Editora: Intrínseca
Páginas: 410
Você pode passar a vida inteira sem perceber que aquilo que procura está bem na sua frente.
15 de Julho de 1988. Emma e Dexter se conhecem na noite da festa de formatura. Amanhã eles seguirão caminhos diferentes. Mas onde estarão nesse mesmo dia um ano depois? E nos anos que se seguirem?
A pegada suave de David Nicholls, aliada a gênial idéia que teve, faz desse livro leitura obrigatória para quem gosta de dramas, romances e histórias de amor fora do comum.
Dexter Mayhew é um bon vivant. Vindo de uma família abastada dos anos 1980, adora a vida sem compromissos sérios e almeja grandes viagens, experiências diferentes e coisas novas. Mas sempre sem regras ou obrigações. Emma Morley é justamente o oposto disso tudo.
De cabeça centrada e com uma vida muito regrada e até mesmo dura consigo mesma, Emma descende de uma família de classe média da Inglaterra e sempre foi batalhadora pelo que queria de sua vida. Queria ser escritora, ter romances publicados. Mudar vidas através de palavras.
— Adoro esse som — ele falou com a boca nos cabelos dela. — Melros ao almanhecer.
— Eu odeio. Dá a impressão de que vou me arrepender de ter feito alguma coisa.
— É por isso que eu adoro…
O livro me conquistou. Mas devo dizer que cheguei até ele através do ótimo filme que chegou aos cinemas adaptado deste drama-romântico excepcional. Anne Hathaway e Jim Sturgess trouxeram vida à cada sentimento de Emma e Dexter como se fossem eles mesmos quem estivessem sentindo essas angústias, amores e dores. Muitas dores.
Mas voltando ao livro, a ideia que Nicholls teve foi genial e fresca. Cada capítulo tem a distância de um ano em relação ao anterior, sempre retratando o dia 15 de Julho e como Emma e Dexter passaram, se envolveram e até mesmo não se envolveram. Os personagens tem personalidades fortes, mas temos a bela noção de como vão se abrindo, mudando, adaptando-se a essa coisa que sentem um pelo outro e que cresce aos poucos ao longo desses 20 anos para só então finalmente terem força o suficiente para vencer as personalidades e manias que os mantiveram afastados, em idas e vindas de 20 anos. Poucos podem dizer que terão a sorte de um amor de 20 anos.
Depois de um tempo o vinho ficou delicioso, parecendo um interessante antisséptico bucal, e logo Emma se sentiu pronta para quebrar a regrs dois: nada de flerte.
Essas transformações fazem o livro valer à pena, a leitura, a compra, a recomendação, o dia, o ano… enfim, é o tipo de livro que, quando perguntado se é bom, eu simplesmente digo “faz valer”. É o livro que faz os playboyzinhos se identificarem com Dex e as nerds se identificarem com a Emma. E depois os problemáticos se identificam com nosso “herói” e as meninas regradas e duras se identificam com a “nossa garota”. E posso ficar nessa por mais umas linhas, mas vocês entenderam. É um livro que, por cobrir muito espaço de tempo em suas páginas, traz personagens voláteis e que crescem à cada página como pessoas, como personagens, como profissionais. E com eles crescem angústias, problemas, amores e decepções. É o livro que um homem mais “machão” começa a ler e vai chegar a ultima página com uma nova concepção de mundo. E as meninas se debulharão em lágrimas. Okay, alguns homens também se debulharão (vide o que vos escreve). Enfim, fica aqui a dica e recomendação!
Sabe quando vc sente um livro repetitivo,pesado e eventualmente chato?!
Pois bem, compre esse livro AGORA!!
Ele é engraçado e encorajador.
Lindo e marcante.
Triste e fascinnte.
Uma obra prima que deve ser lida.
Vale a pena cada gargalhada e cada lagrima.