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Kara Crawford só quer agradar. Já adulta, ela é uma advogada reprimida. Desde não seguir seus sonhos à desejar ter relações sexuais de uma forma diferente, toda sua vida ela tentou agradar aos outros e ao que eles esperavam que era o certo a fazer e sentir… até reencontrar Dante.
Dante não imaginava encontrar Kara novamente após terminar o Ensino Médio, também não esperava que as fantasias e desejos um do outro os despertassem, e tudo o que eles querem quando descobrem isso é muito sexo casual regado a BDSM e chuveiradas. Só que eles também não esperavam trabalhar na mesma agência de advocacia, nem que o desejo, paixão e amor estivessem tão próximos.
Esse é um livro que eu agradeço por não ter grandes expectativas antes mesmo de lê-lo, principalmente porque trilogias eróticas onde cada livro é protagonizado por personagens diferentes tem como regra, quase sempre, só proporcionar uma leitura leve e divertida.
É o caso de No Limiar do Desejo. Eu não li o livro antecessor, mas a escrita de Eve Berlin me lembrou bastante meus amados romance de banca (sem preconceitos, galera!), e a autora abusou de uma narrativa mais fácil e “de rua”. O que me desagradou, e é exatamente o que eu não espero de romances de livraria, foi o drama com pontas soltas e um romance tão fraco e abrupto, que não chegou nem perto de me fazer torcer pelo casal. Quando tudo finalmente começa a pegar força, puff!, o livro acaba.
No Limiar do Desejo é ideal para quem gosta de eróticos que não chega ao limite da depravação e procura algo mais leve. Estou aguardando ansiosa a sequência, já fui atrás para saber o que me aguarda e o livro parece ser melhor e com altas probabilidades de ser viciante.
Quanto a Quinta Essência, esse selo maravilhoso que finalmente chegou ao Brasil, eu espero que eles não façam desse livro um padrão a seguir, mas que adicionem a ótima diagramação de No Limiar do Desejo aos livros pelos quais o selo ficou conhecido, com romances que nos corrompem e emocionam.
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Classificação: 2/5 estrelas
Não sei porque fui insistir nessa leitura, definitivamente Jojo deveria ter parado no primeiro livro.
Louisa Clark está agora em New York correndo atrás de seus sonhos e do tempo perdido que passou afundada em depressão. Tem certeza que tudo sairá como planejado, conseguirá manter seu emprego e seu relacionamento a distância fluindo harmoniosamente, mas se tudo acontecesse como planejado, não teríamos uma história, não é mesmo?
O que me empolgou a ler esse último livro da trilogia foi o título Ainda sou eu e a proposta de nos trazer de volta aquela Lou doidinha com seu estilo próprio que tínhamos no primeiro livro. Fui com altas expectativas para encontrar uma protagonista forte buscando seus sonhos e se aventurando um pouco, como Will havia sugerido que ela fizesse. Mas o que encontrei foi algo bem diferente disso.
Ser diferente de todo mundo não é um problema.
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Classificação: 4/5 estrelas
Depois da série Os Bedwins, a editora Arqueiro presenteia os fãs de Mary Balogh com mais uma nova série, dessa vez uma trilogia com o nome O clube dos sobreviventes, o primeiro livro se chama Uma proposta e nada mais, o segundo Um acordo e nada mais, e o terceiro Uma loucura e nada mais.
Nessa resenha vamos falar sobre o primeiro livro, Uma proposta e nada mais, que já está nas livrarias. Eu adoro fazer uma batalha das capas brasileiras e das capas gringas, e preciso falar, Arqueiro, eu te amo!, a nossa capa é infinitamente a mais bonita de todas, simples, elegante, tudo o que o primeiro livro já mostra.
Love, Simon ou Com amor, Simon é mais uma adaptação juvenil literária que ganha vida, mas o que difere essa adaptação das outras? Bem, Com Amor, Simon não é uma simples história de amor, mas é uma história que precisava ser contada.
Surfando na onda de sucesso de Me chame pelo seu nome, uma adaptação literária da mesma temática, o que muda é que vemos no primeiro um drama sobre o primeiro amor, e em Com Amor, Simon há também pitadas de comédia romântica com doses de drama.
Inspirado no livro Simon vs. a agenda Homo Sapiens, da autora Becky Albertalli, o filme nos mostra a vida do adolescente Simon Spier, interpretado pelo carismático ator Nick Robinson (Jurasic Word, Tudo e Todas as Coisas), que tenta viver sua vida normalmente enquanto carrega um grande segredo — sua homossexualidade. Simon é gay e vive com medo pois não sabe como seria a reação dos outros com ele.
Foto Antes das Cinco
Esse filme foi um mar de acertos. Desde a direção até o elenco, trilha sonora e roteiro. Com Amor, Simon foi muito além do romance, essa é uma história sobre o direito de poder ser, sem rótulos, que nada mais são que rédeas que controlam nossas vidas, porque em um mundo perfeito não deveria importar se você gosta de homens ou mulheres, se é negro, branco, asiático, ou do oriente médio, isso só deveria ser um detalhe, como a vida também é, não há nada especial nisso, mas como você a vive é que a torna especial.
E o equilíbrio foi perfeito em diversos pontos, desde a comédia ao drama e romance. O diretor se mostrou competente para mostrar uma visão do ensino médio e, mesmo tomando liberdade para criar, o longa ainda foi bem fiel ao livro. Já os atores, desde o protagonista aos coadjuvantes, dão um show de carisma.
Creio que a maior vitória do longa foi provar que há espaço para todos no cinema, principalmente quando é dirigido com o intuito de conscientizar. Com amor, Simon foi uma convenção da humanidade, é um filme lindo, nostálgico, singelo, romântico, engraçado e o mais importante, NECESSÁRIO!!!!