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Apesar da fama de Alyson Noël, eu decidi ler Fated, já que sua capa e sinopse me interessaram. Não me arrependi de lê-lo porque eu gostaria de conhecer a história, mas você logo vai entender o motivo da nota 2 para o mesmo.
A história: Daire viaja todo o mundo com sua mãe, Jenikka, mas tudo isso acaba quando no dia de seu aniversário sua mãe percebe que ela tem surtos psicóticos. Para tentar achar uma solução para o problema, sua mãe a leva para a sua avó, Paloma. A partir daí começamos a descobrir o que se passa com Daire – que descobre ser uma Seeker. Como todo bom Young book, temos o que não poderia faltar: os irmãos gêmeos apaixonados pela mocinha. Cade é o irmão ruim, que quer acabar com o mundo e juntar suas forças com Daire. E Dace é o bonzinho que faria de tudo pelo bem-estar de sua amada.
Você nunca deve se esquecer que grandes poderes vêm com grandes responsabilidades.
A meu ver, a trama tinha de tudo para ser ótima. Porém, eu senti como se Alyson tivesse jogado uma porção de sobrenatural sem nexo algum. Não há consistência alguma no livro. Acredito que ela poderia ter caprichado um pouquinho mais em sua escrita, e dessa forma trazendo mais firmeza ao leitor.
Um ponto positivo é que a autora tentou inovar, trazendo os mitos dos americanos em um mundo onde estamos sobrecarregados de vampiros, fantasmas e zumbis. Também gostei da relação avó-neta que foi explorada no mesmo. Não é sempre que temos uma avó aconselhando a personagem principal ao invés da mãe. No entanto, gostaria que tivesse sido abordado mais a história dos personagens secundários como de Xotichi e até mesmo na relação dos gêmeos. Como primeiro livro da saga The Soul Seekers, Fated foi fraco, em termos de enredo e personagens, espero que nos próximos volumes a história amadureça para que assim possamos ter a grande magnitude que é esperada dessa saga.
O tempo está escorregando pelos meus dedos como areia.
Na última semana a internet começou um rebuliço com mais um lançamento na Netflix que não só prometia ser fofo, mas também trazer para os fãs de Para Todos os Garotos que já Amei mais uma oportunidade de ver Noah Centineo, nosso eterno Peter, atuando. E após muitas resenhas, decidi que daria uma chance para o filme Sierra Burgess é uma Loser.
O longa gira em torno de Sierra, uma adolescente toda desconstruída que se mostra inteligente e pronta para rebater as piadinhas de seus colegas por não se encaixar no padrão de beleza imposto pela sociedade. Infelizmente, como é esperado em muitos filmes juvenis, Veronica, a garota popular, decide pregar uma peça em Sierra e toda a trama vai girar em torno desse episódio.
O que se segue então são cenas que provam que ninguém é o que parece, nem a garota popular com suas brincadeiras maldosas, muito menos Sierra Burgess, e é o relacionamento entre essas duas garotas o ponto alto do filme, me apaixonei pela amizade entre elas, então o desfecho do filme, e as decisões de Sierra, foram grandes decepções, mas não é só aí que a protagonista erra.
Como citei anteriormente, a garota popular da escola decide pregar uma peça na protagonista e ao fazer isso “troca” a identidade das duas, levando Jamey, um garoto da escola, a acreditar que a garota com quem troca mensagens é Veronica, quando na verdade quem está por trás das mensagens é Sierra, o que leva o possível casal a vivenciar diversos eventos repletos de mentiras. Ainda que alguns acontecimentos sejam engraçados, isso não tira a gravidade de atitudes como beijar uma pessoa sem que ela concorde com isso ou se fingir de mudo. Sinceramente, não sei dizer o que foi mais desagradável, muitos podem até dizer que isso é mimimi, mas como uma garota teoricamente desconstruída como Sierra se presta ao papel de se fingir de muda ou beijar alguém sem consentimento?
O que mais me deixou puta é que o filme é CHEIO de potencial, que vai desde tratar a gordofobia até a pressão que a sociedade impõe para que você siga um padrão em todos os aspectos de sua vida, e esse potencial contemplou os três principais personagens: Sierra com sua autoestima; Veronica, que ainda que seja linda, precisa entender o que quer para a vida; e Jamey, que prova que a beleza é algo secundário. Mas, para mim, todo esse potencial foi soterrado em uma maré de mentiras e vingança.
Sim, foi lindo ver duas mulheres tão diferentes se unindo e mostrando que a amizade é possível e o peso e o padrão de beleza de cada uma não é barreira para uma verdadeira amizade, e ainda mais maravilhoso ver que Jamey é um querido, mas eu gosto de pensar que quando a amizade realmente é verdadeira e profunda você não se vinga da sua amiga quando ela erra. Claro que esse é meu ponto de vista e uma questão de opinião, vi diversas pessoas adorarem o filme e a forma como abordou tudo, mas pessoalmente não acredito que na hora que mais importou Sierra seguiu o papel que acreditava pertencer a ela, de garota confiante e desconstruída, o que muitos apontam como sendo a melhor característica do filme, e muito menos acredito que mentir é uma forma saudável de começar um relacionamento.
Gordos, magros, altos e baixos, brancos e pretos, todos nós erramos, mas todos nós somos girassóis, uma flor que significa ser positivo e ser leal, não só a nós mesmos mas àqueles que nos são próximos, e nossas dores não nos dão o direito de magoar ou humilhar alguém, e no fim não consigo acreditar que o longa foi fiel a isso, portanto não, eu não indico Sierra Burgess é uma Loser.
Love, Simon ou Com amor, Simon é mais uma adaptação juvenil literária que ganha vida, mas o que difere essa adaptação das outras? Bem, Com Amor, Simon não é uma simples história de amor, mas é uma história que precisava ser contada.
Surfando na onda de sucesso de Me chame pelo seu nome, uma adaptação literária da mesma temática, o que muda é que vemos no primeiro um drama sobre o primeiro amor, e em Com Amor, Simon há também pitadas de comédia romântica com doses de drama.
Inspirado no livro Simon vs. a agenda Homo Sapiens, da autora Becky Albertalli, o filme nos mostra a vida do adolescente Simon Spier, interpretado pelo carismático ator Nick Robinson (Jurasic Word, Tudo e Todas as Coisas), que tenta viver sua vida normalmente enquanto carrega um grande segredo — sua homossexualidade. Simon é gay e vive com medo pois não sabe como seria a reação dos outros com ele.
Foto Antes das Cinco
Esse filme foi um mar de acertos. Desde a direção até o elenco, trilha sonora e roteiro. Com Amor, Simon foi muito além do romance, essa é uma história sobre o direito de poder ser, sem rótulos, que nada mais são que rédeas que controlam nossas vidas, porque em um mundo perfeito não deveria importar se você gosta de homens ou mulheres, se é negro, branco, asiático, ou do oriente médio, isso só deveria ser um detalhe, como a vida também é, não há nada especial nisso, mas como você a vive é que a torna especial.
E o equilíbrio foi perfeito em diversos pontos, desde a comédia ao drama e romance. O diretor se mostrou competente para mostrar uma visão do ensino médio e, mesmo tomando liberdade para criar, o longa ainda foi bem fiel ao livro. Já os atores, desde o protagonista aos coadjuvantes, dão um show de carisma.
Creio que a maior vitória do longa foi provar que há espaço para todos no cinema, principalmente quando é dirigido com o intuito de conscientizar. Com amor, Simon foi uma convenção da humanidade, é um filme lindo, nostálgico, singelo, romântico, engraçado e o mais importante, NECESSÁRIO!!!!
Há algum tempo Anne Rice anunciou um novo livro envolvendo vampiro Lestat como protagonista. Príncipe Lestat e os Reinos de Atlântida será o décimo segundo livro de sua série Crônicas Vampirescas. O lançamento acontecerá em março no Brasil.