bom para o terceiro livro, mas ao menos que ela seja MUITO CRIATIVA e MUITO ESPETACULAR nele, tenho certeza que odiarei.

Apesar de tudo, eu adorei e acredito que Eternity Cure seja um livro digno de 4 estrelas, por enquanto. Dependendo da continuação, essa nota poderá aumentar ou diminuir drasticamente.


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Pedro Henrique

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